WRC “sem campeão” e com novas pontuações
A ausência do campeão, o finlandês Kalle Rovampera, que optou por seguir o exemplo do francês Sébastien Ogier, apenas fazer certas provas, marca o arranque do “Mundial” de Ralis, que começa, como é tradicional, em Monte Carlo, mas que apresenta um novo sistema de pontuação.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
A classificação no final do dia de sábado atribuirá 18 pontos ao 1.º, 15 ao 2.º, 13 ao 3.º, 10 ao 4.º, 8 ao 5.º, 6 ao 6.º, 4 ao 7.º; 3 ao 8.º, 2.º ao 9.º e 1 ao 10.º, enquanto a classificação final do rali pontuará os sete primeiros, com sete pontos para o 1.º e um para o 7.º, mantendo-se inalterada a pontuação da “Power Stage”.
Isto significa que quem terminar à frente no sábado e vencer o rali e a “Power Stage” arrecadará os mesmos 30 pontos (18 + 7 + 5), que garantiu em 2023 (25 + 5).
Contudo e sem que se perceba a razão, quem pontuar no sábado só manterá essa pontuação se terminar a prova, o que implica uma corrida táctica no domingo para não perderem os pontos conquistados.
Face à ausência de Kalle Rovampera, o inglês Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1) vai ser a aposta da marca nipónica para a conquista do título, uma vez que Sebastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1), embora presente na prova abertura, segue o exemplo do finlandês e o japonês Takamoto Katsuta (Toyota GR Yaris Rally1) não tem capacidade para discutir as vitórias e o título.
A Ford, que conta com o francês Adrien Fourmaux (Ford Puma Rally1) e o luxemburguês Grégoire Munster (Ford Puma Rally1), não dispõe de pilotos capazes de lutar pelo título, pelo que a maior oposição da Toyota virá da Hyundai, a exemplo do que tem sucedido nos últimos anos.
A marca sul-coreana recuperou o estónio Ott Tanak, depois de uma temporada na Ford, manteve o belga Thierry Neuville e conta com o reforço do norueguês Andreas Mikkelsen, campeão do RC2, todos aos comandos de um Hyundai i20 N Rally1.
O facto de haver “três galos para um poleiro” pode tornar difícil a gestão dos pilotos, com o estónio e o belga a terem a consciência que a ausência de Kalle Rovampera é uma oportunidade de conquistarem o título, que seria o primeiro do belga e o segundo do estónio, campeão em 2019.
Novidades no Campeonato RC2, com a entrada da Toyota que, na prova monegasca, enriquece a lista com qatro carros guiados pelo finlandês Sami Pajari (Toyota GR Yaris Rally2), os franceses Stéphane Lefebvre (Toyota GR Yaris Rally2) e Bryan Bouffier (Toyota GR Yaris Rally2) e o espanhol Jan Solans (Toyota GR Yaris Rally1).
Na luta pela vitória na categoria estarão, igualmente, os franceses Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2) e Nicolas Ciamin (Hyundai i20 N Rally2), o russo Nikolay Gryazin (Citroën C3 Rally2), o espanhol Pepe Lopez (Skoda Fabia RS Rally2) e o inglês Chris Ingram (Skoda Fabia RS Rally2) o que deixa antever um duelo cerrado pela luta pelo triunfo, podendo, mesmo, salvar o interesse do rali caso a vitória absoluta fique decidida de forma prematura.
Em termos de traçado a edição de 2024 não tem nada a ver com a anterior, com excepção do Col de Turini, que vai funcionar como “Power Stage”, que foi encurtado, com o objectivo de fazer a festa final no Turini. Para trás ficam 16 provas de classificação, que começam na quinta-feira, à noite, na ligação Monte Carlo – Gap, que integra as duas primeiras especiais: Thoard/St. Geniez (21,01 km) e Bayons/Bréziers (25,19 km), a mais extensa.
No dia seguinte, os concorrentes enfrentam uma dupla passagem por St. Léger-les-Mélèzes/La Bâtie-Neuve (16,68 km), Champcella/Saint-Clément (17,87 km) e La Bréole/Selonnet (18,31 km). O programa repete-se no sábado com as provas de classificação de Esparron/Oze (18,79 km), Les Nonières/Chchiiianne (20,04 km) e Pellafol/Agnières-en-Dévoluy (21,37 km).
No domingo, a caravana deixa Gap e regressa a Monte Carlo, começando o dia com uma terceira passagem por La Bréole/Selinnet, a que se seguem as especiais de Digne-les-Bains/Chaudon-Norante (19,01 km) e La Bollène-Vésubie/Col de Turini (14,80 km), antes da chegada a Monte Carlo.
