RALIS

Rui Madeira: “Adiada a vitória que perseguimos”

Um problema no diferencial traseiro que afetou o Mitsubishi Lancer Evo III, logo no arranque do 8.º Rally Legends Luso Bussaco, arruinou as ambições de Rui Madeira e Paula Madeira quanto a estarem na luta pela vitória.

carlos.sousa@autolook.pt

Ainda não tinha começado a primeira especial da oitava edição do Rally Legends Luso Bussaco e já Rui Madeira e Paula Madeira estavam fora da refrega. O diferencial traseiro do Mitsubishi Lancer Evo III cedeu ainda na ligação para a passagem noturna pelos 2,65 km de Mortágua, forçando a dupla a abandonar.

Felizmente, a equipa técnica resolveu o problema durante a noite e Rui e Paula Madeira apresentaram-se à partida da jornada de sábado, entrando logo ao ataque e vencendo as duas primeiras especiais.

Só que, o carro nipónico voltou a ver o mesmo componente mecânico ceder na  classificativa seguinte, forçando Rui Madeira a levantar o pé, logrando concluir a especial, mas para voltar a abandonar, seguindo imediatamente para a assistência, sem poder fazer a última classificativa de dia.

Num esforço hercúleo, a equipa voltou a meter “mãos à obra”, conseguindo resolver o problema e permitindo que a dupla alinhasse na derradeira etapa dominical. Rui e Paula Madeira andaram muito bem, registando tempos entre os três primeiros, deixando assim uma imagem forte da sua competitividade e proporcionando um grande espetáculo ao muito público presente.

«Infelizmente, não conseguimos atingir o objetivo de vencer este rali. É uma prova fantástica, que alia o convívio entre equipas público e as lendárias máquinas e queríamos muito ganhar. Não começou da melhor forma, com o problema no diferencial traseiro que nos obrigou a mudar o mesmo», sustentou o piloto de Almada.

«Voltámos no sábado com o objetivo de andar depressa e vencer classificativas e era o estava a suceder, mas, no arranque para a 4.ª PEC, voltou o problema no diferencial e tivemos de rumar de imediato à assistência. Regressamos no último dia, na máxima força e, com o Lancer a 100% e andamos entre os mais rápidos à geral, vencendo as especiais na nossa categoria», acrescentou o experiente piloto.

«Saímos do Luso um pouco frustrados, porque ficou adiada a vitória que tanto perseguimos. Quero agradecer à minha mulher e navegadora. A Paula foi, como sempre, de uma dedicação extrema. Agradeço ainda à equipa e aos patrocinadores que acreditam sempre nas nossas capacidades», reconhece Rui Madeira.

Para Paula Madeira, a prova transformou-se «num desafio difícil, com muitas adversidades». «O dia de sábado foi quase todo feito sem intercomunicadores, o que nos obrigou, mais que nunca, a focar e a trabalhar em equipa. As notas foram ditas num tom mais elevado e com gestos, acabando por funcionar muito bem».

«Mesmo tendo eu e o Rui percebido precocemente que a vitória no rali tinha deixado de estar ao nosso alcance, continuámos a dar o máximo, fazendo bem o que mais gostamos. Agradeço, mais uma vez, à equipa, aos amigos e à nossa família por todo o apoio que nos deram. E, para o ano, a taça é nossa», deixou bem patenteado Paula Madeira que a dupla Construtiv vai voltar em 2025.

Sem tempo para descanso, Rui Madeira volta já a sua atenção para um desafio totalmente diferente. Nos dias 1 e 2 de novembro, o “mundialista” estará novamente presente no Eco Rally De Lisboa, prova integrante do campeonato de Portugal Novas Energias PRIO.

«Hora de mudar por completo o chip!… Volto a merecer a confiança da Ford para representar a marca neste campeonato emergente e logo num rali que me diz muito. Vou estrear o novo Ford Explorer elétrico e tudo farei para estar na luta pelos lugares cimeiros», concluiu Rui Madeira.

 

Partilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *