Kalle Rovanpera regressa ao WRC na Suécia
Piloto nórdico, campeão em 2022 e 2023, volta ao WRC e faz primeira corrida de calendário parcial em 2024 na prova sueca com expetativas muito boas ao volante de um Toyota GR Yaris Rally1.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
Ausente no Rali de Monte Carlo, por ter optado por limitar a sua presença apenas a algumas das provas da temporada, o finlandês Kalle Rovanpera (Toyota GR Yaris Rally1) está de volta à estrada. O jovem piloto nórdico rende o francês Sebastien Ogier, segundo na prova monegasca, e parte como favorito ao trinfo na prova sueca, que venceu em 2022, sendo quarto o ano passado.
A exemplo do que sucedeu na prova monegasca, o inglês Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1) vai ter de gerir o seu desempenho para arrecadar o maior número de pontos possíveis, uma vez que a vitória parece pouco provável, já que é a aposta da marca nipónica para suceder a Kalle Rovanpera na lista de campeões.
Moralizado pelo triunfo na prova de abertura, onde arrecadou todos os pontos em disputa, Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) chega à Suécia com a moral em alta e desejoso de manter o comando do campeonato.
O piloto belga tem no finlandês e no estónio Ott Tanak (Hyundai i20 N Rally1), seu companheiro de equipa e vencedor o ano passado da prova, ao volante de um Ford Puma Rally1, os seus mais diretos adversários.
A surpresa poderá vir de outro finlandês Esapekka Lappi (Hyundai i20 N Rally1), tal como o seu compatriota, ausente em Monte Carlo, que, sem nada a perder, pode ser importante na estratégia da equipa sul-coreana.
A Hyundai Motorsport dispõe de três homens com hipóteses de chegar ao triunfo, contra um da Toyota, já que o inglês terá de fazer um rali de contenção num piso onde não está à vontade.
Fora da discussão estarão os homens da M-Sport Ford, o francês Adrien Fourmaux e o luxemburguês Grégoire Munster, ambos em Ford Puma Rally1, que não dispõem de carro para competir com os seus adversários e que procurarão aproveitar os “estragos” da luta Toyota x Hyundai para subirem na tabela e contabilizarem mais alguns pontos.
NIKOLAY GRAYZIN PISCA
O OLHO À LIDERANÇA NOS RC2
No que diz respeito aos RC2, o russo, com licença búlgara, Nikolay Grayzin (Citroën C3 Rally2), tem tudo a seu favor para sair da Suécia no comando do respetivo campeonato, já que é um dos dois, o outro é o espanhol Jan Solans (Toyota GR Yaris Rally2), que pontuaram em Monte Carlo que estão presentes na prova sueca.
Na luta pela vitória no Agrupamento estarão o sueco Oliver Solberg (Skoda Fabia RS Rally2) e os finlandeses Sami Pajari (Toyota GR Yaris Rally2), Emil Lindholm (Hyundai i20 N Rally2) e Lauri Joona (Skoda Fabia RS Rally2), com Sami Pajari a esperar que a marca nipónica tenha aproveitado o intervalo entre as duas provas para melhorar o desempenho do Yaris que, em Monte Carlo, ficou longe daquilo que era esperado.
O português Hugo Magalhães vai estar presente na prova sueca, ocupando o banco do lado direito do Skoda Fabia RS Rally2 do saudita Rakan Al-Rashed, como tantas vezes tem sucedido
A prova sueca volta a estar centrada em Umeä, com o objetivo de fazer com que os pilotos encontrem neve nas especiais, algo que não aconteceu nas últimas edições que tiveram por base Karlstad.
A competição começa quinta-feira, com uma super-especial, na cidade que é o centro nevrálgico da prova para, no dia seguinte, os concorrentes passarem duas vezes por três especiais de classificação, uma delas com 28,25 km, a mais extensa da prova, com o dia a finalizar com a segunda passagem pela super-especial de abertura.
No sábado, a situação repete-se com uma dupla passagem por três classificativas, com o dia a terminar com um especial desenhada nos arredores de Umeä. Finalmente, duas provas de classificação, uma com 25.50 km, feita por duas vezes, que pode provocar mudanças na classificação, e a “power stage”.
CLASSIFICAÇÕES DOS CAMPEONATOS
ABSOLUTO
PILOTOS – 1.º Thierry Neuville, 30 pontos; 2.º, Sébastien Ogier, 24; 3.º, Elfyn Evans, 21; 4.º, Ott Tanak, 15; 5.º, Adrien Fourmaux, 11; 6.º, Takamoto Katsuta, 9; 7.º, Andreas Mikkelsen, 6; 8.º, Nikolay Gryazin, 3; 9.º, “Pepe” Lopez, 2; 10.º, Yohan Rossel, 1; 11.º, Grégoire Munster, 1.
NAVEGADORES – 1.º, Martijn Windaeghe, 30 pontos; 2.º, Vincent Landais 24; 3.º, Scott Martin, 21; 4.º, Martin Jarveoja, 15; 5.º, Alexandre Coria, 11; 6.º, Aaron Johnston, 9; 7.º, Torstein Eriksen, 6; 8.º, Konstantin Aleksandrov, 3; 9.º, David Vazquez, 2; 10.º, Arnaud Dunand 1; 11.º, Louis Louka, 1.
MARCAS – 1.º, Toyota Gazoo Racing World Rally Team, 46 pontos; 2.º, Hyundai Shell Mobis World Rally Team, 45; 3.º, M-Sport Ford World Rally Team, 19.
RC2
PILOTOS – 1.º, Yohan Rossel, 25 pontos; 2.º, “Pepe” Lopez, 18; 3.º, Nikolay Gryazin, 15; 4.º, Nicola Ciamin, 12; 5.º, Stephane Lefebvre, 10; 6.º, Jan Solans, 8; 7.º, Olivier Burri, 6; 8.º, Mauro Miele, 4; 9.º, Eamonn Boland, 2; 10.º, Jourdan Serderidis, 1.
NAVEGADORES – 1.º, Arnaud Dunand, 25 pontos; 2.º, David Vazquez, 18; 3.º, Konstantin Aleksandrov, 15; 4.º, Yannick Roche, 12; 5.º, Andy Malfoy, 10; 6.º, Rodrigo Sanjuan, 8; 7.º, Anderson Levratti, 6; 8.º, Luca Beltrame, 4; 9.º, “MJ”, 2; 10.º, Frédéric Miclotte, 1.
EQUIPAS – 1.º, AEC – DG Sport Competition, 43 pontos.