RALICROSS

Duarte Camelo: “Gostava muito de fazer ralis”

Jovem piloto nortenho está de “pedra e cal” no ralicross e velocidade, disciplinas que, legitimamente, aposta na evolução no capítulo desportivo, não esconde que tem os ralis na mira…

carlos.sousa@autolook.pt

Tem apenas 17 anos, é natural de Lousada e reside em Paços de Ferreira. De seu nome Duarte Camelo e é já uma das boas promessas do automobilismo português.

Em 2023 enfrentou com sucesso um duplo desafio: no ralicross e aos comandos de um Peugeot 106 foi vice-campeão no Nacional 2RM, triunfando na Divisão 1 e ainda teve tempo para experimentar um Renault Twingo S1600 na Taça de Portugal. Na velocidade, integrou o FPAK Júnior Team que venceu e levou o seu Ginetta ao pódio na Categoria TC.

No início da temporada, o que esperava de 2023?

«Inicialmente, a época ficou pautada por muita incerteza. Sabia que uma subida de divisão, ainda por cima para uma divisão extremamente competitiva como é a nacional 2RN aumentaria o grau de exigência e que nada estaria garantido. Entrei no campeonato sem expectativas, apenas com vontade de me superar e fazer melhor que no ano anterior. Com o tempo percebi que se me superasse era um forte candidato ao título e tentei fazer com que isso acontecesse».

Qual foi o maior desafio?

«O maior desafio da temporada, na verdade, foram dois. Inicialmente, correr contra pilotos tão experientes numa categoria muito competitiva foi sem dúvida um desafio. Na temporada em si, o maior desafio foi em Sever de Vouga 2 em que tivemos em risco de “morrer na praia” e perder o título na nossa Divisão por uma avaria. Nessa prova, em especial, agradeço à minha equipa por terem sido incansáveis e mostrarem a importância de ter uma equipa de mecânicos excecional».

Qual foi o melhor momento

e o momento mais despontante?

«O melhor momento da época divide-se entre a conquista do campeonato que foi o culminar de uma época intensa e a vitória em Lousada que suscitou em mim um misto enorme de emoções por ser uma pista que me diz muito a nível pessoal e familiar. O momento mais desapontante foi a corrida de Mação, dado que a nível individual estive bastante abaixo do meu costume, tendo resultado numa classificação nada positiva numa pista que não é de todo das minhas favoritas».

Que balanço faz da época?

«A época transata foi bastante positiva. Não foi perfeita, mas assim teve muito mais entusiasmo à mistura. Consegui crescer muito enquanto piloto, até porque aprendi a lidar com a frustração e a dar o melhor de mim ao longo da temporada, mas também acreditar na minha equipa e depositar confiança no trabalho deles. As vitórias no Campeonato de Portugal de Ralicross e no Troféu FPAK Júnior Team fecharam a época em grande».

Já tem os seus planos definidos para 2024?

«O meu foco principal passa pelos estudos e pelo sucesso escolar, bem como uma época de aprendizagem para que possa voltar com tudo seja em que modalidade do desporto automóvel for. Ralicross é a minha paixão, mas existe um outro leque de possibilidades que me atraem imenso e que quero experimentar ralis, mas também prosseguir na velocidade nacional e internacionalmente».

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