DAKAR

Marco Reis prepara a Honda de “Speed” Gonçalves

Mecânico de Coimbra é um dos técnicos operacionais que prepara a Honda CRF 450 Rally do piloto de Esposende, Paulo Gonçalves, tendo em vista a dura “batalha” de uma dezena de dias no Rali Dakar, no sentido de ganhar a “guerra” à austríaca KTM.

Texto: CARLOS SOUSA (carlos.sousa@gmail.com)

Paulo Gonçalves

Está praticamente tudo a postos para o arranque da 41.ª edição do Rali Dakar, cujas verificações administrativas e técnicas tiveram como ponto de partida a base aérea de Las Palmas, a sudeste de Lima. Na capital do Peru, a caravana está ansiosa que comece a prova da Amaury Sport Organisation (ASO), organização de eventos desportivos francesa, a fim de atacar quilómetros de areia e dunas a perder de vista. Cada piloto tem a sua ambição, umas mais interesseiras que outras, mas o desafio é mesmo estar à partida e chegar ao fim. Na cidade peruana de Lima.

A força mental é muito importante para abordar a dezena de etapas da prova daquele país da América do Sul. Pela primeira vez na história do Dakar, o Peru é o único país que acolhe a caravana que, este ano, reúne 534 participantes, entre os quais 17 mulheres, para um universo de 61 nacionalidades, com particular ênfase para o contingente francês.

Paulo Gonçalves

Para a prova da ASO, são 337 os veículos que partem este domingo de Lima – 138 motos, 96 carros, 41 camiões, 33 SSV/UTV (Side by Side, Utilitários todo-o-terreno) e 29 quads. Antes da partida, porém, a azáfama é enorme nos preparativos das equipas. Pela frente estão cerca de 5.000 quilómetros divididos por 10 etapas, a maior parte – a cerca de 70 por cento – percorridos em percurso de areia e dunas.

O Dakar 100% peruano vai contar com quase uma vintena de portugueses, entre os 530 concorrentes. Paulo Gonçalves, Joaquim Rodrigues e Mário Patrão, em equipas oficiais na categoria de motos, são alguns dos pilotos portugueses a destacar nesta 41.ª edição.

Paulo Gonçalves já está operacional após a recuperação a que esteve sujeito da operação ao baço, sendo ainda assim uma das “fichas” da Monster Energy Honda Team para alcançar a vitória. O piloto de Esposende, que conta ainda com o espanhol Joan Barreda, o argentino Kevin Benavides, o norte-americano Ricky Brabec e o chileno José Ignacio para tentar colocar um ponto final em quase duas décadas de triunfos consecutivas da austríaca KTM, tem a seu lado o mecânico Marco Reis, de Coimbra, para afinar a Honda CRF 450 Rally.

Aos 39 anos de idade, o piloto minhoto ainda mantém a alcunha de Paulo “Speed” Gonçalves, contando para a “operação” Peru também com a experiência de Marco Reis, um técnico que dispensa apresentações. Apesar da paisagem ser menos variada, muito embora aquele país sul-americano tenha argumentos mais que suficientes para deixar todos fascinados pela sua beleza, Marco Reis não está em Lima em período de férias, mas sim para ajudar o compatriota a chegar mais longe. No bivouac, em Lima, já se trabalha a grande velocidade.

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