MotoGP
Martin perde para Márquez mas é mais líder
O piloto espanhol Marc Márquez, que ficou a patinar no arranque e desceu ao sétimo lugar, ganhou hoje o Grande Prémio da Austrália de MotoGP, 17.ª prova da temporada, mas Jorge Martin ganhou mais algum fôlego na luta pelo Mundial de Pilotos. PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt) A luta pelo título na categoria rainha do motociclismo mundial continua ao rubro, com o espanhol Jorge Martin (Ducati) que, ontem, tinha ganho seis pontos ao italiano Francesco Bagnaia (Ducati), hoje, ganhou mais quatro e aumentou para 20 pontos o seu avanço, quando faltam três corridas para o final da temporada. O espanhol partiu da “pole” e manteve o primeiro lugar, à frente do italiano, mas o seu compatriota Marc Márquez (Ducati) que, tal como ontem, falhou o arranque e terminou em sexto a primeira volta, lançou-se na recuperação e depois de chegar ao terceiro lugar, deixou Francesco Bagnaia para trás, a meio da corrida, e a quatro voltas ascendeu ao comando. A partir daí assistiu-se a um intenso duelo entre os dois espanhóis, com Marc Márquez a garantir a terceira vitória da temporada, à frente dos dois candidatos ao título, o que aumenta a expectativa para a corrida do próximo fim-de-semana, na Tailândia. Marc Márquez ficou a patinar no arranque e desceu ao sétimo lugar da classificação mas viria a recuperar, cortando a meta com 0,997 segundos de vantagem sobre o espanhol Jorge Martin, que foi segundo, e 10,100 sobre o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), que foi terceiro. Com um mosquito esmagado na viseira do capacete, o piloto espanhol decidiu deitar fora uma das películas da viseira para limpar. No entanto, a película plástica ficou debaixo da roda traseira e, no momento do arranque, provocou uma grande derrapagem da Ducati do piloto espanhol, que se viu engolido pelo pelotão, baixando do segundo ao 13.º posto. «Fiz o que nunca faço, porque é arriscado, mas tinha um grande mosquito no meio da viseira», explicou o piloto catalão, que no final da primeira volta já era sétimo. Com Miguel Oliveira (Aprilia) ainda de fora a recuperar de fraturas no pulso esquerdo sofridas no GP da Indonésia, Jorge Martin saiu disparado da “pole position”, tentando cavar uma distância segura para a concorrência. O italiano Francesco Bagnaia, a precisar de recuperar pontos no campeonato, focou-se na perseguição ao líder. O tricampeão apanhou Jorge Martin na 12.ª volta das 27 previstas mas o tiro saiu pela culatra. Apesar de ter passado pela liderança por breves instantes, não só viu o espanhol responder como ainda foi ultrapassado por Marc Márquez, que vinha em franca recuperação depois do mau arranque. Com três provas para o final do campeonato, Jorge Martin lidera, agora, com 424 pontos, mais 20 do que Bagnaia e mais 79 do que Márquez, que se isolou na terceira posição. Miguel Oliveira, que falhou a terceira corrida consecutiva, viu-se apanhado no 14.º lugar do campeonato pelo australiano Jack Miller (KTM), que será seu companheiro de equipa na Pramac com a Yamaha em 2025. Ambos têm 71 pontos. FERMIN ALDEGUER BATE ARON CANET EM MOTO2 O espanhol Fermin Aldeguer (Boscoscuro) venceu a corrida de Moto2, depois de intensa luta com o seu compatriota Aron Canet (Kalex), que ficou a 65 pontos do japonês Ai Ogura (Boscoscuro), quarto, atrás, ainda, do australiano Senna Agius (Kalex), que comanda o campeonato e que pode garantir o título domingo, no traçado tailandês. Para garantir o ceptro, Ai Ogura pode perder 14 pontos para Aron Canet e 15 para os espanhóis Fermin Aldeguer (Boscoscuro) e Sergio Garcia (Boscoscuro) que, em princípio vão decidir os outros dois lugares do pódio final. Apesar de não ter ido além do 10.