Miguel Oliveira honrado por defender a Yamaha
O piloto português entra em ação já este sábado, com o shakedown, uma espécie de aquecimento destinado aos pilotos de testes e às marcas com concessões, como é o caso da Yamaha e da Honda.
carlos.sousa@autolook.pt
Miguel Oliveira disse esta sexta-feira ser «uma honra representar a Yamaha», no dia em que foi apresentado oficialmente como piloto da Pramac, a equipa satélite da marca japonesa no Mundial de MotoGP.
«É uma honra representar estas cores e a Yamaha. Especialmente, poder fazê-lo na Pramac, que foi um alvo para todas as outras equipas nas últimas temporadas», declarou o piloto natural de Almada, durante a cerimónia de apresentação de toda a estrutura da Yamaha no Mundial de Velocidade.
A Pramac, equipa que até 2024 corria com motas da Ducati, torna-se, em 2025, a segunda equipa da Yamaha, alinhando com o piloto português e com o australiano Jack Miller. Ambos os pilotos têm contrato com a própria Yamaha, mas correrão pela estrutura que, no ano passado, conquistou o título de pilotos com o espanhol Jorge Martin, depois de, em 2023, ter conquistado o campeonato de equipas.
«Temos as pessoas, a experiência. Para mim, particularmente, é um novo desafio e um marco na minha carreira poder ser um piloto oficial da Yamaha. Estou ansioso para começar», sublinhou Miguel Oliveira.
A equipa apresenta-se com as cores roxa, azul e preto, com um toque de vermelho na parte de baixo das carenagens. O diretor desportivo da Pramac será Gino Borsoi, com Luca Ferraccioli a assumir o papel de chefe de equipa de Miguel Oliveira.
Já na equipa oficial, mantém-se o francês Fabio Quartararo, campeão mundial em 2021, tendo, ao seu lado, o espanhol Alex Rins. Foi, também, apresentada a equipa de Moto2 da Pramac, que faz alinhar Alex de Angelis e Tony Arbolino.
Paolo Pavesio substitui Lin Jarvis à frente do departamento de competição da Yamaha (Jarvis mantém-se como consultor), depois de 21 anos na Yamaha Europe, mais ligado ao motocrosse e às superbikes. A colaboração com a Pramac surgiu da necessidade de fazer evoluir a marca japonesa, suplantada pelos construtores europeus (Ducati, Aprilia e KTM) nos últimos campeonatos.
«Vimos que o MotoGP mudou. Devemos ter quatro pilotos de fábrica [para ter mais dados]. Queríamos ter o melhor parceiro e a Prima Pramac era o melhor que podíamos ter. Queremos trabalhar juntos e chegar ao nosso objetivo», frisou Pavesio.
Miguel Oliveira entra em ação já este sábado, com o shakedown, uma espécie de aquecimento destinado aos pilotos de testes e às marcas com concessões, como é o caso da Yamaha e da Honda. Na próxima semana, de 5 a 7, realiza-se a primeira bateria de testes de pré-temporada, também em Sepang, na Malásia. O Mundial de 2025 terá 22 eventos, com 44 corridas, incluindo o Grande Prémio de Portugal, de 7 a 9 de novembro.