Velocidade moto

CNV 2024 arrancou animado no Estoril

O Circuito Estoril abriu portas este sábado para o arranque da temporada 2024 do Campeonato Portugal Velocidade de Motociclismo. Com o tempo instável e depois de uma madrugada de chuva, o sol marcou presença e o traçado do Estoril foi palco das primeiras lutas da época com novidades em algumas categorias.

carlos.sousa@autolook.pt – Fotos: PEDRO MF MESTRE/AMMA MAGAZINE E RUBEN MONTEIRO

Em pista os renovados pelotões nas categorias do Troféu TLC, Naked Bikes, Moto4, Moto5, COPA MOTOVAL (CDM1, CDM2), SBK1000, STK600, PREMOTO3 e SSP300. A destacar para 2024 a chegada ao CNV de rostos femininos com Carolina Azevedo, Carlota Carochinho e Lara Pinto a alinharem nas Moto5 e Rafaela Peixoto nas SSP 300. Após uma manhã dedicada às últimas afinações e testes nos treinos livres, o início da tarde ditou as primeiras qualificações das várias categorias, nas quais se começaram a definir as primeiras contendas.

 

FRÉDÈRIC BOTTOGLIERI VITORIOSO  NO TROFÉU TLC/NAKED BIKES

Para 2024, o Troféu TLC / Naked Bikes apresenta um pelotão de 12 pilotos dividido por três classes (NB1; NB2, LC Open). Com 1m50,456s, Frédèric Bottoglieri levou a sua Triumph ST765 RS à “pole position”, sendo também o primeiro entre as NB2. Ao seu lado a BMWS1000R de Luís Franco, o mais rápido entre as NB1. A fechar a primeira linha da grelha, Romain Berton.

A dar continuidade ao resultado da qualificação, Frédèric Bottoglieri impunha o seu ritmo e terminaria como começou, na frente, tendo liderado da primeira à última volta. A luta centrou-se na definição das três posições seguintes, com Luís Franco, Marcos Leal e Romain Berton a manterem uma animada luta.

Com algumas trocas de posição nas primeiras quatro de 10 voltas ao Estoril, o trio manteve público e equipas na expetativa, com Luís Franco a assumir nessa volta e em definitivo a 2.ª posição à geral, seguindo no encalço de Bottogliere. Marcos Leal e Romain Berton continuavam na luta pelo mais baixo do pódio.

Na axadrezada, Frédèric Bottogliere venceu à geral, sendo também 1.º entre os homens das NB2, com mais 1 segundo sobre Duarte Amaral que, além do lugar intermédio, assegurou também o 1.º posto entre as NB1. O 3.º lugar à geral seria para Luís Franco não muito longe de Amaral mas a mais de 2 segundos de Frédèric Botoglierie. Luís Franco seria 2.º entre as NB1.

A fechar o “top 5” e respetivamente, Romain Berton e Miguel Sousa. A correr sozinho, Fernando Mercier – único piloto nas LC Open – fechou a sua primeira corrida do ano na 11.ª posição.

VITÓRIAS DE CABÁ (MOTO5) E VICENTE (MOTO4)

Com nove pilotos dispersos por duas classes (Moto5, MIR Motos5), a formar este pelotão, foi sem surpresa que o jovem piloto da Team Moto Clube Loulé, Alexandre Cabá demonstrou o seu já reconhecido domínio.

A correr sozinho na classe Moto5, Cabá assinou a volta mais rápida nos cronometrados que lhe garantiam a “pole position”. Com um arranque perfeito e profundamente conhecedor do traçado do Estoril, Cabá liderou da 1.ª à última volta deixando para os demais a luta pelos lugares seguintes.

Numa corrida à parte, e com uns expressivos 46 segundos de vantagem, Cabá assinou a primeira vitória da temporada e demonstrou que está em plena forma e totalmente focado para 2024.

Definida que estava desde cedo a liderança, a animação centrou-se entre os oito pilotos das Moto4, nos quais, e no feminino, alinham esta época três jovens promessas da Escola Iniciação Moto Racing Sintra, Carolina Azevedo, Carlota Carochinho e Lara Pinto.

Sem grande luta entre si, Lourenço Vicente, Henrique Vicente e Tomás Carneiro rodavam tranquilos com alguma diferença de tempos entre si. Na linha de meta os lugares restantes do pódio seriam para Lourenço Vicente e Henrique Vicente. O “top 5” ficaria completo com Tomás Carneiro e com a estreante Carlota Carochinho.

RAFAEL RIBEIRO VENCEDOR DA COPA DUNLOP MOTOVAL

A terceira corrida do programa desportivo da tarde estava reservada para os 13 pilotos da Copa Dunlop Motoval divididos pelas classes CDM1 e CDM2. Definidos que estavam os resultados das 3três Superpoles, seria Ricardo Rodrigues com a sua R6 a agarrar a primeira posição da grelha. A seu lado, Rafael Ribeiro e Daniel Coelho, todos CDM2. O primeiro entre as CDM1 e 4.º na grelha, Wagne Pederneira.

