VELOCIDADE

Gião e Niskanen campeões da categoria GT4 Pro

Para Manuel Gião, Elias Niskanen e a equipa Lema Racing foi praticamente chegar, ver e… vencer esta temporada no Campeonato de Portugal de Velocidade (CPV) e no Iberian Supercars Endurance, cujos títulos açambarcaram face a uma concorrência de respeito.

(auto.look2010@gmail.com)

A experiência de Manuel Gião, que aos 51 anos amealhou mais um troféu na sua longa e bem sucedida carreira – o último tinha sido conquistado em 2021, num troféu monomarca – ajudou a marcar a diferença, até porque «sempre disse que corridas de resistência ganham-se do meio para a frente».

«Desde que deixei de correr em Itália, há uns anos largos, e regressei a casa, participei em vários campeonatos ibéricos e, portanto, agora, em 2022, voltar a um campeonato fez-me sentir em casa. No ano anterior abrira a minha estrutura, a MG Competição, e tencionava colocá-la em ação no campeonato, mas constatámos que ainda não tínhamos reunidas todas as condições para fazer um bom trabalho. E é aí que entra a Lema Racing e o Niskanen», começou por referir Manuel Gião.

O piloto da Sertã afiançou que «correu tudo bem, desde a equipa aos pilotos, a nível de rapidez e de experiência, até ao carro». «Acabámos a época com uma boa margem para os adversários, o que foi muito relevante face a adversários fortíssimos. A McLaren Barcelona investiu muito no campeonato e nós fomos os líderes e vencedores, como corolário de um excelente trabalho», sustentou.

Os conselhos do piloto e “patrão” da MG Competição terão sido cruciais, bem secundado pelo desempenho da Lema Racing na preparação e assistência do Mercedes-AMG GT4, para a conquista dos dois títulos em conjunto com o jovem finlandês Elias Niskanen.

Elias Niskanen e Manuel Gião

«O Elias (Niskanen) também teve intervenção importante no acerto do carro e eu assumi o meu papel noutras áreas, a nível de conselhos, pois sempre defendi, por exemplo, que as corridas de resistência ganham-se do meio para a frente. Em Portimão, a temperatura no asfalto estava em os 40 e os 50 graus, portanto ia haver uma degradação enorme de pneus e eu defendi, como veio a provar-se estar certa, uma estratégia mais conservadora para o arranque e depois para a frente ir aumentando o ritmo. De resto, o Elias cumpriu sempre com o que lhe pedimos. Foi um bom casamento», afiançou Manuel Gião.

O experiente piloto anunciou que planos para 2023 já existem e, neste momento, encontram-se na fase de angariação de patrocínios, para repetir a participação no CPV: «A minha estrutura, que já tem uma base sólida para crescer, vai ser uma das prioridades, até porque tenho de garantir o meu futuro. Como piloto, sinto-me competitivo e pretendo continuar no campeonato, desta feita com a MG Competição, mas será necessário adquirir um carro. Estamos a trabalhar para encontrar os parceiros para fazer avançar esse projeto».

Para o jovem finlandês Elias Niskanen, que se estreou nas competições ibéricas, o arranque da temporada não deixou de ser algo complicado e um volte-face na segunda metade revelou-se decisivo para a conquista do título, como sintetizou:

«O início da temporada foi desafiante, mas no final melhorámos e ganhámos o campeonato. As novas pistas trouxeram desafios quando só tínhamos apenas algumas voltas de treinos antes da corrida. A minha equipa e o meu companheiro de equipa fizeram um excelente trabalho ao longo da temporada. No final, fiquei muito, muito satisfeito», confidenciou.

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