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Armando Monteiro vence Rali Fim-de-Ano

Piloto navegado por Duarte Rocha conduziu o VW Karmann Ghia ao triunfo, com as duplas formadas por Rui Correia e João Azeiteiro (MINI 1300) e António Morais e Miguel Barbosa (Datsun 1200), a ocupar as posições seguintes do pódio. Leonor Espinhal a mehor entre as senhoras.

Texto: CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt) – Fotos: NUNO SILVA

Armando Monteiro e Duarte Rocha venceram ao volante do VWKarmann Ghia com o número 15 nas portas

Com o mar flat do Atlântico a servir de pano de fundo, pilotos e máquinas que evoluíram na 13.ª edição do Rali Fim-de-Ano foram irrepreensíveis no “triângulo” Centro Náutico de Montemor, Largo da Feira de Maiorca e Parque das Gaivotas na Figueira da Foz, com um “oceano” de gente a emoldurar o quadro pintado de fortes emoções. A prova, conduzida pelo Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz (CAAFF), em estreita parceria com o Núcleo de Desportos Motorizados de Leiria (NDML), ficou amplamente marcada pelo entusiasmo dos participantes e público em geral. Tudo começou na Praça Forte de Santa Catarina quando, pilotos e co-pilotos, partiram com o declarado desejo de deixar para trás o ano de 2018 com um triunfo no Parque das Gaivotas.

Estão enganados todos aqueles que, para lograr o triunfo, pilotos e máquinas teriam somente de atravessar a estrada e fazerem apenas centena e meia de metros. O impulso era, naturalmente, outro, uma vez que no itinerário estava desenhada a incursão por Montemor-o-Velho e Maiorca. Em ambos os casos, estavam “guardadas” belas “guloseima”: provas de Regularidade no Centro Náutico e Largo da Feira, respectivamente, incluído um percurso total de 126 km, atravessando várias freguesias do concelho da Figueira da Foz.

Leonor Espinhal

LEONOR ESPINHAL DEIXOU PARA TRÁS 29 EQUIPAS

Depois de muitas “aventuras e peripécias”, que despertou o interesse contagiante das equipas participantes e do público em geral, que se apresentou em grande número no Parque das Gaivotas, Armando Monteiro, navegado por Duarte Rocha, conduziu com arte e mestria o VW Karmann Ghia ao triunfo, com 19 pontos, relegando para a segunda posição a dupla formada por Rui Correia e João Azeiteiro que, aos comandos de um MINI 1300, somou mais 13 pontos.

Quem porfia sempre alcança e, após uma luta titânica com os seis mais directos opositores, António Morais e Miguel Barbosa, num Datsun 1200, cotaram-se os terceiros mais regulares que lhes permitiu ocupar o lugar mais baixo do pódio, com 48 pontos. Menos cinco que Tiago Bogas e Marco Amaral, em Toyota Corolla 1300 GT.

Implacável esteve Leonor Espinhal. A jovem piloto, que repartiu o Fiat Uno 1100 com Mariana Stoffel, suou as estopinhas para concluir a prova a fechar o “top five”, com 71 pontos, o que traduz na perfeição o “exame” soberbo com que definiu a estratégia para observar, pelo retrovisor do carro da marca italiana, nada mais, nada menos, que 29 equipas. No final, Leonor Espinhal e Mariana Stoffel alcançaram, além do 5.º lugar à geral, o primeiro lugar na categoria H, o primeiro lugar na classe 7 e o lugar mais alto do pódio entre as senhoras. Inexorável.

Rui Correia e João Azeiteiro conduziram o MINI 1300 ao segundo lugar da geral

PEDRO SERRADOR DE SUSTER A RESPIRAÇÃO

Refira-se, por outro lado, que o Parque das Gaivotas, local preferencial e central para acolher a Prova Complementar, foi objecto de um conjunto de pilotos, apetrechados com viaturas específicas de drift, mostrarem as suas habilidades para gáudio do público que anão arredou pé do local até ao final. Uns mais atrevidos que outros, a técnica, no entanto, era praticamente a mesma, ou seja, manusear a direcção das viaturas com perícia, consistindo deslizar nas curvas e fazer “escapar” a traseira. A magia, que por vezes se “escondia” no repentino “nevoeiro” provocando pelo desgaste dos pneumáticos, ganhava uma nova poção de excelência quando os pilotos giravam o volante para que as rodas dianteiras estivessem sempre na direcção oposta às curvas. Se no caso as viaturas virassem para a direita, obviamente que as rodas têm de estar para a esquerda, e vice-versa.

Esta era a operação com “selo de validade” para controlar os níveis de derrapagem, fazendo com que a viatura andasse, literalmente, de lado, para contentamento generalizado do público.

Pedro Serrador e Vítor Roque em Toyota Starlet

O leiriense Pedro Serrador produziu um universo de incursões pelo Parque das Gaivotas com o seu sublime Toyota Starlet, levando consigo um variado conjunto de amigos e convidados, entre os quais Vítor Roque. Trata-se de um conimbricense de gema que, em boa companhia, “mergulhou” nas ondas da adrenalina, entre piões e deslizes da viatura, passando pela união da velocidade com o ângulo do drift em simultâneo e de suster a respiração.

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