MotoGP

Miguel Oliveira rendido aos adeptos lusitanos

O piloto português, que terminou o Grande Prémio Tisot de Portugal no nono lugar, a mais de 23 segundos do vencedor Jorge Martín, destacou a paixão dos fãs, referindo que o único apoio que vi assim do público foi para o Valentino Rossi.

carlos.sousa@autolook.pt

Miguel Oliveira (Aprilia) manifestou-se hoje de «coração cheio» com o apoio do público, embora o resultado não tenha sido o desejado na corrida do Grande Prémio Tissot de Portugal de MotoGP, que decorreu em Portimão.

«Não tenho palavras para descrever todo o apoio que o público demonstrou. Foi um fim de semana simplesmente de sonho, apesar do resultado. Sei que o apoio é incondicional e estou de coração cheio por isso», disse o piloto português.

Em declarações aos jornalistas, no final da corrida de MotoGP, em que terminou no nono lugar, a mais de 23 segundos do vencedor, Miguel Oliveira notou que o único apoio que viu assim foi ao italiano Valentino Rossi, sete vezes campeão do mundo da categoria.

«Faço o Mundial há cerca de 14 anos e o único apoio que vi assim do público para com um piloto especificamente, foi só com o Valentino Rossi», apontou. O piloto natural de Almada considerou que fez «uma boa corrida, com um bom arranque, onde conseguiu ter mais estabilidade da moto, depois de algumas afinações».

«Guiei hoje a moto mais estável do fim de semana, que representa algum sinal de melhoria e, por isso, estou ligeiramente mais contente», apontou. Na opinião de Miguel Oliveira, a classificação «poderia ter sido diferente» quando, a seis voltas do fim da corrida, rodava na nona posição e perdeu três posições, caindo para o 12.º posto.

(Marco) Bezzecchi ultrapassou-me no final da reta e obrigou-me a alargar muito a trajetória. Quando entrei para a pista tinha perdido três posições», lamentou. Contudo, adiantou, que o nono lugar «não é de todo um resultado negativo», referindo ser «necessário a partir de agora reconstruir todo o trabalho, a base e a confiança».

Questionado sobre se o início do Mundial estava a decorrer conforme as previsões, Miguel Oliveira adiantou que «de acordo como decorreram os testes, sim». «Gostava de poder demonstrar um pouco mais, mas tenho tido muitos contratempos com a moto, ao não acertar bem com o “setting”. A equipa está a ter muitas dificuldades», descreveu.

Para Miguel Oliveira «não basta ter uma moto» da Aprilia à frente que sirva de referência: «A equipa tem de fazer um trabalho grande para me poder dar as ferramentas de que preciso».

Após duas corridas, o português ocupa o 14.º lugar do Mundial, com oito pontos, a 52 do líder, o espanhol Jorge Martin (Ducati).

Partilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *