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Rally de Portugal começa na Figueira da Foz

Manuel Domingues, vereador com o pelouro do Desporto da Câmara Municipal da Figueira da Foz, reafirmou, em conferência de imprensa, que «a primeira “super-especial” do Vodafone Rally de Portugal realiza-se na Praia da Claridade, no dia 9 de maio, a partir das 19h05».

CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt) – Fotos: CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ

«Em 2023, o Município da Figueira da Foz assinou um contrato com o ACP, por três anos, para que o Rally de Portugal passasse na Figueira da Foz, nomeadamente a “super-especial”. O ano passado a “super-especial” desenrolou-se na Figueira da Foz e, este ano, a primeira prova do Rally de Portugal, volta a desenrolar-se na nossa cidade, com pilotos e equipas a pernoitarem na Figueira da Foz», após a partida simbólica do rali, que decorre em Coimbra pelas 17h00.

O Automóvel Club de Portugal (ACP) já tinha divulgado na quarta-feira, em comunicado, publicado no site AUTOLOOK.PT, a, reiterar que a Figueira da Foz «recebe e ganha a primeira “super-especial” do WRC Vodafone Rally de Portugal, conforme contrato que lhe confere esse direito de opção até 2025».

Tudo isto vem a propósito de uma questão levantada na terça-feira, pela Câmara Municipal de Coimbra, que pretende reaver, em 2025, a classificativa urbana da qual abdicou em 2023. Manuel Domingues, um verdadeiro aficionado dos desportos motorizados e dos ralis em particular, lembrou que «a Figueira da Foz assinou o ano passado e por três anos um contrato com o (ACP que lhe garante, precisamente, o direito de opção até ao ano que vem, inclusive.

«Este ano, a primeira prova do Rally de Portugal, desenrola-se na nossa cidade, com pilotos e equipas a pernoitarem na Figueira da Foz. No dia seguinte, dia 10 de maio, os participantes voltam à estrada a partir da Figueira da Foz para as especiais da zona centro do país», referiu Manuel Domingues, em resposta ao vice-presidente, Francisco Veiga, «afirmando que o rali começa em Coimbra».

«Nós não temos nada contra o que se passa em Coimbra mas, efetivamente, o que vai acontecer, este ano, é que a primeira prova do Rali de Portugal é na Figueira da Foz, nomeadamente a “super-especial”. O Município da Figueira da Foz tem este contrato com o ACP, com direito de opção nestes três anos, que termina em 2025 e, se assim o entender, pode continuar a realizar a “super-especial”, mas será uma decisão nossa, caso não venha a acontecer», reafirma o vereador da Figueira da Foz.

«Quanto às questões de Coimbra, devido, talvez, a algumas trapalhadas e terem perdido e “super-especial” em 2023, podem dizer o que entendem, mas não será, com toda a certeza, o Município da Figueira da Foz a colocar qualquer entrave, até porque, repito, a primeira prova do Rally de Portugal será realizada na nossa cidade, com muito orgulho para nós, com muita tradição nos desportos motorizados, nomeadamente nos ralis, tendo sido a primeira em Portugal a realizar uma prova, embora com caraterísticas diferentes», recordou Manuel Domingues.

DIREITO DE PREFERÊNCIA

ATÉ NOVEMBRO DESTE ANO

«Penso que o senhor presidente da Câmara de Coimbra não terá muito a ver com isto, o problema, no entanto, é que se diz-se algumas coisas que só pode ter a ver com a perda da “super-especial”, pelo menos é o que entendemos», sublinhou o autarca.

Manuel Domingues adiantou que a autarquia figueirense «equacionou a possibilidade de termos uma especial, o problema é que o rali desenvolve-se ao longo de pisos de terra e não em asfalto, ficando imediatamente colocado de lado essa possibilidade».

O vereador com o pelouro do Desporto evidenciou que a Câmara Municipal «está motivada para trabalhar com o ACP e que estas notícias, sobre eventuais alterações do local da realização da primeira “super-especial”, nada vem a ver com o Automóvel Club de Portugal, que está de “corpo e alma” neste contexto com a Figueira da Foz.

Questionado sobre o facto da Figueira da Foz poder retirar a Coimbra a partida cerimonial e realizar tudo no mesmo local, o vereador figueirense sublinhou tratar-se de «uma pergunta pertinente», adiantando que, «todo aquele cerimonial de conferência de imprensa feita em Coimbra, foi provavelmente para justificar os valores, até porque são públicos».

Em resposta à pergunta se gostaria de ter a partida cerimonial na Praia da Claridade, Manuel Domingues foi perentório em afirmar: «Eu quero ter ralo na Figueira da Foz. Isso é o que interessa aos figueirenses, a quem nos visita e, a mim, que sou um aficionado. Eu quero é ver o rali, pelo que a partida cerimonial é algo que não me diz muito, mas cada um faz os seus compromissos como entende, mas entendo que, para a Figueira da Foz, o importante é ter cá a “super-especial”, no fundo, é ter cá os bólides a acelerar».

Manuel Domingues vincou que «o direito de preferência decorre até novembro do corrente ano para que a “super-especial” continue, ou não, na Figueira da Foz», anunciando que a cerimónia de assinatura do contrato-programa de desenvolvimento desportivo, no âmbito da realização da “super special stage”, do WRC Vodafone Rally de Portugal 2024, está marcada a meio da manhã da próxima terça-feira, dia 30, na Casa do Paço».

SUPER-ESPECIAL NO MESMO LOCAL DE 2023 MAS ALTERADA

Manuel Domingues sustentou que a “super-especial”, a disputar na quinta-feira, dia 9 de maio, a partir das 19h05, «terá um novo traçado, no Parque de Estacionamento das Gaivotas», junto ao Forte de Santa Catarina.

Naquela que será a primeira classificativa do Vodafone Rally de Portugal e que privilegia também a Avenida de Espanha, com partida e chegada em frente ao Mercado Municipal, no Parque das Gaivotas «vão ser colocadas três rotundas para elevar os padrões espetacularidade para o público.

«Duas das rotundas serão percorridas em circuito inverso pelos pilotos como se de um “oito” se tratasse, e o salto, que em 2023 foi edificado no interior do Parque de Estacionamento das Gaivotas limitava a prestação dos pilotos por anteceder uma curva à esquerda, vai ser colocado, este ano, a sensivelmente a meio na reta da Avenida de Espanha, logo após a partida, em frente ao edifício dos pilotos da barra.

«Entendeu-se, este ano, que se podiam fazer algumas alterações. O salto do ano passado era, de facto, um bocado arrepiante para os pilotos. O percurso, em distância, é o mesmo, tem é o salto fora do parque de estacionamento e alterações ao níveo do interior do Parque das Gaivotas», destacou Manuel Domingues.

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