MotoGP

Miguel Oliveira: novas cores e muita ambição

Após extinção da equipa RNF, a Trackhouse com histórico no campeonato NASCAR, assumiu toda a estrutura incluindo os pilotos Miguel Oliveira e o espanhol Raúl Fernandez.

carlos.sousa@autolook.pt

O piloto português Miguel Oliveira (Aprilia) surge com novas cores para a temporada de 2024 do Mundial de MotoGP, depois da extinção da equipa RNF, substituída pela norte-americana Trackhouse, e com acesso a uma moto deste ano.

Os problemas financeiros da anterior equipa do piloto natural de Almada levaram o promotor — Dorna — a revogar a licença da RNF. A Trackhouse, com histórico no desporto automóvel, nomeadamente no campeonato NASCAR, assumiu toda a estrutura, incluindo os pilotos Miguel Oliveira e o espanhol Raúl Fernandez, que têm contrato diretamente com a Aprilia.

A marca italiana disponibiliza, este ano, um modelo atualizado da RS-GP ao piloto português, enquanto o seu companheiro de equipa vai correr com a versão de 2023 da Aprilia. Na parte desportiva, a contratação do italiano Davide Brivio para chefe de equipa eleva o patamar de ambição e de expectativas, pois trata-se do homem que conquistou títulos com Valentino Rossi na Yamaha e com Joan Mir na Suzuki, antes de ter abraçado o projeto da Alpine na Fórmula 1.

A época de 2023 foi das mais azaradas para Miguel Oliveira, que terminou na 16.ª posição depois de falhar quatro das 20 rondas devido a três lesões provocadas por outros pilotos, somando ainda sete desistências.

A primeira aconteceu logo na ronda de abertura, em Portimão, e levou o português a falhar a prova na Argentina. Seguiu-se nova queda e lesão em Jerez de la Frontera (Espanha), que forçou a ausência em França. Já no final da temporada, no Qatar, novo problema físico ditou a ausência do português na última prova, em Valência (Espanha).

O quarto lugar do piloto luso na Grã-Bretanha foi o melhor resultado numa época em que, pela primeira vez desde 2019, não somou qualquer vitória na categoria “rainha”. Aos 29 anos, Miguel Oliveira procura uma temporada sem lesões de forma a explorar o potencial da Aprilia, que se tem mostrado na pré-temporada como a segunda marca mais forte, apenas atrás da dominadora Ducati.

Esta será a sexta temporada do piloto de Almada na categoria “rainha” do Mundial de velocidade em motociclismo, que arranca este fim de semana, no Qatar, com a primeira de 21 rondas previstas. Segue-se o GP de Portugal, de 22 a 24 de março. A época termina a 17 de novembro, em Valência (Espanha).

Partilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *