Félix da Costa campeão de resistência em LMP2
O piloto de Cascais já tinha sido campeão de Fórmula E, em 2020, ano em que Filipe Albuquerque venceu precisamente o campeonato de LMP2.
(auto.look2010@gmail.com)
O piloto português António Félix da Costa (Jota) sagrou-se campeão mundial de resistência, após ser terceiro classificado na derradeira prova da temporada, as 8 Horas do Bahrain. O piloto luso, que partia com 28 pontos de vantagem, assegurou o título juntamente com os companheiros Will Stevens e Roberto González, batendo Oliver Jarvis, Alex Lynn e Josh Pierson (United Autosport).
O piloto de Cascais já tinha sido campeão de Fórmula E, em 2020, ano em que Filipe Albuquerque venceu precisamente o campeonato de LMP2. O terceiro lugar conquistado nas 8 Horas do Bahrain, última prova do Mundial de Resistência, permitiu ao português António Félix da Costa (Jota) sagrar-se campeão mundial de LMP2.
Numa prova arrebatada pela Toyota, que conquistou o quarto título consecutivo, o piloto natural de Cascais foi o sétimo classificado da geral, terceiro da segunda categoria mais importante do Mundial de Resistência, terminando a nove voltas dos vencedores da prova, o britânico Mike Conway, o japonês Kamui Kobayashi e o argentino José Maria Lopez (Toyota).
O australiano Brendon Hartley, o suíço Sébastien Buemi e o japonês Ryo Hirakawa terminaram na segunda posição, a 45,471 segundos, um resultado suficiente para conquistarem o título mundial na categoria principal, a dos hipercarros. O brasileiro André Negrão e os franceses Nicolas Lapierre e Mathiew Vaxiviere (Alpine) terminaram na terceira posição, a duas voltas dos vencedores.
Na categoria LMP2, a vitória na prova sorriu ao austríaco Sean Gelael, ao neerlandês Robin Frijns e ao alemão René Rast (Oreca), com os britânicos Alex Lynn e Oliver Jarvis e o norte-americano Josh Pierson (Oreca) na segunda posição, à frente da equipa de Félix da Costa, que precisava apenas de terminar em sétimo.
«O resultado de hoje chega para sermos campeões. Estou muito contente. Já há alguns anos que andava atrás deste resultado, mas agora, finalmente, este título volta para Portugal», frisou António Félix da Costa, de 31 anos, que conquista um título que já tinha sido arrebatado por Filipe Albuquerque em 2020. António Félix da Costa estava muito satisfeito: «É para estes momentos que vivemos e trabalhamos».
Já Filipe Albuquerque, piloto de Coimbra, foi 10.º classificado da geral, sexto entre os LMP2, depois de ter chegado a liderar numa fase inicial da prova.
«Esta corrida é o espelho de todas as anteriores. Começámos na frente, rodámos na frente e acabámos atrás. É um padrão que não me deixa nada confortável. Ainda bem que a época chegou ao final para que se possa fazer um “reset” em tudo o que vivemos este ano e seguir em frente. Fim de um capítulo algo sombrio», começou por referir o piloto português.
Filipe Albuquerque não quis deixar de felicitar António Félix da Costa pelo título conseguido: «O António esteve muito bem e o título é merecido. Está de parabéns. Felicitações de campeão do mundo para campeão do mundo. Que venham mais para Portugal», disse Filipe Albuquerque, que conseguiu este mesmo título em 2020.
Já Henrique Chaves (Aston Martin), ajudou os seus dois companheiros de equipa, o dinamarquês Marco Sorensen e o norte-americano Ben Keating, a conquistarem o título na categoria GTE Am, ao terminar na quarta posição.
«Conseguimos levar o carro até ao fim e conquistar o título para o Ben e para o Marco, que era o objetivo principal. Foi uma grande honra poder terminar a corrida e dar os primeiros títulos mundiais à TF Sport. Foi uma grande temporada, foi pena não ter participado na primeira prova, mas ainda assim consegui terminar em terceiro no campeonato. É um orgulho enorme fazer parte desta conquista e quero agradecer à equipa e a todas as pessoas que me apoiaram. Foi um ano fantástico», concluiu o português.