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Kauai HEV 1.6 Vanguard: equilíbrio de soluções

A segunda geração do Hyundai Kauai cresceu nas cotas e justifica em pleno a designação de novo modelo. Diferente na estética e maior nas dimensões, também melhorou em alguns parâmetros relativos à segurança, apesar de ter conquistado quatro estrelas Euro NCAP. As semelhanças com o eléctrico são evidentes, enquanto o motor a gasolina permite estabelecer diferenças. 

FAUSTO MONTEIRO GRILO

A segunda geração do Kauai cresceu em diversos vectores, sendo evidente o acréscimo de 185 mm no comprimento total, ainda aquém dos quatro metros e meio (4.350 mm). Mais subtis foram os aumentos na cota de largura +24 mm, enquanto a altura regista aumentos de 10 ou 15 mm, consoante dimensão das jantes.

No caso da versão híbrida 1.6 GDi Vanguard, as jantes de 18” fazem o modelo ultrapassar o metro e meio em altura (1.580 mm) enquanto a largura da carroçaria não chega aos dois metros (1.825 mm) sem contar com os retrovisores.

Ainda em relação às cotas, a distância entre-vias também aumentou (60 mm) e o mesmo acontece com as vias dianteira e traseira. Na bagageira também se verificam ganhos, com 466 litros moduláveis até 1.300 litros, mediante rebatimento dos assentos traseiros.

O aumento das cotas exteriores e a renovação estética do Kauai, aproximam este híbrido da versão eléctrica. Todavia, a escolha de uma linha de cintura mais alta, arredondada e lisa, reduzem a visibilidade na traseira, na qual os grupos ópticos estão mais expostos, em especial aos pilaretes tão a gosto das autarquias.

Nas laterais, a área vidrada perde para as áreas metálicas e de compósitos, enquanto na frente, a tal superfície lisa e arredondada, recebe vários elementos que, não impedem que o Kauai híbrido seja classe 1.

No interior, o aumento de cotas trouxe muito mais benefícios. Os acessos estão muito melhores, em especial na traseira. Para o acesso aos lugares dianteiros, em especial para quem se sentar ao volante, consoante estaturas e ajuste em altura do assento, assim fica mais ou menos condicionado o acesso.

Uma vez no interior, o espaço permite alojar quatro adultos de 1,80 metros, sem condicionantes. O painel e o volante, concedem uma profusão de comandos, menus e sub-menus que exigem alguma habituação, sendo certo que alguns destes precisam de ser configurados uma vez pelo utilizador.

No entanto e mesmo tendo isso em consideração, muitos dos comandos poderiam ser mais intuitivos e até simplificados. Por exemplo, as patilhas atrás do volante, servem para ajustar os três níveis de retenção, enquanto o acerto dos modos de utilização (eco, neve ou sport) se ajustam num botão colocado na consola central. O acesso à bagageira está ao nível do perfil da carroçaria, tornando fácil o manuseamento das bagagens e, sob o piso, existe algum espaço para arrumos.

Com boa habitabilidade, este Kauai é apresentado com bons materiais e um bom nível de finalização, embora não se encontre harmonia, tanto no toque como nas tonalidades neste interior, muito espaçoso, bem aproveitado nos espaços para arrumos e dotado de portas USB, apenas para quem tenha equipamentos mais recentes.

Isto significa que os que utilizam aqueles “smartphone” antigos (de 2021 ou 2022) terão de utilizar adaptadores ou recorrer à tomada, muitas vezes identificada como a do isqueiro. No que diz respeito aos números mais importantes, e numa gama que inicia nos 26.720 euros do 1.0 a gasolina e chega aos 48.750 euros do eléctrico mais equipado, este híbrido HEV 1.6 Vanguard é proposto a 36.670 euros sem contar com eventuais campanhas, despesas administrativas e pintura metalizada.

Em destaque nesta versão, o ar condicionado automático bizona, botão de ignição e chave com sensor, visores de 12,3”, navegação, sistema de prevenção de colisão, sensores à frente e atrás, e jantes 18” na versão N Line.

Além do espaço e funcionalidade, o habitáculo deste Kauai começa por conceder boas impressões no que diz respeito ao conforto de rolamento. O bom desempenho das suspensões e a boa insonorização, permitem usufruir de um ambiente agradável.

Para quem vai ao volante, a colocação do selector de transmissão, permite a escolha do D-R-N-P para rolar, marcha-atrás, ponto-morto ou parqueamento. As patilhas atrás do volante, servem para acertar um dos três níveis de retenção no modo mais económico, e permitem escalonar as seis relações da transmissão, quando se opta pelos modos desportivo ou neve.

Nestes, notam-se diferenças nas acelerações, reprises e retenção, com esta última a permitir a circulação urbana com pouca ou nenhuma intervenção do sistema de travagem. Num breve contacto ao volante, e à média de 32,0 km/h ficou registado um consumo de combustível de 4,5 litros/100 km.

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