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Opel Mokka-e: um futuro antecipado

Proposto em duas versões e igual número de potências medidas em Watt, o Mokka faz parte de um programa. Com 12 modelos electrificados, a Opel selou os objectivos para 2024, mantém o rumo previamente definido, e continua a reiterar o compromisso de chegar sem cavalos a 2028.  

FAUSTO MONTEIRO GRILO

Este ano, a Opel completa o ciclo de renovação da gama, propondo uma versão eléctrica em cada um dos modelos. O primeiro a ter a frente estilizada “vizor” e o painel interior totalmente digitalizado, é proposto com motor de 100 kW, para mover o “SUV” que em pouco ultrapassa os quatro metros de comprimento (4.150 mm).

A largura, medida nos topos dos retrovisores, não chega aos dois metros (1.986 mm) enquanto a altura, excede por pouco o metro e meio (1.535 mm). A bagageira é modulável entre os 350 a 1.060 litros, mediante rebatimento dos assentos traseiros.

No que diz respeito à bateria de iões de Lítio, esta tem 50 kWh de capacidade (216 células em 18 módulos) e de acordo com o WLTP a autonomia é de 481 quilómetros em percurso citadino, utilizando o mais eficiente dos três modos de selecção: Eco, Normal, Sport.

Nos valores combinados, a autonomia é de 341 km (norma WLTP) enquanto o carregamento rápido (80% em 00:30 minutos) é proposto num sistema DC de 100 kW. Com uma tara de 1.624 kg e velocidade máxima de 150 km/h, e as acelerações do Mokka-e registam 3,7 segundos para chegar dos 0-50 km/h e 9,0 segundos dos 0-100 km/h.

Este modelo classe 1 é proposto nas versões Edition e GS, com a mais elaborada a permitir escolher entre os 100 ou 115 kW (136 ou 156 cv). Na GS mais potente, a autonomia é de 408 quilómetros.

No que diz respeito à segurança e de acordo com o Euro NCAP, o Mokka conseguiu quatro estrelas Euro NCAP (Julho 2021) o que significa menos uma face às cinco do “antecessor” Crossland. No entanto, há algumas cronologias a ter em linha de conta.

Desde o início da comercialização do Mokka em 2020, e da versão eléctrica em 2022, já se verificaram várias actualizações no Euro NCAP, que tornaram muito mais exigentes os testes de segurança e embate.

Por outro lado, esta versão GS vinha equipada com quatro importantes “packs” de equipamento opcional: segurança, iluminação, câmera traseira e “black”. Ao traduzir estas características para números, temos dois: 42.665 euros para a GS e 45.015 euros aqui em análise.

Com bons acessos aos assentos dianteiros, o Mokka concede boa habitabilidade para quem se sentar na frente. Os acessos aos lugares posteriores – como acontece na generalidade dos automóveis destas dimensões – é satisfatório se pensarmos em alojar quatro adultos (1,80 m e 100 kg).

O ajuste longitudinal dos assentos dianteiros pode condicionar os acessos e, em nome da rigidez torsional e segurança passiva, o perfil inferior da carroçaria (vulgo embaladeiras) cria um desnível pouco cómodo. Uma vez no interior e ajustados os encostos de cabeça, a habitabilidade supera o acesso.

Para quem se sentar ao volante, os vários ajustes permitem encontrar uma boa posição de condução, boa visibilidade para a frente e laterais, enquanto para a traseira, a visualização 180º ajuda nas manobras de marcha-atrás.

Mediante três modos de gestão da potência (Eco, Normal, Sport) a condução do Mokka torna-se algo diferente, em especial quando se activa o modo ‘B’ destinado a aumentar a retenção do veículo e a regeneração da energia cinética.

Para os que estão a conduzir um eléctrico pela primeira vez, este Opel exige habituação, tanto nas acelerações como nas desacelerações, em especial nestas últimas e quando se circula em trajectos urbanos. Nestes, a regeneração é mais eficiente, reflectindo-se na autonomia e menos recurso ao pedal de travão. Por outras palavras, em cerca de 250 a 300 metros, é possível passar de 50 km/h à imobilização do veículo.

Em termos de consumos de energia e num breve contacto ao volante em percurso misto (AE+EN+Urbano) à média de 35 km/h, foram gastos 51% da carga das baterias de iões de Lítio. Com 12 modelos eletrificados já disponíveis no presente, a Opel segue a passos largos no objetivo de cumprir com a sua promessa de se tornar numa marca 100% elétrica na Europa até 2028. Carregador de bordo 7,4 kW em opção o trifásico de 11 kW.

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