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Azores Rallye foi adiado para o próximo ano

Na sequência do incêndio que deflagrou no Hospital de Ponta Delgada, o Grupo Desportivo Comercial justifica que «não é possível garantir o atendimento e apoio conveniente e atempado em caso de acidente multivítima, um fator de risco enorme em provas automobilísticas».

carlos.sousa@autolook.pt – Fotos: JORGE CUNHA / AIFA

O Azores Rallye foi adiado para 2025 por não ser possível assegurar um atendimento «atempado» de bombeiros e profissionais de saúde em caso de acidente devido ao incêndio no Hospital de Ponta Delgada, anunciou esta sexta-feira a organização.

Em comunicado, o Grupo Desportivo Comercial anuncia a «impossibilidade de realizar a edição n.º 58 do Azores Rallye em virtude do parecer desfavorável para a realização da prova proferido pela coordenação da Comissão de Crise do Hospital do Divino Espírito Santo».

Os organizadores da maior prova automobilística dos Açores evocam o «esforço adicional» dos médicos, enfermeiros e dos bombeiros da região na sequência do incêndio no Hospital Divino Espírito Santo (HDES) de Ponta Delgada, ocorrido em 4 de maio.

«Não é possível garantir o atendimento e apoio conveniente e atempado em caso de acidente multivítima, um fator de risco enorme em provas automobilísticas», justificam. O Grupo Desportivo Comercial saúda a «boa vontade e o esforço» do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), mas salienta que a comissão de crise do HDES sugeriu o adiamento do rali para 2025, altura em que a «situação deverá estar normalizada».

«O Grupo Desportivo Comercial, através da sua direção, lamenta a situação, à qual é alheia na sua origem, mas que mantém a postura de pretender fazer parte da solução e não do problema, acatando por isso o parecer recebido e não realizando a prova nas datas originalmente anunciadas», lê-se na nota de imprensa.

O HDES, em Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio no dia 4 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, algumas fora da região. Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.

O executivo dos Açores instalou uma infraestrutura modular provisória enquanto projeta uma requalificação estrutural no HDES.

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