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Toyota C-HR PHEV: mistura rica de soluções

Face à primeira geração, o novo C-HR da Toyota é apresentado com outras cotas, enquanto nos motores, o 1.8 está mais potente, e o 2.0 passa a “plug-in”. Neste classe 1 que conquistou cinco estrelas e com apoio do GPS, o “geofencing” também está disponível. Vários modos de condução e escolhas no funcionamento da motorização híbrida, permitem várias utilizações, no automóvel que passa a eléctrico nas zonas de emissões zero. O tal “geofencing” que tem de ser configurado.

FAUSTO MONTEIRO GRILO

O novo C-HR é mais curto (- 28 mm) mas continua a passar dos quatro metros de comprimento total (4.362 mm). Maior incremento teve a cota de largura (+ 37 mm) que aproxima este “SUV” dos dois metros (1.832 mm), enquanto na altura cresceu (+ 9 mm) e continua a estar acima do metro e meio (1.564 mm). Entre-vias, a distância foi mantida, enquanto na bagageira a volumetria está nos 310 litros até à chapeleira – o híbrido conta com 388 litros.

Para carregar a bateria de 13,6 kWh, na tomada doméstica (monofásico 10 A) serão precisas 06:30, enquanto num sistema trifásico ou “wallbox” de 32 A, bastam 02:30 para chegar aos 100%. Uma vez atingida a plena carga das baterias colocadas sob o piso, e de acordo com os dados WLTP, a autonomia eléctrica é de 66 quilómetros.

Para mover este “PHEV” e na via dianteira, estão disponíveis dois motores: um eléctrico de 120 kW (163 cv DIN), e um 2.0 litros a gasolina de 112 kW (152 cv DIN). Conjugados os motores, o C-HR 220 “Plug-in Hybrid Electric Vehicle” perfaz dos 0-100 km/h em 7,4 segundos.

Além dos quatro modos de utilização deste sistema híbrido (eco,normal, sport, custom) é possível circular em eléctrico, em eléctrico com intervenção do motor a gasolina, a gasolina com o eléctrico como auxiliar, e apenas a gasolina nas alturas em que a bateria de iões de Lítio se esgote, situação improvável, porquanto a regeneração de energia eléctrica é sistemática e muito eficaz.

O acesso ao interior é bom nos lugares da frente e satisfatório para os lugares traseiros, com estes a concederem menores cotas de habitabilidade face aos dianteiros. Para quem se sentar ao volante e consoante as estaturas, a conjugação dos diversos acertos pode condicionar a acessibilidade.

Por outras palavras, para um condutor com 1,80 metros e quando o ajuste em altura do assento se encontra no ponto mais elevado, diminuem os ângulos de acesso, mas aumentam os ângulos de visibilidade para quem estiver ao volante.

Com os comandos bem posicionados e dois visores de 12,3” a ergonomia é boa, embora algumas das funções sejam pouco intuitivas, tanto no acesso como na operacionalidade. Isto significa que, de igual forma como acontece com um computador ou telemóvel, vamos precisar de umas horas para configurar o automóvel a nosso gosto. A partir daí a utilização e funcionalidade tornam-se mais fáceis e agradáveis de disfrutar.

Até aqui estiveram em análise as partes visíveis do C-HR, mas apesar de as diferenças serem poucas em relação ao anterior modelo, dentre as quais se destacam os fechos das portas, os grupos ópticos dianteiros e as funções nos retrovisores, as evoluções mais significativas, estão nas partes não visíveis.

Mas são perceptíveis, e muito. Tanto no capítulo da segurança activa/passiva, como no comportamento dinâmico. Nas primeiras, a conquista de cinco estrelas Euro NCAP nos exigentes testes de embate, reflectem a evolução, traduzida nos percentuais obtidos (85% protecção adultos; 86% protecção crianças; 86% protecções aos utilizadores da via pública; 79% assistência à condução). Do lado do comportamento dinâmico, do conforto à economia, a evolução também é evidente, em especial quando se avalia o C-HR em versão “PHEV” e nível de equipamento “Lounge”.

Num breve contacto ao volante e em percurso misto (AE+EN+Urbano) o comportamento dinâmico na versão “Lounge” deixou sensações muito boas, tanto em termos de eficácia das suspensões e travagem, como no conforto de rolamento.

Melhor nas reprises do que nas acelerações, concede vários tipos de utilização e, por isso mesmo, diferentes consumos. Em modo eléctrico, no qual podemos ter a intervenção do gasolina, desde que ultrapassemos determinada velocidade ou a carga no acelerador, foi possível efectuar consumos médios de 1,8 litros/100 km.

Finda a carga da bateria, os consumos estiveram entre os 3,8 a 4,7 litros/100 km, valores muito interessantes para um automóvel com estas características de peso e cilindrada. Para quem não quiser circular em modo “eco”, este C-HR PHEV é rápido sem ser um desportivo, e conjuga agilidade com uma utilização versátil.

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