Ricky Brabec conduziu a Honda ao triunfo
Depois de percorridos 7.967 quilómetros, Ricky Brabec, da Monster Energy Honda Team, liderado pelo olhanense Ruben Faria, subiu ao topo da classificação das motos no Dakar pela segunda vez, fazendo história como o único norte-americano a fazê-lo.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
O norte-americano Ricky Brabec (Honda) garantiu o triunfo nas duas rodas, à frente do botsuano Ross Branch (Hero) e do francês Adrien van Beveren (Honda), que completaram o pódio. Após passar grande parte da primeira semana entre os primeiros classificados, o vencedor de 2020 assumiu as rédeas após o cansativo 48 Horas Chrono. Pese embora uma margem de um segundo para o segundo, o botsuano Ross Branch, no final da sétima etapa, o piloto californiano nunca se deixou intimidar e rodou para uma vitória impecável no Dakar, com quase onze minutos de diferença.
Naquela que foi uma exibição calma e controlada ao longo do Dakar por parte do piloto de 32 anos, o norte-americano também conquistou uma vitória em etapas – a décima na sua carreira no Dakar.
O botsuano Ross Branch selou o segundo lugar no Dakar 2024, apenas atrás de Ricky Brabec. O piloto da Hero MotoSports foi nono na 12.ª e última etapa, e, na geral, terminou a 10m53s do norte-americano da Monster Energy Honda Team, liderada pelo português Ruben Faria.
Por seu turno, e na sua nona tentativa do Dakar, Adrien Van Beveren, que tem no conimbricense Pedro “Barbaças” Almeida o seu grande mentor, pessoal e no laboratório mecânico, subiu ao pódio que lhe tem escapado nos últimos anos. O francês obteve uma dura vitória na etapa 48 Horas Chrono. O especialista em areia encontrou o seu ritmo na segunda semana e travou uma imensa batalha com Ross Branch e companheiro de equipa José Ignacio Cornejo pelo pódio. Uma luta titânica até ao fim pelo segundo lugar, mas teve de se contentar com o último lugar no pódio.
Entre os portugueses, António Maio (Yamaha) acabou por ser o melhor, no 18.º lugar, com Joaquim Rodrigues (Hero) e Rui Gonçalves (Sherco), apontados como os mais sérios candidatos a esse lugar a caírem, o primeiro logo no segundo dia de competição e o segundo no penúltimo dia da competição.
CLASSIFICAÇÕES
SETOR SELETIVO – 175 KM
MOTOS – 1.º, Kevin Benavides (KTM), 1.48’40”; 2.º, Toby Price (KTM), a 1’00”; 3.º, Luciano Benavides (Husqvarna), a 1’14”; 4.º, Adrien van Beveren (Honda), a 1’25”; 5.º, Diego Llanos (KTM), a 3’14”; 6.º, Romain Dumontier (Husqvarna), a 3’23”; 7.º, Ricky Brabec (Honda), a 3’31”; 8.º, Mathieu Doveze (KTM), a 3’36”; 9.º, Ross Branch (Hero), a 4’02”; 10.º, Bradley Cox (KTM), a 4’19”; …; 22.º, António Maio (Yamaha), a 12’12”; …; 26.º, Bruno Santos (Husqvarna), a 14’58”; …; 29.º, Mário Patrão (Honda), a 16’29”; …; 85.º, Alexandre Azinhais (KTM), a 59’43”
GERAL
MOTOS – 1.º, Ricky Brabec (Honda), 51.30’08”; 2.º, Ross Branch (Hero), a 10’53”; 3.º, Adrian van Beveren (Honda), a 12’25”; 4.º, Kevin Benavides (KTM), a 38’48”; 5.º, Toby Price (KTM), a 45’28”; 6.º, Jose Ignacio Cornejo (Honda), a 46’38”; 7.º, Luciano Benavides (Husqvarna), a 53’31”; 8.º, Daniel Sanders (GasGas), a 1.14’32”; 9.º, Stefan Svitko (KTM), a 1.56’28”; 10.º, Martin Michek (KTM), a 2.48’49”; …; 18.º, António Maio (Yamaha), a 6.18’25”; …; 28.º, Bruno Santos (Husqvarna), a 9.42’08”; 29.º, Mário Patrão (Honda), a 9.52’47”; …; 63.º, Alexandre Azinhais (KTM), a 26.54’02”.