º tempo na qualificação, o colombiano David Alonso (CFMoto), para que não haja dúvidas quanto à justiça do título conquistado antecipadamente na Moto3, venceu pela 11.ª vez em 17 corridas, à frente dos espanhóis Daniel Holgado (GasGas) e Adrian Fernandez (Honda), que não tiveram capacidade para travar a cavalgada do colombiano. David Alonso “fugiu” nas derradeiras voltas, com a luta pelos restantes lugares do pódio a ser tão intensa, que os oito seguintes couberam num segundo, com tudo a decidir-se nos últimos metros. A próxima ronda é o GP da Tailândia, dentro de uma semana. CLASSIFICAÇÕES CORRIDAS MOTOGP – 1.º, Marc Marquez (Ducati), 27 voltas (120,096 km), em 39’47,702” (181,0 km/h); 2.º, Jorge Martin (Ducati), a 0,997”; 3.º, Francesco Bagnaia (Ducati), a 10,100”; 4.º, Fabio Di Giannantonio (Ducati), a 12,997”; 5.º, Enea Bastianini (Ducati), a 13,310”; 6.º, Franco Morbidelli (Ducati), a 15,434”; 7.º, Brad Binder (KTM), a 15,450”; 8.º, Maverick Viñales (Aprilia), a 16,636”; 9.º, Fabio Quartararo (Yamaha), a 18,757”; 10.º, Raul Fernandez (Aprilia), a 19,345”. Classificaram-se mais nove pilotos. MOTO2 – 1.º, Fermin Aldeguer (Boscoscuro), 23 voltas (102,304 km, em 35’08,816” (174,6 km/h); 2.º, Aron Canet (Kalex), a 0,194”; 3.º, Senna Agius (Kalex), a 7,228”; 4.º, Ai Ogura (Boscoscuro), a 8,385”; 5.º, Diogo Moreira (Kalex), a 8,397”; 6.º, Manuel Gonzalez (Kalex), a 10,742”; 7.º, Barry Baltus (Kalex), a 10,775”; 8.º, Tony Arbolino (Kalex) a 17,343”; 9.º, Sergio Garcia (Boscoscuro), a 17,591”; 10.º, Marcos Ramirez (Kalex), a 17,721”. Classificaram-se mais 11 pilotos. MOTO3 – 1.º, David Alonso (CFMoto), 21 voltas (93,408 km), em 33’49,557” (165,6 km/); 2.º, Daniel Holgado (GasGas), a 2,936”; 3.º, Adrian Fernandez (Honda), a 2,939”; 4.º, Stefano Nepa (KTM), a 2,957”; 5.º, David Muñoz (KTM), a 2,972”; 6.º, Ryusei Yamanaka (KTM), a 3,377”; 7.º, Taiyo Furusato (Honda), a 3,403”; 8.º, Luca Lunetta (Honda), a 3,886”; 9.º, Jose Antonio Rueda (KTM), a 3,908”, 10.º, Angel Piquera (Honda), a 3,943”. Classificaram-se mais 12 pilotos. CAMPEONATOS MOTOGP PILOTOS – 1.º, Jorge Martin, 424 pontos; 2.º, Francesco Bagnaia, 404; 3.º, Marc Marquez, 345; 4.º, Enea Bastianini, 331; 5.º, Brad Binder, 192; 6.º, Pedro Acosta, 181; 7.º, Maverick Viñales, 171; 8.º, Franco Morbidelli. 151; 9.º, Fabio Di Giannantonio, 150; 10.º, Aleix Espargaro, 136; …; 15.º, Miguel Oliveira, 71. Estão classificados mais 10 pilotos. CONSTRUTORES – 1.º, Ducati, 611 pontos; 2.º, KTM, 285; 3.º, Aprilia, 267; 4.º, Yamaha, 104; 5.º, Honda, 60. EQUIPAS – 1.º, Ducati Lenovo […]
Filipe Albuquerque cruzou a linha de meta das 6 Horas de Fuji, no Japão, na segunda posição. A penúltima prova do Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) viu o piloto português ser distinguido pela volta e “stint” mais rápido da corrida entre os LMP2. Feitos que mostram o porquê de ser um dos melhores pilotos portugueses da atualidade e de sempre.
«Perdi por momentos o segundo lugar numa ultrapassagem, diria, forçada. Mas, era impensável aceitar o terceiro lugar. E na penúltima volta, regressei ao segundo posto depois de uma ultrapassagem perfeita. Infelizmente, o primeiro classificado estava muito rápido e era impossível conseguir lá chegar. Claro que queria que tivéssemos vencido. Mas termos recuperado o segundo lugar do campeonato já foi bastante bom», acrescentou o piloto de Coimbra.
