Ferreira e Gonçalves entre os 10 mais rápidos
A oitava etapa da 47.ª edição do Dakar possibilitou a João Ferreira, nos automóveis, e Rui Gonçalves, nas motos, terminarem entre os 10 mais rápidos entre Al-Duwadimi e Riade, na Arábi Saudita.
carlos.sousa@autolook.pt
Os portugueses João Ferreira (MINI), nos automóveis, e Rui Gonçalves (Sherco), nas motos, terminaram entre os 10 mais rápidos da oitava etapa da 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, entre Al-Duwadimi e Riade, na Arábi Saudita.
Na etapa dos automóveis, que tinha hoje um percurso diferente da das motas, o leiriense João Ferreira foi provisoriamente o oitavo mais rápido, após os 487 quilómetros cronometrados. O piloto da X-Raid terminou a 6m42s do vencedor, o sul-africano Henk Lategan (Toyota), com o compatriota Guy Botterill (Toyota) em segundo, a 1m47s, e o francês Mathieu Serradori (Century) em terceiro, a 4m04s.
Na geral, Henk Lategan mantém a liderança, agora com 5m41s de vantagem sobre o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota), que hoje foi sexto, e 28m55s sobre o sueco Mathias Ekstrom (Ford). João Ferreira é nono, a 2h05m07s.
Refira-se, por outro lado, que Luís Portela Morais e David Megre não partiram para a oitava tirada do Dakar, devido aos problemas mecânicos registadas no G-ECKO de competição que começaram antes do arranque para a sétima especial.
A equipa está reunida para decidir a permanência de Luís Portela Morais na corrida. O piloto mostrou-se desmotivado por estar na iminência de não conseguir cumprir o objetivo de terminar esta 47.ª edição do Rali Dakar, no entanto, acredita que fez um bom trabalho e mostrou um bom andamento e muita competitividade ao longo das etapas que realizou.
RUI GONÇALVES IMPARÁVEL
NAS DUAS RODAS COM A SHERCO
Nas duas rodas, Rui Gonçalves terminou em nono, de acordo com as classificações provisórias divulgadas pela organização, a 11m59s do vencedor, o espanhol Tosha Schareina (Honda).
O pódio foi dominado pela marca nipónica, cuja equipa oficial é gerida pelo português Ruben Faria. O norte-americano Ricky Brabec foi segundo, a 2m07s, com o compatriota Skyler Howes em terceiro, a 2.45.
Na geral, o australiano Daniel Sanders (KTM), que hoje foi quarto classificado, mantém o comando, agora com 12m03s de avanço para Tosha Schareina. Rui Gonçalves subiu duas posições, sendo, agora, o 11.º, a 2h30m07s.
«A oitava etapa foi cumprida de forma sólida, que culminou com a 11.ª posição da geral. Andei durante algum tempo com o meu colega de equipa Lorenzo Santolino e Ricky Brabec, mas depois perdi algum tempo mas muito feliz por chegar ao bivouac depois de um longo dia», sublinhou o experiente piloto transmontano.
Já o piloto de Tores Vedras, Bruno Santos, subiu três posições nas motos, ao terminar no 24.º posto. Depois de diversas etapas em que se debateu com problemas mecânicos e de na etapa de ontem ter finalmente conseguido rolar sem ter problemas, Bruno Santos voltou hoje a viver um dia positivo no Dakar.
Aos comandos da sua Husqvarna 450 Rally o piloto torreense cumpriu os 483 km cronometrados da etapa que ligou Al Duwadimi a Riade em 5h43m48s, resultado que lhe permitiu terminar já muito próximo do “top 30”.
«Hoje foi um dia muito interessante e bem longo neste Dakar. De especial foram quase 500 km. A ligação também era extensa, foram quase 800 km ao todo. No início alternámos entre zonas rápida e outras mais empedradas, mas sempre com muita atenção na navegação. Depois voltámos a passar por zonas mais rápidas e por fim, por pistas mais perigosas, mais empedradas, mas sempre com muita velocidade», sustentou o piloto da região do Oeste.
«Tivemos ainda direito a algumas dunas no final. Ainda não tivemos muitas até ao momento. Pude rolar todo o dia sozinho, sem outros pilotos por perto, sem pó e sem percalços. Foi um dia intenso, longo, mas estou muito contente por estar à chegada e pronto para partir para o dia de amanhã», revelou Bruno Santos no dia em que subiu mais três posições na classificação geral, para o 36.º lugar.
Amanhã disputa-se a nona etapa do Dakar Rali 2025. A caravana parte de Riade rumo a Harad. Serão 589 km, 357 dos quais cronometrados. A estrada para Haradh conduzirá a competição para sul em pistas principalmente rápidas.