DAKAR

Erro de navegação custa vitória a Hélder Rodrigues

Piloto português, que liderou durante grande parte dos 154 quilómetros cronometrados na categoria dos veículos ligeiros protótipos, entre Shaybah e Al-Hofuf, fechou o dia na 10.ª posição.

(auto.look2010@gmail.com)

Hélder Rodrigues e Gonçalo Reis (CAN-AM Maverick XRS)

Um erro de navegação a 30 quilómetros do final da 13.ª e penúltima etapa da 45.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno custou a vitória nos veículos ligeiros protótipos ao português Hélder Rodrigues (Can-Am), navegado por Gonçalo Reis.

O piloto natural de Sintra, que liderou durante grande parte dos 154 quilómetros cronometrados entre Shaybah e Al-Hofuf, na Arábia Saudita, fechou o dia na 10.ª posição, a 15m01s do vencedor da categoria T3, o norte-americano Mitchell Guthrie (BFG).

«Hoje, foi um dia em que conseguimos andar ao nosso ritmo e liderámos até 30 quilómetros do final. Aí, o Gonçalo (Reis) encontrou o wpm (ponto de passagem obrigatória) facilmente, mas eu segui o cap (direção) mal. São situações de corrida que acontecem. Faltam-nos corridas para estarmos ao mais alto nível. Foram cinco anos sem competição. Há oito meses eu era diretor na Honda e o Gonçalo era piloto de motas. Acho que estamos no bom caminho, mas necessitamos de mais corridas e tempo para estarmos todos os dias no topo», revelou Hélder Rodrigues no final da etapa.

Ricardo Porém e Agusto Sanz (Yamaha X-Raid)

Assim, Ricardo Porém (Yamaha X-Raid) foi o melhor português, na quarta posição final, a 6m26s do vencedor: «Quando arrancámos para este Dakar, trazíamos objetivos de terminar no “top 5”. A primeira semana foi madrasta e acabou por nos atrasar um pouco, retirando-nos do objetivo principal. Não desistimos e, nesta segunda semana, estamos a provar que tínhamos condições para cumprir o nosso objetivo inicial», frisou o piloto de Leiria, de 33 anos.

João Ré, que navega o saudita Saleh Alsaif (Can-Am), foi o sexto mais rápido, enquanto João Ferreira (Yamaha X-Raid) teve um problema elétrico e voltou a atrasar-se: «Acredito que tudo o que nos tem acontecido faz parte de um processo de aprendizagem. Sabíamos de antemão que estávamos perante um Dakar duríssimo e o que temos conseguido de positivo já nos deixa extremamente orgulhosos. Os pontos menos bons só nos motivam a fazer mais e melhor», disse o atual campeão nacional de todo-o-terreno.

João Ferreira e Filipe Palmeiro (Yamaha X-Raid)

Na geral, João Ré é sexto, a 4h11m52s do comandante, o norte-americano Austin Jones (BFG). Ricardo Porém subiu ao 12.º lugar, Hélder Rodrigues é 27.º e João Ferreira é 37.º, a quase 124 horas de distância (tempo que inclui 96 horas de penalização).

Nos T4 (veículos ligeiros derivados de série), Pedro Bianchi Prata, que navega o brasileiro Bruno Oliveira (Can-Am), foi 19.º, a 28.49 minutos do vencedor, o polaco Eryk Goczal (Can-Am). Fausto Mota, que navega o brasileiro Cristiano Batista (can-Am), foi 38.º e Paulo Oliveira (Can-Am) o 39.º.

Na geral, Bianchi Prata é, agora, sexto classificado, a 3h06m33s do comandante, o lituano Rokas Baciuska (Can-Am).

Sébastien Loeb e Fabian Lurquin (BRX)

SÉBASTIEN LOEB ASSINA RECORDE NOS AUTOMÓVEIS

Nos automóveis, o dia foi de recorde para o francês Sébastien Loeb (HRX), que venceu a sexta etapa consecutiva, feito inédito na história do Dakar, sétima na edição deste ano. Desde 2011, com o espanhol Carlos Sainz, que um piloto não vencia tantas etapas na mesma edição.

«É incrível, apesar de o recorde não ser necessariamente o meu objetivo. Pretendia consolidar o segundo lugar», explicou o piloto natural da Alsácia.

Nasser Al-Atiyah e Mathieu Baumel (Toyota Hilux)

Sébastien Loeb cumpriu os 154 quilómetros cronometrados de hoje, entre Shaybah e Al-Hofuf, na Arábia Saudita, em 2h26m17s, deixando o segundo classificado, o qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota), a 5m28s, e o sueco Mattias Ëkstrom (Audi) em terceiro, a 6m31s.

Este foi o 23.º triunfo de Sébastien Loeb na competição, em sete participações, mas continua a ser Nasser Al-Attiyah a liderar, com 1h21m42s de vantagem para o francês, que cedeu muito tempo nas primeiras etapas devido a furos e problemas mecânicos. O qatari, que venceu em 2011, 2015, 2019 e 2022, procura o quinto triunfo na prova.

Este domingo disputa-se a derradeira etapa, entre Al-Hofuf e Dammam, com 136 quilómetros cronometrados.

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