A dureza continua no Rally do Quénia
Afastado do calendário do Campeonato do Mundo desde 2002, o “Safari” regressou em 2021, deixando de lado as características que o tinham tornado único para passar a decorrer de acordo com as regras actuais.
PEDRO RORIZ (auto.look2010@gmail.com)
No passado, sem provas de classificação, o “Safari” decorria em estrada aberta, com o risco de colisão com animais, com médias impossíveis de cumprir, sendo considerada a prova mais dura do campeonato, o que levava as marcas envolvidas a construírem carros com especificações adaptadas às suas especificidades.
Hoje, a prova decorre em provas de classificação, com todas as condições de segurança, embora a dureza do traçado se mantenha inalterável.
O francês Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1) e o finlandês Kalle Rovampera (Toyota GR Yaris Rally1) venceram as duas últimas edições da prova e são candidatos a novo triunfo, embora o finlandês possa ver as suas aspirações condicionadas pelo facto de abrir a estrada no primeiro dia, ao contrário do francês que será o quinto a entrar em acção.
O estónio Ott Tanak (Ford Puma Rally1) e o belga Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1), os únicos que conseguiram impedir a marca nipónica de vencer as seis provas efectuadas, são candidatos à vitória.
A surpresa pode vir do espanhol Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally1), que, no primeiro dia, será o sétimo na estrada, o que lhe permitirá aproveitar o facto do piso estar mais limpo.
As ausências do francês Yoann Rossel e do inglês Gus Greensmith permitem ao sueco Oliver Solberg (Skoda Fabia Rally2 Evo) sair do Quénia no comando do campeonato dos RC2.
O polaco Kajetan Kajetanowicz (Skoda Fabia Rally2 Evo) deve ser o seu mais directo adversário na luta pela vitória, embora não sejam de descartar as possibilidades dos quenianos Karan Patel (Ford Fiesta R5) e Carl Tundo (Skoda Fabia R5), que “jogam em casa”.
O “Safari” arranca, esta quinta-feira, com uma Super Especial (4,84 km), para prosseguir nos três dias seguintes com uma dupla passagem por três provas de classificação.
Loldia (19,17 km), Geothermal (13,12 km) e Kedong (30,62 km), na sexta-feira, Soysambu (29,32 km), Elmenteita (15,08 km) e Sleeping Warrior (31,04 km), a mais extensa, no sábado e Malewa (8,33 km), Oserian (18,33 km) e Hell’s Gate (10,53 km) no domingo
CLASSIFICAÇÕES DOS “MUNDIAIS”
WRC
PILOTOS – 1.º, Kalle Rovampera, 118 pontos; 2.º, Thierry Neuville, 93; 3.º, Ott Tanak, 85; 4.º, Elfyn Evans, 83; 5.º Sébastien Ogier, 70; 6.º, Esapekka Lappi, 67; 7.º, Dani Sordo, 36; 8.º, Takamoto Katsuta, 23; 9.º, Craig Breen, 19; 10.º, Gus Greensmith, 16. Estão classificados mais 11 pilotos
NAVEGADORES – 1.º, Jonne Halttunen, 118 pontos; 2.º, Martijn Wydaeghe, 93; 3.º, Martin Järveoja, 85; 4.º, Scott Martin, 83; 5.º Vincent Landais, 70; 6.º, Janne Ferm, 67; 7.º, Candido Carrera, 36; 8.º, Aaron Johnston, 23; 9.º, James Fulton, 19; 10.º, Torstein Eriksen, 16. Estão classificados mais 11 navegadores
EQUIPAS – 1.º Toyota Gazoo Racing World Rally Team, 235 pontos; 2.º, Hyundai Shell Mobis World Rally Team, 212; 3.º, M-Sport World Rally Team, 148
WRC2
PILOTOS – 1.º Yohan Rossel, 77 pontos; 2.º, Oliver Solberg, 64; 3.º, Gus Greensmith, 62; 4.º, Emil Lindholm, 44; 5.º, Andreas Mikkelsen, 42; 6.º, Nikolay Gryazin, 40; 7.º, Teemu Suninen, 36; 8.º, Adrien Fourmaux, 35; 9.º, Kajetan Kajetanowicz, 27; 10.º, Sami Pajari, 25. Estão classificados mais 23 pilotos
NAVEGADORES – 1.º Arnaud Dunand, 77 pontos; 2.º, Elliott Edmondson, 64; 3.º, Jonas Andersson, 62; 4.º, Torstein Eriksen, 61; 5.º, Reeta Hamalainen 44; 6.º, Konstantin Aleksandrov, 38; 7.º, Mikko Markkula, 36; 8.º, Alexander Coria, 35; 9.º, Maciej Szczepamiak 27; 10.º, Enni Mälkönen, 20. Estão classificados mais 21 navegadores
EQUIPAS – 1.º, M-Sport World Rally Team, 91 pontos; 2.º Toksport World Rally Team, 80; 3.º, Hyundai Motorsport N; 73; 4.º, Toksport World Rally Team 3, 68; 5.º, Toksport World Rally Team 2, 65; 6.º, Motorsport Ireland Rally Academy, 58.
