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SEAT resplandece com 300 LEDS atrás dos faróis

No túnel óptico desenvolvem-se e aprovam-se os sistemas de iluminação dos veículos para garantir conforto e segurança ao volante. Veículo é carregado até 350 quilos para garantir que o ângulo do feixe de luz não se altera com o carro carregado ou vazio.

(auto.look2010@gmail.com)

Essenciais para a segurança e decisivos no design de cada modelo. Os faróis de um automóvel são como os nossos olhos. Atrás do olhar de cada veículo há mais de três anos de desenvolvimento e de trabalho da equipa de engenheiros e de desenhadores. No túnel óptico do Centro Técnico da SEAT, estes especialistas levam a cabo todas as provas e validações de faróis e de farolins de forma a garantirem uma luz confortável e segura ao volante.

«Estamos em constante contacto com o departamento de design durante o desenvolvimento do projecto. Traduzimos em números as ideias estéticas», explica Carlos Elvira, responsável pela Iluminação e Sinalização na SEAT. No caso do SEAT Tarraco, «procurámos transmitir um foco de luz inteligente integrado num SUV robusto», acrescenta Tony Gallardo, responsável pelo design de Componentes Exteriores.

Carlos Elvira e Tony Gallardo

A equipa de Iluminação e Sinalização produz as novas geometrias dos dispositivos de iluminação e sinalização em 3D. Com estas simulações, até 300 por modelo, assegura-se a viabilidade dos desenhos. Uma vez aprovada a fase virtual, é feita uma maqueta que é utilizada nos primeiros testes. Carlos Elvira esclarece que «nestes testes iniciais comprova-se que a luz está bem distribuída, homogénea e tem a intensidade adequada».

VISIBILIDADE EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA

O Centro Técnico da SEAT conta com um túnel óptico com 40 metros de asfalto o que permite reproduzir as condições reais de condução nocturna. Ao volante de um Tarraco, Carlos Elvira experimenta as diferentes luzes do automóvel e verifica a sua intensidade com um fotómetro. Desta forma, confirma-se que as linhas de corte da luz dos faróis «são horizontais e não tem que desenhar uma linha perfeitamente recta nem recortada para não causar a fadiga ocular do condutor», destaca o perito.

O ângulo da luz varia com o automóvel carregado?: A resposta é não. Para que isto aconteça, são realizados «diversos testes com pesos, como carregar até 350kg na bagageira ou acomodar cinco pessoas» com o objectivo de garantir que o ângulo de luz é o correcto, independentemente da carga colocada no veículo. Também se garante que, nestes casos, «os condutores que circulam em sentido contrário não ficam encadeados», acrescenta Carlos Elvira.

DO FRIO ÁRCTICO AO CALOR DO DESERTO

Os diferentes componentes chegam a passar dez dias às temperaturas extremas entre -40°C e 90°C. Isto é conseguido na câmara climática onde se recriam diferentes condições de calor, humidade e frio. A finalidade é a de garantir que as luzes e as suas funções respondam correctamente, quer o veículo circule por terras gélidas da Suécia ou sob o sol do México.

Por isso, antes de lançar um automóvel no mercado, os protótipos percorrem mais de 30.000 quilómetros em lugares remotos do planeta e as respectivas peças ficam sujeitas durante dois anos a desertos para verificar a sua funcionalidade em qualquer circunstância climática.

10.000 horas de durabilidade é a média de horas de vida útil dos 300 emissores de luz LED do SEAT Tarraco. Além disso, reduzem para metade o consumo em comparação com o halogéneo. Para o especialista, «os sistemas de iluminação têm evoluído muitíssimo em termos de conforto e segurança». Esta tecnologia, que emite uma luz muito mais fria e clara, semelhante à luz do dia num dia de sol, abre um leque de possibilidades muito mais amplo. Os LED permitiram «recriar por completo o desenho dos dispositivos emissores de luz», conclui.

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