Neuville inicia defesa do título em Monte Carlo
O Rallye Monte-Carlo começa oficialmente na quinta-feira, precisamente no mesmo local das festividades deste domingo à noite, quando todos os participantes cruzarem a linha de partida cerimonial antes de seguirem aos Alpes Franceses para três etapas lotadas de público no escuro, antes de, finalmente retornarem a Monte Carlo na tarde de domingo, onde o vencedor será coroado.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
Como sucede habitualmente e foi raro quando isso não aconteceu, o Rallye Monte-Carlo abre o Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), com o belga Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) a iniciar a defesa do título e a fazer regressar o número 1, depois de, nos últimos dois anos, o finlandês Kalle Rovanpera ter mantido o número 69, com que conquistou o ceptro em 2022.
A Hyundai, que, nos últimos quatro anos, viu a Toyota conquistar o campeonato de Construtores, conserva o título e o estónio Ott Tanak (Hyundai i20 N Rally1) passa a contar com o francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20 N Rally1), proveniente da M-Sport Ford.
A Toyota, que terá perdido, o ano passado, o título de Pilotos, por só dispor de dois pilotos, o inglês Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1) e o japonês Takamoto Katsuta (Toyota GR Yaris Rally1), a tempo inteiro optou por mudar de estratégia e faz regressar Kalle Rovanpera (Toyota GR Yaris Rally1), que vai alinhar em todas as provas.
Para além disso, conta, ainda, com o francês Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1), que permanece na equipa, e com o finlandês Sami Pajari (Toyota GR Yaris Rally1), campeão dos RC2, que, o ano passado, na Finlândia, no Chile e no Centro da Europa, já tinha guiado um Rally1.
A Ford, que viu Adrien Fourmaux rumar à Hyundai, depois de ter sido o que mais pontos contabilizou para o campeonato de Construtores, conserva o luxemburguês Grégoire Munster (Ford Puma Rally1) e contratou o irlandês Joshua McErlean (Ford Puma Rally1) a fazer a estreia na categoria mais competitiva das provas de estrada.
Entre os RC2, a ausência do campeão, o sueco Oliver Solberg (Toyota GR Yaris Rally2), o russo, com licença búlgara, Nikolay Gryazin (Skoda Fabia RS Rally2), o Yohan Rossel (Citroën C3 Rally2) e o inglês Gus Greensmith (Skoda Fabia RS Rally2) perfilam-se como os mais sérios candidatos à sucessão de Sami Pajari na lista de campeões da categoria.
A prova monegasca arranca, na quinta-feira, na Praça do Casino, em Monte Carlo, com os concorrentes a terem de cumprir uma longa ligação (168,83 km) até à primeira das três classificativas que antecedem a chegada a Gap, todas elas corridas já de noite.
Na sexta-feira e no sábado, com partida e chegada a Gap, o programa determina uma dupla passagem, por três especiais, para, no domingo, a caravana rumar a Monte Carlo percorrendo três provas de classificação, duas delas repetição das efetuadas na quinta-feira, com a competição terminar com uma nova versão do Turini.
NOVO SISTEMA DE PONTUAÇÃO
A FIA decidiu alterar, de novo, o sistema de pontuação e este ano os primeiros 10 classificados arrecadarão 25 – 17 – 15 – 12 – 10 – 8 – 6 – 4 – 2 – 1, não havendo pontos ao sábado, como sucedeu este ano. A “Power Stage” permitirá aos cinco primeiros arrecadar 5 – 4 – 3 – 2 – 1, como vem sucedendo há algum tempo, pontuação que também será atribuída aos cinco primeiros no conjunto das provas de classificação de domingo.
Novidade o facto de cada construtor inscrito, no caso Toyota, Hyundai e Ford, ter de disponibilizar um dos seus pilotos P1 para efetuar uma terceira passagem pelo “shakedown” levando no banco do lado direito um passageiro decidido pelo Promotor.
Para além do Parque de Assistência passa a haver Zonas de Assistência Remota (RSZ), com a duração de 20 minutos, durante a qual só os dois membros da equipa, com o auxílio de mais três elementos, podem mexer no carro, para além de passar a ser permitida, em qualquer momento, a ajuda entre elementos da mesma equipa, ao contrário do que sucedia até agora, quando só os dois elementos a bordo podiam mexer no carro.