TODO TERRENO

Cajó Mendes e Rui Silva “esbarram” na lama…

Apesar de bastante motivada, a dupla de Coimbra, Carlos Jorge (Cajó) Mendes e Rui Silva voltaram a sentir as agruras do bp Ultimate Rally Raid Portugal, terceira prova do Mundial e segunda do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno…

CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt

Cajó Mendes e Rui Silva com os índices de confiança elevados

Cajó Mendes e Rui Silva seguem firmes na prova mundialista do Automóvel Club de Portugal, revelando estarem «muito motivados», na véspera de disputarem a etapa mais extensa do bp Ultimate Rally-Raid Portugal, com um total de 374,10 quilómetros cronometrados.

Apesar de algumas aventuras e peripécias vividas nos dois primeiros dias de prova, a dupla de Coimbra não esmorece com o estado lastimoso do terreno, bastante deteriorado com passagem das primeiras equipas que lutam pela vitória em solo português, terminando ontem na segunda posição na categoria T2.

No entanto, a organização viu-se forçada a neutralizar a segunda etapa, sensivelmente ao km 30, devido a muitas viaturas – inclusive a Isuzu D-Max, da Prolama, utilizada pela dupla de Coimbra – terem ficado atascadas num “mar” de lama, em que os pisos, extremamente escorregadios e co muitos regos, a causarem dificuldades suplementares às equipas das diferentes categorias.

Um cenário que inviabilizou a continuidade de pilotos e máquinas até ao final do Setor Seletivo, mas a ordem foi, inevitavelmente, o regresso ao bivouac e zona de assistência do bp Ultimate Rally Raid Portugal.

«No primeiro dia ficámos atascados a cerca de 10 km do final da etapa, não evitando a perda de pouco mais de 20 minutos. Não conseguimos tirar partido das características da pista, devido ao estado do terreno, mas mesmo assim conseguimos atingir os nossos objetivos», sustentou Carlos Jorge Mendes.

A etapa desta quinta-feira não foi muito diferente da que foi vivenciada na véspera: «Deparámo-nos com um percurso demasiadamente traiçoeiro, com algumas zonas muito escorregadias, com muita lama, areia e água, com demasiados trilhos profundos e severamente escavados, provocados pelas viaturas que partem na frente. A chuva que tem caído na região alentejana tem deixado os terrenos ensopados e as dificuldades de progressão são inúmeras», referiu o navegador Rui Silva.

Confrontado com as diferenças que tem encontrado na qualidade de navegador desde a sua participação na 27.ª edição do Rally Paris-Dakar 2005, Rui Silva não tem dúvidas de que «são muitas», admitindo que existe «uma separação de 19 anos, mas tudo é diferente, começando, desde logo, pela utilização do iPad e, até por isso, existe uma nova navegação».

Recorde-se que prova de 2005 começou em Barcelona em 31 de dezembro de 2004 e passou por Marrocos, Mauritânia e Mali antes de terminar em Dakar, no Senegal, em 16 de janeiro de 2005. Rui Silva era o navegador de Ricardo Leal dos Santos que conduziu o Mitsubishi Pajero – também denominado “frigorifico pelo seu enorme tamanho –, ao 70.º lugar da geral e 5.º na categoria T1 Gasolina.

Agora, Rui Silva ajuda o amigo Cajó Mendes a conclui esta aventura com uma viatura de série. Com o número 500 nas portas da Isuzu D-Max, a dupla de Coimbra, apoiada por CJM, Grupótico, Associação Académica de Coimbra/Secção de Desportos Motorizados (AAC/SDM), Isuzu Portugal, P1, XCUT – Printing Solutions e autolook.pt, espera que o dia desta sexta-feira apresente um piso mais seco e continuar com os índices de confiança elevados.

Esta sexta-feira disputa-se a etapa mais extensa do bp Ultimate Rally-Raid Portugal, com um total de 374,10 quilómetros cronometrados. As equipas rumam ao Ribatejo e ao Alto Alentejo, regiões com muita tradição no todo-o-terreno também por causa da Baja Portalegre 500, cruzando a fronteira para a chegada a Badajoz, cidade espanhola onde vão pernoitar e iniciar a etapa de sábado.

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