TURISMO

Mercado à Moda Antiga em Oliveira de Azeméis

O centro histórico de Oliveira de Azeméis está a ser palco da 25.ª edição do Mercado à Moda Antiga, que vem atraindo 60.000 visitantes por dia, com a recriação de hábitos comerciais e sociais de finais do século XIX. Iniciativa termina este domingo, reunindo cerca de 2.000 figurantes ligados a 80 associações…

carlos.sousa@autolook.pt – Fotos: MUNICÍPIO DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Realizado com periodicidade anual desde 1997, e com apenas três anos de interregno devido à pandemia de covid-19, o evento é o de maior dimensão no calendário cultural do referido município do distrito de Aveiro e reúne em 2024 cerca de 2.000 figurantes ligados a 80 associações e igual número de artesãos, todos a trajar de acordo com o período retratado.

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira, diz que, apesar de o concelho ser fortemente industrializado, o Mercado à Moda Antiga tem sabido cumprir o propósito de fazer reviver a história local, pelo que essa função é para manter no futuro, mesmo que de forma mais ambiciosa.

«O Mercado à Moda Antiga tem uma identidade própria como representação fiel da ruralidade daqueles tempos, entre o final do século XIX e o início do século XX, e pretendemos continuar a representar a gastronomia da altura e a preservar a dinâmica cultural do evento com a participação essencial e preciosa das associações e coletividades do concelho», sublinhou o autarca socialista.

O futuro passa, contudo, por «catapultar» a iniciativa e torná-la «uma referência não só nacional, como também internacional», pelo que em próximas edições é objetivo da câmara «incluir atuações de grupos internacionais igualmente representativas e fidedignas daquela época».

Com tabernas, bancas de venda, oficinas de artesanato ao vivo, confeção de padaria na hora e palcos musicais distribuídos por uma área pedonal com cerca de 4.000 metros quadrados, o Mercado à Moda Antiga recria a antiga feira realizada na Praça dos Vales e comercializa, por isso, desde refeições e petiscos até frutas e legumes, enchidos regionais, mel e compotas, plantas e flores, passadeiras e outros têxteis, peças de madeira e de ferro.

Todo o programa é de entrada livre, incluindo ainda espetáculos de folclore, concertos de música popular, sessões de contos infantis, jogos tradicionais, teatro de rua, carrosséis, estátuas vivas e paradas de acordeão, de cavaquinhos e de cantares.

«Este ano retomamos o desfile de trajes que se realizou pela primeira vez em 1997, quando o Grupo Folclórico de Cidacos era o organizador do evento e o realizava apenas no jardim da Praça José da Costa», recorda Joaquim Jorge Ferreira.

«Além disso, alargámos ligeiramente o recinto, de forma a criar um anel interior que garanta espaço para mais associações participarem e permita melhor circulação de pessoas e animação», sustentou o autarca de Oliveira de Azeméis.

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