FÓRMULA 1

Red Bull pode sagrar-se campeã em Singapura

A equipa da marca austríaca pode antecipar a conquista do título de Construtores na presente temporada de Fórmula 1, mas terá de recorrer a um conjunto de contas para sair do circuito citadino de Marina Bay com a reconquista do ceptro.

carlos.sousa@autolook.pt

A Red Bull tem o primeiro “match point” de vencer o título no campeonato de construtores na Fórmula 1, hoje, em Singapura, no circuito citadino de Marina Bay, palco do 15.º Grande Prémio da temporada.

Para isso, a equipa precisa que o holandês Max Verstappen, líder absoluto do campeonato de pilotos, e o mexicano Sergio Pérez, vice-líder, terminem nas duas primeiras posições do Grande Prémio de Singapura, que será disputado hoje ao início da tarde.

Além disso, a Mercedes, segunda colocada no campeonato de construtores, só pode marcar um ponto no máximo, o que ainda obrigaria Verstappen ou Pérez a conquistarem o ponto extra com a volta mais rápida da corrida, além da dobradinha.

Para a Red Bull, a tarefa pode não ser tão complicada, já que a equipa venceu todas as corridas até agora, nesta temporada. No último Grande Prémio, em Itália (3 de setembro), Verstappen foi o primeiro e Pérez chegou em segundo.

Mas as hipóteses de título em Singapura não são tão grandes, já que a Mercedes, dos pilotos britânicos Lewis Hamilton e George Russell, marcou pelo menos oito pontos em todas as corridas esta temporada.

 

FIM DA HEGEMONIA DE VERSTAPPEN EM MARINA BAY?

Enquanto Pérez venceu em Marina Bay no ano passado, Verstappen tem como melhor resultado em Singapura um terceiro lugar. O bicampeão do Mundo terá no Grande Prémio do Japão (24 de setembro), a primeira hipótese de garantir o título no campeonato de pilotos.

Ontem, na qualificação, o espanhol Carlos Sainz (Ferrari) conquistou a “pole position” para o Grande Prémio de Singapura de Fórmula 1, 15.ª prova da temporada, num dia que correu mal para a Red Bull. Carlos Sainz fez a sua melhor volta em 1m30,984s, deixando o britânico George Russell (Mercedes) na segunda posição, a 0,072 segundos, com o monegasco Charles Leclerc (Ferrari) em terceiro, a 0,079.

«É um dos circuitos mais difíceis do calendário. Já vimos até que ponto pode ser perigoso», lembrou o chefe da Red Bull, Christian Horner. Em 2022, Verstappen foi obrigado a passar pelos boxes para trocar pneus, danificados devido a uma travagem brusca inesperada, e acabou por ser apenas sétimo.

Pelo seu passado no circuito, o holandês, atual bicampeão mundial, pode encerrar este fim de semana a sua série de dez vitórias consecutivas – recorde absoluto na Fórmula 1.

«Singapura será, provavelmente, o fim de semana mais difícil das corridas que ainda restam, já que o pelotão é geralmente muito apertado, sem falar do calor e da humidade», explicou Verstappen. Além disso, como no ano passado, a chuva pode novamente estragar a festa.

TRAÇADO MODIFICADO

Os pilotos também terão que assimilar as novidades do traçado de Marina Bay, encurtado e modificado. Passou de 23 para 19 curvas, com uma reta mais longa após a retirada de chicanes no terceiro setor.

«A volta será muito mais rápida do que antes», previu o francês Pierre Gasly (Alpine). Atrás da Red Bull, Mercedes, Ferrari e Aston Martin estão separadas por apenas 56 pontos.

A Ferrari aproveitou o excelente fim de semana em Monza, com Carlos Sainz a terminar em terceiro e Charles Leclerc em quarto, para retomar a terceira posição da Aston Martin no Mundial de construtores.

Em Singapura ou em outro circuito, «é difícil prever o que vai acontecer nos fins de semana restantes», analisou o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

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