Kevin Benavides devolveu a vitória à KTM
Argentino venceu a 45ª edição do Rally Dakar nas duas rodas, depois de um duelo final com seu companheiro de equipa, o australiano Toby Price. Kevin Benavides conseguiu o seu segundo rali e devolver a coroa à Red Bull KTM Factory Racing.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (auto.look2010@gmail.com)
Depois de dominar os dois últimos sectores, O argentino Kevin Benavides (KTM) acabou por chegar ao triunfo no derradeiro dia, ao transformar os 12 segundos de atraso, em relação ao australiano Toby Price (KTM), em 43 de vantagem sobre o seu companheiro de equipa.
A Red Bull KTM Factory Racing garantiu os dois primeiros lugares na classificação geral, com o argentino a festejar o segundo triunfo – venceu em 2019 aos comandos de uma Honda –, e a devolver à marca austríaca o lugar mais alto do pódio, depois de três anos de ausência que interromperam uma série de 18 triunfos consecutivos.
Só uma coisa ficou clara: o Rali Dakar de 2023 ficou traçado que era para a KTM, apenas não se sabia para qual dos seus dois pilotos seria. Apenas 12 segundos separaram Price, líder ontem, de Benavides.
A situação tornou-se difícil para o australiano, já que, no último dia, de Al-Hofuf a Dammam (136 km de especial), não houve bónus de abertura da pista e foram lançados em ordem inversa à classificação geral. Desta forma, Toby Price foi o último a sair, apenas três minutos depois de Kevin Benavides.
Kevin Benavides deu tudo de si e, ao quilómetro 33, igualou o tempo geral com Toby Price, conseguido ultrapassar o australiano com margem suficiente para vencer a etapa e conquistar a prova.
«Esta manhã pensava apenas em manter-me concentrado em cada quilómetro, do primeiro ao último. É incrível conseguir a vitória depois de este Dakar tão louco e por tão pouca margem», comentou Kevin Benavides.
O norte-americano Skyler Howes (Husqvarna), que ocupou o primeiro lugar em seis dias, completou o pódio, à frente do chileno Pablo Quintanilla (Honda), que triunfou entre os “Legend”.
No que diz respeito aos portugueses, foi o luso-alemão Sebastian Buhler (Hero), que fechou o lote dos 20 primeiros, terminando ontem a etapa no sexto lugar, depois de ter liderado as primeiras tomadas de tempo, a 4m14s do vencedor, com Mário Patrão (KTM) a ser 56.º na etapa, que competiu na categoria “Original by Motul”, na qual os pilotos fazem a assistência à moto, terminou em 36.º da geral e no derradeiro lugar do pódio da categoria.
Pelo caminho ficaram, em Setores Seletivos sucessivos, Joaquim Rodrigues Jr. (Hero), que caiu na quarta etapa e partiu uma perna, o que implicou a evacuação para o hospital, quando era 16.º da geral, António Maio (Yamaha), quando era 27.º da geral, por ter partido a corrente e esta ter danificado o carter, e Rui Gonçalves (Sherco), que abandonou, no sexto Setor Seletivo, quando era 19.º da geral, tudo apontando que poderiam ter superado o resultado final de Sebastian Buhler.
Classificações
Sector Selectivo (136 km)
1.º Kevin Benavides (KTM), 1.15’17”; 2.º, Toby Price (KTM), 1.16’12”; 3.º Pablo Quintanilla (Honda), 1.18’32”; 4.º, Daniel Sanders (GasGas), 1.18’52”; 5.º, Skyler Howes (Husqvarna), 1’19’02”; 6.º, Sebastian Buhler (Hero), 1.19’31”; 7.º, Luciano Benavides (Husqvarna), 1.19’42”; 8.º, Adrien Van Beveren (Honda), 1.20’08”; 9.º, Tosha Scharena (KTM); 1.21’04”; 10.º, Stefan Svitko (KTM). 1.21’50”; …; 56.º, Mário Patrão (KTM), 1.51’08”
GERAL
1.º Kevin Benavides (KTM), 44.27’20”; 2.º, Toby Price (KTM), a 43”; 3.º, Skyler Howes (Husqvarna), a 5’04”; 4.º, Pablo Quintanilla (Honda), a 19’02”; 5.º, Adrien Van Beveren (Honda), a 20’30”; 6.º, Luciano Benavides (Husqvarna), a 22.42”; 7.º, Daniel Sanders (GasGas), a 25’57”; 8.º, Jose Ignacio Cornejo (Honda), a 51’21”; 9.º, Lorenzo Santolini (Sherco), a 1.17’53”; 10.º, Franco Caimi (Heor), a 1.38’04”; …; 20.º, Sebastian Buhler (Hero), a 4.15’13”; …; 34.º, Mário Patrão (KTM), a 9.28’04”.
