Simone Campedelli considerado… desistente
O líder Simone Campedelli está fora do Rali Vinho Madeira 2024. Para grande surpresa de todos, após o final da última classificativa do dia surgiu a informação de que o piloto italiano foi considerado desistente…
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
Golpe de teatro, no final do segundo dia do Rali Vinho Madeira, com o italiano Simone Campedelli (Skoda Fabia RS Rally2) a ser considerado desistente, por ter conduzido numa ligação sem as quatro rodas completas.
Este cenário implica que o piloto italiano passe a alinhar em Super Rally, com a consequente penalização de 10 minutos, o que deixa o espanhol Diego Ruiloba (Citroën C3 Rally2) no comando da prova, com 10,7 segundos de vantagem sobre Armindo Araújo.
Segundo a notificação do Colégio de Comissários em causa está um incumprimento num troço de ligação: «Tendo recebido um relatório do Delegado Técnico FPAK sobre a viatura n.º 10 (Simone Campedelli/ Tania Canton) referindo ter conduzido num troço de ligação após PEC 4 não cumprindo o Art. 34.1.5 do RRSR que cita “um carro de competição só pode ser conduzido sobre as quatro rodas completas incluindo os pneus. Qualquer viatura que não cumpra com este artigo será considerado como desistente de acordo com o Art. 54», pode ler-se no documento, acrescenta que assim o concorrente é considerado “desistente”.
Independentemente da irregularidade registada, a segunda volta pelas três especiais do dia repetiu os resultados da primeira passagem, com o italiano Simone Campedelli (Skoda Fabia RS Rally2) a impor-se no Campo de Golf e no Palheiro Ferreiro e o espanhol Diego Ruiloba (Citroën C3 Rally2) a triunfar em Santana, sendo o único que, até agora, conseguiu contrariar a superioridade do italiano, mais rápido em cinco das sete classificativas efetuadas.
Face ao domínio que Simone Campedelli e Diego Ruiloba exerceram ao longo de todo o dia, e apesar da penalização do primeiro, poderá acontecer que 11 anos depois do triunfo do italiano Giandomenico Basso, um piloto estrangeiro volte a subir ao lugar mais alto do pódio.
Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally) termina o dia no segundo lugar e o substancial atraso do inglês Kris Meeke (Hyundai i20 N Rally2), a fazer uma prova distante daquilo que é habitual, permitir-lhe-á regressar ao comando do campeonato, com José Pedro Fontes (Citroën C3 Rally2) a ser o único que o pode impedir de arrecadar o máximo de pontos.
As circunstâncias fazem com que o mesmo se passe em relação ao campeonato local, com o atraso de João Silva (Skoda Fabia Rally2 Evo) a permitir a Miguel Nunes (Skoda Fabia Rally2 Evo) o regresso ao comando da competição, uma vez que Alexandre Camacho (Toyota GR Yaris Rally2), que faz a primeira prova da temporada, não conta para a discussão do título regional que, por sinal, está nas suas mãos.
Rui Jorge Fernandes (Renault Clio Rally4) chega ao final do dia no comando da Duas Rodas Motrizes, posição que foi sempre sua, enquanto Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4) chega ao comando da Peugeot Rally Cup Portugal, depois do espanhol Miguel Garcia (Peugeot 208 Rally4) ter ficado pelo caminho, logo a seguir a ter rendido Vítor Sá (Peugeot 208 Rally4) no comando da iniciativa.
Amanhã, derradeiro dia da competição, os concorrentes terão de cumprir uma dupla passagem pelas classificativas de Câmara de Lobos (10,32 km – 9h28 e 14h29), Ponta do Sol (10,95 km – 10h19 e 15h20), Calheta (14,45 km – 11h03 e 16h04) e Rosário (11,37 km – 12h27 e 17h28), com a segunda passagem por Rosário a funcionar como “power stage”.
CLASSIFICAÇÕES
7.ª PC – Santana 2 (14,14 km) – 1.º, Diego Ruiloba/Angel Vela (Citroën C3 Rally2), 8’48,3”; 2.º, Simone Campedelli/Tania Canton (Skoda Fabia RS Rally2), 8’50,1”; 3.º, Alexandre Camacho/Carlos Magalhães (Toyota GR Yaris Rally2), 8’52,2”; 4.º, Miguel Nunes/João Paulo (Skoda Fabia Rally2 Evo), 8’52,4”; 5.º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), 8’54,7”; 6.º, José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2), 8’55,2”; 7.º, João Silva/Luís Rodrigues (Skoda Fabia Rally2 Evo), 8’55,5”; 8.º, Kris Meeke/Stuart Loudon (Hyundai i20 N Rally2), 8’55,8”; 9.º, Joachim Wagemans/Thijs Ozeel (Alpine A110), 9’01,9”; 10.º, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), 9’04,6”; …; 15.º, Rui Jorge Fernandes/João Paulo Freitas (Renault Clio Rally4), 9’27,1” (1.º RC4); …; 18.º, Hugo Lopes/Valter Cardoso (Peugeot 208 Rally4), 9’32,1” (1.º PRCP).
Classificação após sete especiais – 1.º, Diego Ruiloba/Angel Vela (Citroën C3 Rally2), 1.00’52,3”; 2.º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), a 10,7”; 3.º, Alexandre Camacho/Carlos Magalhães (Toyota GR Yaris Rally2), a 15,2”; 4.º, Miguel Nunes/João Paulo (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 20,1”; 5.º, José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3 Rally2), a 25,5”; 6.º, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), a 1’03,6”; 7.º, Joachim Wagemans/Thijs Ozeel (Alpine A110), a 1’30,4”; 8.º, Miguel Caires/João Miguel Sousa (Skoda Fabia Rally2 Evo), 1’35,2”; 9.º, Ernesto Cunha/Rui Raimundo (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 2’48,7”; 10.º, Rui Alberto Pinto/Marco Macedo (Skoda Fabia Rally2 Evo), a 3’20,6”; …; 13.º, Rui Jorge Fernandes/João Pedro Freitas (Renault Clio Rally4), a 4’05,0” (1.º RC4); …; 17.º, Hugo Lopes/Valter Cardoso (Peugeot 208 Rally4), a 4’52,5” (1.º PRCP).
