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Ford aumenta propulsão do Mustang Mach-E

As baterias LFP são de duração excecional, utilizando menos materiais de elevada procura e de elevado custo, oferecendo maiores capacidades de carregamento rápido. A Ford está, também, a investir 3,5 mil milhões de dólares na construção de uma fábrica de baterias LFP no estado norte-americano do Michigan.

(auto.look2010@gmail.com)

A Ford vai introduzir, já este ano, baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) na Europa, na sua gama Mustang Mach-E, no âmbito do objetivo da companhia em tornar os VE (Veículos Elétricos) mais acessíveis e disponíveis para os clientes.

A Ford anunciou, também, o investimento de 3,5 mil milhões de dólares na construção da primeira fábrica de baterias LFP nos EUA com o apoio de um construtor de automóveis, que se designará BlueOval Battery Park Michigan, e cuja abertura ocorrerá em 2026.

A diversificação e localização da cadeia de fornecimento de baterias da Ford nas regiões onde tem a sua produção de VE permitirá melhorar os níveis de disponibilidade e acessibilidade de custos para os clientes, reforçando, ao mesmo tempo, a procura dos consumidores.

A Ford está a trabalhar no sentido de alcançar, até ao final do ano, uma taxa de produção anual de 600.000 veículos elétricos a nível mundial, com o objetivo de chegar aos 2 milhões a nível mundial até ao final de 2026, no âmbito do seu plano Ford+.

À medida que a companhia intensifica o ritmo de VE, a introdução das baterias LFP permite à Ford produzir mais veículos elétricos e oferecer mais opções de escolha aos novos clientes de VE, em linha com o objetivo da companhia em alcançar uma margem EBIT de 8 por cento por os denominados Model e até 2026.

«Estamos empenhados em liderar a revolução dos veículos elétricos e isso significa investir na tecnologia e nos empregos que nos manterão na vanguarda desta transformação global na nossa indústria», declarou Bill Ford, presidente Executivo da Ford.

BATERIAS LFP: UM PROCESSO QUÍMICO COM VANTAGENS PARA OS CLIENTES FORD

Oferecer a tecnologia LFP como segunda opção química de baterias – em complemento às de níquel-cobalto manganês (NCM) – permite aos clientes Ford escolher um veículo elétrico com características únicas de desempenho da bateria, mais em linha com as suas necessidades.

As baterias LFP apresentam elevados níveis de durabilidade e toleram carregamentos mais frequentes e mais rápidos, enquanto utilizam menos materiais de elevada procura e de elevado custo.

Esta bateria de menores custos, à escala, ajudará a Ford a conter, ou mesmo a reduzir, ainda mais os preços dos EV junto dos seus clientes. Estas baterias LFP irão propulsionar vários VE da Ford, acessíveis e de nova geração, tanto em modelos de passageiros como em pick-ups, atualmente em desenvolvimento.

«A gama de veículos elétricos da Ford gerou uma enorme procura. Estamos a cumprir os nossos compromissos à medida que dimensionamos as baterias LFP e NCM. Agora são milhares, mas em breve serão milhões os clientes a beneficiar dos VE da Ford dotados de baterias com tecnologias de ponta e mais duráveis, que estão agora a ficar cada vez mais acessíveis», referiu Jim Farley, presidente e CEO da Ford.

Ainda antes da abertura da nova fábrica de baterias em Marshall, no Estado do Michigan (EUA), a Ford introduzirá, já este ano, baterias LFP no Mustang Mach-E e em 2024 na pick-up F-150 Lightning, modelos que estarão disponíveis nos principais mercados globais, com o objetivo de reduzir os tempos de espera dos clientes.

A tecnologia de baterias LFP contribui, também, para a redução da dependência de minerais críticos como o níquel e o cobalto, e está em linha com o trabalho desenvolvido pela Ford na criação de uma cadeia de fornecimento VE capaz de manter os seus compromissos em termos de sustentabilidade e dos direitos humanos.

A Ford comprometeu-se a investir mais de 50 mil milhões de dólares em veículos elétricos a nível mundial até 2026, estando também já empenhada em atingir, até 2050, a neutralidade carbónica a nível mundial em todos os seus veículos, operações e cadeia de abastecimento.

No que respeita à Europa, a empresa tem como objetivo atingir, até 2035, zero emissões em todas as vendas de veículos e obter a neutralidade carbónica nas suas instalações, operações de logística e fornecedores.

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