WRC

Safari apimenta o lendário Rally do Quénia

O terreno indomável do Safari Rally Quénia oferece aos pilotos, de hoje a domingo, um verdadeiro teste de resistência, numa “ementa” que inclui lama, pedras, areia fina e travessias de água desafiantes.

PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)

O “Mundial” de Ralis viaja até ao continente africano para, no Quénia, cumprir a 72.ª edição do “Safari”, uma prova mítica marcada, no passado, pelas dezenas de quilómetros “roubados”, entre controlos, pelo pó e pela lama, quando chovia e pela possibilidade do atropelamento de algum animal selvagem.

A uniformização da regulamentação tornou o “Safari” numa prova igual às outras, mantendo-se a chuva e a lama e a hipótese de um encontro com um animal selvagem, mas toda a mística que envolvia a prova queniana desapareceu.

Isso talvez ajude a explicar o facto de apenas 29 equipas marcarem presença na prova, que tinha saído do calendário do Campeonato do Mundo em 2002 para regressar em 2021, com o francês Sébastien Ogier, ausente da prova, a triunfar em 2021 e 2023, deixando a vitória em 2022 para o finlandês Kalle Rovampera (Toyota GR Yaris Rally1), aposta em novo triunfo na prova africana.

O belga Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) defende o comando do campeonato, posição conquistada em Monte Carlo, onde venceu, e mantida na Suécia. Contudo, a oposição dentro da equipa sul-coreana pode ser bastante superior aquela que os homens da Toyota podem oferecer.

De facto, o finlandês Esapekka Lappi (Hyundai i20 N Rally1) chega ao Quénia moralizado pela vitória na Suécia e o estónio Ott Tanak (Hyundai i20 N Rally1) precisa de se redimir dos maus desempenhos nas duas primeiras provas da temporada.

Do lado da marca nipónica, a pressão está no inglês Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1), aposta número 1 do construtor japonês para a sucessão de Kalle Rovampera, que, como se sabe, não vai fazer todo o campeonato, com a equipa, dirigida pelo finlandês Jari-Matti Latvala, apostada em alcançar o primeiro triunfo do ano.

A Ford, pese embora o bom desempenho do francês Adrien Fourmaux (Ford Puma Rally1) na Suécia, não deverá entrar na discussão da vitória.

Entre os RC2, o sueco Oliver Solberg (Skoda Fabia RS Rally2), vencedor na Suécia, que divide o comando do campeonato com o francês Yohan Rossel, ausente no Quénia, é o mais sério candidato ao triunfo na categoria e a isolar-se no primeiro lugar do respectivo “Mundial”.

O inglês Gus Greensmith (Skoda Fabia RS Rally2) e o polaco Kajetan Kajetanowicz (Skoda Fabia RS Rally) perfilam-se como os seus principais adversários, ficando a dúvida de saber se algum dos pilotos locais, tirando partido do superior conhecimento do terreno, pode causar uma surpresa.

Em termos de estrada, a prova queniana começa esta quinta-feira com uma “super-especial para, nos restantes três dias, os concorrentes cumprirem uma dupla passagem por três classificativa, diferentes todos os dias. Destaque para os 36,08 km de Sleeping Warrior, a mais extensa, que fecha o dia de sábado.

CLASSIFICAÇÕES DOS CAMPEONATOS

ABSOLUTO

PILOTOS – 1.º, Thierry Neuville, 48 pontos; 2.º, Elfyn Evans, 45; 3.º, Adrien Fourmaux, 29; 4.º, Sébastien Ogier, 24; 5.º, Ott Tanak, 21; 6.º, Esapekka Lappi, 19; 7.º, Takamoto Katsuta, 12; 8.º, Kalle Rovampera, 11; 9.º, Oliver Solberg, 8; 10.º, Andreas Mikkelsen, 6; 11.º, Sami Pajari, 6; 12.º, Georg Linnamäe, 4; 13.º, Nikolay Gryazin, 3; 14.º, Roope Korhonen, 3; 15.º, “Pepe” Lopez, 2; 16.º, Mikko Heikkilä, 2; 17.º, Yohan Rossel, 1; 18.º, Grégoire Munster, 1; 19.º, Lauri Jonna, 1.

NAVEGADORES – 1.º, Martijn Windaeghe, 48 pontos; 2.º, Scott Martin, 45; 3.º, Alexandre Coria, 29; 4.º, Vincent Landais 24; 5.º, Martin Jarveoja, 21; 6.º, Janne Ferm, 19; 7.º, Aaron Johnston, 12; 8.º, Jonne Halttunen, 11; 9.º, Elliott Edmondson, 8; 10.º, Torstein Eriksen, 6; 11.º, Enni Mälkkönen, 6; 12.º, James Morgan, 4; 13.º, Konstantin Aleksandrov, 3; 14.º, Anssi Viinikka, 3; 15.º, David Vazquez, 2; 16.º, Kristian Temonen, 2; 17.º, Arnaud Dunand 1; 18.º, Louis Louka, 1; 19.º, Simone Scattolin, 1.

MARCAS – 1.º, Hyundai Shell Mobis World Rally Team, 87 pontos; 2.º, Toyota Gazoo Racing World Rally Team, 87; 3.º, M-Sport Ford World Rally Team, 47.

RC2

PILOTOS – 1.º, Yohan Rossel, 25 pontos; 2.º, Oliver Solberg, 25; 3.º, “Pepe” Lopez, 18; 4.º, Sami Pajari, 18; 5.º, Nikolay Gryazin, 15; 6.º, Georg Linnamäe, 15; 7.º, Nicola Ciamin, 12; 8.º, Roope Korhonen, 12; 9.º, Stephane Lefebvre, 10; 10.º, Mikko Heikkilä, 10; 11.º, Jan Solans, 8; 12.º, Lauri Joona, 8; 13.º, Olivier Burri, 6; 14.º, Emil Lindholm, 6; 15.º, Mauro Miele, 4; 16.º, Isak Reiersen, 4; 17.º, Eamonn Boland, 2; 18.º, Michal Solowow, 2; 19.º, Jourdan Serderidis, 1; 20.º, Yuki Yamamoto, 1.

NAVEGADORES – 1.º, Arnaud Dunand, 25 pontos; 2.º, Elliott Edmondson, 25; 3.º, David Vazquez, 18; 4.º. Enni Mälkönen, 18; 5.º, Konstantin Aleksandrov, 15; 6.º, James Morgan, 15; 7.º, Yannick Roche, 12; 8.º, Anssi Viinikka, 12; 9.º, Andy Malfoy, 10; 10.º, Kristian Temonen, 10; 11.º, Rodrigo Sanjuan, 8; 12.º, Janni Hussi, 8; 13.º, Anderson Levratti, 6; 14.º, Reeta Hämäläinen, 6; 15.º, Luca Beltrame, 4; 16.º, Lucas Karlsson, 4; 17.º, “MJ”, 2; 18.º, Maciej Baran, 2; 19.º, Frédéric Miclotte, 1; 20.º, Marko Salminen, 1.

EQUIPAS – 1.º, AEG – DG Sport Competition, 43 pontos; 2.º, Toyota Gazoo Racing World Rally Team NG, 43.

Partilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *