MotoGP

Ser fã de MotoGP tem muito que se lhe diga…

O Campeonato do Mundo de MotoGP voltou a passar por Portugal e pelo Autódromo Internacional do Algarve, que recebeu no passado fim de semana a maior assistência de toda a sua história.

Texto: DINIS DIAS (estagiário autolook.pt)

O Autódromo Internacional do Algarve foi o palco privilegiado do Grande Prémio Tissot de Portugal de MotoGP. Tratou-se da sexta passagem do Campeonato do Mundo de Velocidade pelo circuito algarvio, com a curiosidade de ter sido, apenas, a 4.ª edição com as bancadas abertas ao público que não desperdiçou a oportunidade de comparecer em massa.

Ao longo dos três dias de competição, cerca de 174 mil pessoas passaram pelo Autódromo Internacional do Algarve, um aumento exponencial face ao ano transato. Na qualidade de espetador encontrava-me entre esses milhares de fãs. Tive a oportunidade de assistir ao Grande Prémio Tissot de Portugal a partir da bancada principal.

Logo não tive acesso a qualquer tipo de regalia “VIP”, como uma ida ao “paddock” ou direito a camarote, tendo assim a total experiência que um comum ser humano com rendimentos médios pode ter e decidi escrever os principais destaques da competição.

“FAN ZONE”: UMA FESTA ANUNCIADA

Uma das novidades desta edição do Grande Prémio Tissot de Portugal de MotoGP foi a “Fan Zone”. Localizada junto à entrada da bancada principal, aquele espaço de diversão consistia num local com várias zonas de consumo, tanto de comida como de bebida, estendendo-se ao “merchandise” de pilotos à volta de um palco.

Foram diversos os momentos de atividade, com atuação de bandas de rock, DJ’s e, principalmente, presenças de pilotos que aproveitaram a oportunidade para interagir com os fãs.

Curiosamente, os três vencedores de domingo subiram ao palco no dia anterior, tanto Daniel Holgado, como Aron Canet e Jorge Martín, deslocaram-se à “Fan Zone” sábado à tarde. Para além destes, mais estrelas foram alegrar os adeptos, com especial destaque para Miguel Oliveira, que abriu as “hostilidades”, na sexta feira, e de todos os pilotos, foi quem teve maior reação por parte do público.

SEGURANÇA, ESPETÁCULO EM TERRA E PELO AR

Falta de segurança não faltou nesta passagem do MotoGP por Portugal, tanto dentro como fora da bancada, pelo que nunca me senti inseguro, tudo por causa do notável e visível reforço da organização nessa área.

Houve um claro aumento de seguranças nas bancadas do circuito. Um cenário que se estendeu às habituais presenças dos militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Intervenção.

A grande novidade foi a forte comparência dos três ramos das Forças Armadas, a qual se fez notar com vários militares espalhados pelos mais variados pontos do circuito, inclusivamente até no topo da Torre VIP. Ainda a contribuir para o espetáculo, foi notória a presença dos paraquedistas e a passagem dos “caças furtivos” F-16 antes do início da corrida principal.

AO VIVO É MELHOR DO QUE PELA TELEVISÃO

Ver uma corrida ao vivo consegue-se ter uma noção do que é realmente o desporto motorizado. A televisão não consegue transmitir as reais sensações de uma corrida, neste cado do programa integral de MotoGP.

Estando presente consegue-se perceber o caraterístico e espetacular ruído das motos e, ainda por cima, das altas velocidades impostas pelos pilotos, sobretudo no caso das MotoGP que são autênticos “foguetes”. Somente ao vivo é que é possível entender o “fenómeno” dos 340 km/h com que, em certos pontos, atingem no traçado.

Para além disso, na bancada principal superior do Autódromo Internacional de Portimão consegue-se ver praticamente toda a pista, contrariando a principal crítica dos amantes dos monitores, os quais dizem que, na televisão, é sempre melhor porque vê-se tudo, enquanto ao vivo só se assiste a meros metros da corrida. Puro engano…

MUITO PÚBLICO DENTRO E FORA DO AUTÓDROMO

Como já foi referido acima, imensos adeptos deslocaram-se à pista algarvia, e isso fez-se notar de várias formas. Primeiramente, no trânsito intenso, com filas de vários quilómetros a serem formadas, tanto na estrada principal como nas secundárias e, ainda, com carros estacionados em todos os sítios possíveis.

Quem se apercebeu mais desta forte presença humana foi Miguel Oliveira, que obteve um apoio incondicional e espetacular vindo das bancadas, onde por várias vezes foram entoados cânticos de apoio ao piloto português, reagindo sempre de forma eletrizante às suas ultrapassagens. Este tipo de reações do público também aconteceu em outros momentos de “drama” das corridas, como ultrapassagens pela liderança ou quedas, maioritariamente aquando daquela que envolveu Marc Márquez e Francesco Bagnaia.

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