Semáforo Verde e partida bastante disputada com Ricardo Rodrigues a esgrimir os primeiros argumentos face a Rafael Ribeiro. A primeira passagem pelo emblemático pórtico do Estoril, Ribeiro assumia a liderança e renegava Ricardo Rodrigues para uma luta direta com Rui Palma que tendo saído da 8.ª posição da grelha rapidamente galgou posições para se imiscuir na luta pelos lugares cimeiros.

Ricardo Rodrigues não mais largaria a posição cimeira até ao final das 10 voltas previstas para a primeira corrida da Copa Dunlop Motoval conquistando a primeira vitória da época e sendo também o 1.º entre as CDM2.

A mais de 6 segundos e só depois de uma intensa luta nas voltas 7 e 8, Rui Palma, depois do já mencionado arranque canhão na partida, celebrava a 2.ª posição à geral, sendo também 2.º nas CDM2. Sem “deitar a toalha ao chão” mas a mais de 3 segundos de Rui Palma, o mais baixo do pódio e 3º também entre as CDM2, seria para Daniel Coelho.

Entre os pilotos da CDM1, Ricardo Rodrigues vencia e era 4.º à geral, Vítor Silva e Tiago Pires eram, respetivamente, 2.º e 3.º entre as CDM1 assinando os 10.º e 11.º lugar à geral.

GONÇALO RIBEIRO LEVA DE VENCIDA AS STK600

Pista aberta para formação da grelha das Superbikes (com quatro pilotos inscritos), e STK600 (com 10 pilotos). A “pole positon” para o primeiro embate da época ficaria nas mãos de Miguel Romão que cumpriu a volta mais rápida no Estoril com a sua R1 em 1m43,617s, sendo também o mais forte entre as SBK. Ao seu lado Ricardo Lopes e Ruben Macuá.

Entre as STK600, destaque para Gonçalo Capote que levou a sua R6 ao 4.º posto da grelha, logo seguido de Gonçalo Ribeiro e Alessio Guarnieri a serem 5.º e 6.º respetivamente.

Partida limpa com os homens das SBK – Romão, Lopes e Macuá – de imediato a encetar trocas de posições durante a 1.ª volta. Na entrada para a 2.ª volta Lopes assumiria a liderança com Macuá na sua cola e Romão na expectativa.

Sem grande surpresa, o dueto Lopes, Macuá manteve a luta intensa e animada nas primeiras cinco voltas, momento no qual, Miguel Romão passou ao ataque assumindo a 2.ª posição. Mesmo tendo realizado a melhor volta da corrida, Romão não logrou bater o seu rival Ricardo Lopes e seria 2.º à geral na bandeira axadrezada.

Assim sendo, Lopes vence à geral sendo 1.º entre as SBK e deixa boas indicações para este domingo. Miguel Romão subia ao intermédio do pódio com um distante Ruben Macuá (mais de 25 segundos do vencedor) a ser 3.º. Foi esta também a classificação final entre os bravos das SBK.

No que diz respeito às STK600, Gonçalo Ribeiro, Gonçalo Capote e Rodrigo Valente mantinham luta animada até final sendo 4.º, 5.º e 6.º à geral e perfazendo o “top 3” das STK600.

TOMÁS ALONSO GARANTE VITÓRIA NAS SSP300

Naquela que se perfila como uma das mais competitivas categorias de 2024, e também com novidades no feminino com a chegada da estreante Rafaela Peixoto, a última corrida do dia ficou para as SSP300 e Premoto3.

Grelha composta com Tomás Alonso a assumir a “pole” tendo a seu lado Martim Jesus e Dinis Borges na primeira linha sendo estes também os mais fortes entre as SSP300. Nas Premoto3, Vasco Fonseca impunha o seu ritmo sendo 8º na grelha com Tiago João em 12.º e Frederico Guimarães em 13.º.

Aberta a contenda e com pista limpa para as 14 voltas ao traçado do Estoril, a luta centrou-se na dianteira com Tomás Alonso, Martim Jesus, Uriel Hidalgo (que saiu da 4.ª posição na grelha) e Dinis Borges a tentarem definir entre si a liderança.

Alonso foi-se destacando e logrou abrir uma vantagem confortável que lhe permitiu gerir a corrida até final, vencendo com mais de 5 segundos de vantagem para Martim Jesus, Uriel Hidalgo e Dinis Borges.

A verdadeira incerteza esteve neste trio do qual sairia mais forte Martim Jesus numa renhida decisão sobre a linha de meta. Martim Jesus assumia o lugar intermédio do pódio, a 5,318 segundos do vencedor, mas com Uriel Hidalgo a 0,022 segundos a ser 3.º à geral e Dinis Borges em 4.º a excassos 0,129 segundos. Tomás Marin e Vasco Camoesas fechavam “top 5”.

No pelotão da Premoto3, Vasco Fonseca, 8.º à geral, seria o mais forte com Tiago Martins (10.º) e Frederico Guimarães (12.º) a assinarem o primeiro “top 3” da temporada.

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