Ano novo, combustíveis ainda mais caros…
O ano novo não muda a vida de ninguém. Já lá vai o tempo em que era pronunciado “ano novo vida nova”. E não é preciso esperar muito para contrariar esse desígnio. Logo após as badaladas da meia-noite de 31 de dezembro para 1 de janeiro, os combustíveis voltam a aumentar…
CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
Não há ninguém que não goste o começo de cada ano. As festas de “Reveillon”, os planos, as promessas e a esperança de que o novo ano vai ser ainda melhor que o anterior. Naturalmente que a passagem de ano é, sem margem para dúvida, um excelente incentivo para começarmos de novo e fazer tudo diferente.
É a tal energia que se é entendida como necessária para alimentar a sensação de renovação. Puro engano. Essa energia dissolver-se-á num ápice porque, para a próxima semana é apontada a previsão de subida dos preços dos combustíveis, de 4,5 a 6 cêntimos por litro na gasolina simples e de um a dois cêntimos no caso do gasóleo.
Apesar disso, o desconto no Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) mantém-se – 3,9 cêntimos por litro no gasóleo e 2,4 cêntimos por litro na gasolina. O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, também afasta a ideia de uma redução súbita da isenção do pagamento da taxa de carbono, tendo afirmado que o Governo «está a trabalhar para uma solução gradual e de progressiva redução da isenção».
No início de dezembro, o ministério das Finanças, ao considerar todas as medidas em vigor, adiantou que a diminuição da carga fiscal é de «27,3 cêntimos por litro no gasóleo e de 24,7 cêntimos por litro na gasolina».
De acordo com os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) observa-se que existiu uma ligeira tendência de descida no preço médio do gasóleo durante esta semana, enquanto na gasolina se assistiu a cenário contrário, com o valor médio a atingir uma subida de seis a sete cêntimos/litro.
Ano novo “vícios” antigos. É mais que evidente que as estatísticas revelam que cerca de 95% das pessoas que fizeram uma promessa ou resolução de fim de ano desistem até ao dia 15 de janeiro. Apenas duas semanas depois do ano novo, qual é exatamente igual ao ano que findou.
