DAKAR

Ricky Brabec já saboreia triunfo nas duas rodas

O norte-americano não claudicou na penúltima etapa e tem a vitória final nas mãos, mas viu o piloto da Hero, Ross Branch, vencer a tirada com 32 segundos de vantagem, enquanto o francês Adrien van Beveren foi o terceiro.

PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)

Ross Branch (Hero)

O piloto botsuano Ross Branch (Hero) ganhou 32 segundos ao norte-americano Ricky Brabec (Honda), mas que repetirá o feito de 2020, no final do Dakar, ou seja, o triunfo final. Na geral, Ricky Brabec tem, agora, 10m22s de avanço para Ross Branch, com Van Beveren em terceiro, a 14m31s.

Entre a “armada” lusitana, António Maio (Yamaha), terminou a etapa no 27.º posto e foi o melhor português. O experiente piloto, major da Guarda Nacional Republicana, caiu, entortou o volante, falhou um “waypoint”, andou para atrás mas segurou, como “oficial e cavalheiro”, a sua posição no Dakar 2024.

Já Bruno Santos (KTM) voltou a ter um excelente desempenho no Dakar, tendo terminado de forma muito positiva a 11.ª e penúltima etapa desta 46.ª edição da prova, marcada por uma das mais duras desta competição ao ser disputado em muitos trilhos de pedra que exigiam atenção e prudência na condução. Terminou em 30.º.

Ricky Brabec (Honda)

Por seu turno, Mário Patrão arrecadou esta quinta-feira a sua 10.ª vitória neste Dakar 2024, ao ser novamente o mais rápido do Veteran Trophy. O domínio do piloto luso tem sido notório, aos comandos da nova Honda CRF 450 RS2 Rally no Rally Dakar.

Nem a complexidade da navegação que esta quinta-feira exigiu, abalou o piloto de Seia que mantém uma impressionante regularidade desde o início da prova. Terminou no 31.º lugar e permanece no 30.º lugar em termos gerais.

Menos sorte teve Rui Gonçalves. Aos comandos de uma Sherco, o piloto transmontano abandonou, devido a uma queda, na 11.ª e penúltima etapa da 46.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno.

António Maio (Yamaha)

De acordo com a organização, «Rui Gonçalves caiu após 12 quilómetros» e, «tendo sofrido uma lesão num ombro, pediu apoio médico», acabando, ainda segundo a mesma informação, «por ser transportado de helicóptero para o hospital de Al Ula para realizar exames».

Rui Gonçalves já tinha sofrido uma queda na véspera, que lhe valeu um corte num braço e que necessitou de sutura. Esta era a quarta participação do piloto natural de Vidago, que já tinha desistido em 2023. Em 2021 foi 19.º e 24.º em 2022.

A edição 2024 do “Dakar” termina esta sexta-feira, com Yanbu a assistir à partida e chegada do último dia de competição e da festa final, com os sobreviventes a terem de cumprir um percurso de 328 km, que integra um Setor Seletivo de 175 km, que não deverá provocar mudanças no que aos vencedores das várias categorias diz respeito.

CLASSIFICAÇÕES

SETOR SELETIVO – 420 KM

MOTOS – 1.º, Ross Branch (Hero), 4.51’57”; 2.º, Ricky Brabec (Honda), a 32”; 3.º, Adrien van Beveren (Honda), a 3’17”; 4.º, Luciano Benavides (Husqvarna), a 4’38”; 5.º, Toby Price (KTM), a 6’31”; 6.º, Bradley Cox (KTM), a 8’05”; 7.º, Kevin Benavides (KTM), a 9’08”; 8.º, Daniel Sanders (GasGas), a 12’23”; 9.º, Martin Michek (KTM), a 14’27”; 10.º, Stefan Svitko (KTM), a 15’47”; …; 27.º, António Maio (Yamaha), a 50’34”; …; 30.º, Bruno Santos (Husqvarna), a 55’45”; 31.º, Mário Patrão (Honda), a 56’59”; …; 91.º, Alexandre Azinhais (KTM), a 3.25’06”

GERAL

MOTOS – 1.º, Ricky Brabec (Honda), 49.37’57”; 2.º, Ross Branch (Hero), a 10’22”; 3.º, Adrian van Beveren (Honda), a 14’31”; 4.º, Jose Ignacio Cornejo (Honda), a 38’44”; 5.º, Kevin Benavides (KTM), a 41’19”; 6.º, Toby Price (KTM), a 47’59”; 7.º, Luciano Benavides (Husqvarna), a 55’48”; 8.º, Daniel Sanders (GasGas), a 1.12’25”; 9.º, Stefan Svitko (KTM), a 1.54’18”; 10.º, Martin Michek (KTM), a 2.43’40”; …; 18.º, António Maio (Yamaha), a 6.09’44”; …; 28.º, Bruno Santos (Husqvarna), a 9.30’41”; 30.º, Mário Patrão (Honda), a 9.39’49”; …; 65.º, Alexandre Azinhais (KTM), a 25.42’50”.

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