Enduro

Mundial de Enduro com sotaque português

O campeonato terá sete provas. Depois de Itália, segue-se Espanha, Finlândia, Suécia e Eslováquia, antes das duas rondas finais, em Portugal.

carlos.sousa@autolook.pt

Frederico Rocha (GasGas)

O Campeonato do Mundo de Enduro arranca este fim de semana em Itália (San Remo), mas com sotaque português, já que, pelo segundo ano consecutivo, o promotor do Mundial é português. Portugal acolhe, este ano, as duas últimas rondas (Valpaços, de 29 de setembro a 1 de outubro, e Santiago do Cacém, de 6 a 8 de outubro), tendo quatro pilotos a tempo inteiro.

«Começamos este fim de semana com a maior prova de sempre, com 177 inscritos, 17 dos quais mulheres. Estão mais de 1.500 pessoas ligadas à modalidade dentro do paddock e o impacto económico deste fim de semana em San Remo chega aos seis milhões de euro», explicou Francisco Pita, promotor do campeonato através da empresa PrimeStadium.

Antigo piloto de todo-o-terreno (disputou o rali Dakar em carro e SSV), Francisco Pita foi, também, presidente da Federação Portuguesa de Jet Ski. Empresário no ramo das duas rodas, é, desde o ano passado, o promotor do Campeonato do Mundo de enduro em motociclismo, que teve em Hélder Rodrigues o expoente máximo nacional, já que foi campeão mundial de juniores (1998) e venceu a classe 125cc nos Seis Dias Internacionais de Enduro (prova por seleções), no Brasil, em 2003.

Este ano, são quatro os portugueses a tempo inteiro a disputar o Mundial. A Classe Enduro 2 recebe Renato Silva (Beta), que transita da classe júnior. Já Frederico Rocha (GasGas) e Francisco Leite (Sherco) estreiam-se na Enduro Youth, uma categoria dedicada aos mais jovens.

Já Joana Gonçalves (Husqvarna), que no ano passado esteve afastada devido a lesão, vai tentar lutar por um lugar entre as cinco primeiras da categoria feminina.

«Não era a preparação que esperava, pois sofri uma queda na última prova do campeonato nacional (em Fafe) e só tive alta médica há pouco tempo. O objetivo é ver como estou, perceber o meu estado de forma», explicou a piloto de Pedras Salgadas, de 26 anos.

Neste campeonato participam oito equipas de fábrica (Beta, TM, Sherco, KTM, GasGas, Husqvarna, Fantic e Rieju), pelo que Francisco Pita espera que o campeonato continue a crescer.

«Que seja uma rampa de lançamento para 2024, quando iremos a países novos (Inglaterra, Roménia). Temos tido vídeos com três milhões de visualizações nas redes sociais. Chegámos a um momento imparável», frisou.

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