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KGM Korando 1.5 GDI M6: presença renovada

A designação Korando já circula há algumas décadas (1983). Em 2011 e com a 3.ª geração, o Korando deixou de ser um jipe para se tornar num “SUV”, enquanto no presente e através das mais recentes tecnologias, a 4.ª geração, inclui a digitalização, a assistência à condução, e uma nova marca que nasceu do capital da KG Global em 2022.

FAUSTO MONTEIRO GRILO

Costuma dizer-se que as primeiras impressões são as que perduram. Por isso mesmo, e quando visto do exterior, o Korando é um automóvel que está na moda. A silhueta “SUV”, os grupos ópticos, as jantes de 18” com pneus 235/55 e mais alguns detalhes, fazem deste classe 1 um automóvel actualizado.

O interior denota algumas tendências estéticas dos orientais, tanto na linguagem de “design” como na diversidade dos sons e visualizações, que vão ao encontro das mais recentes exigências europeias, em matéria de assistência à condução e segurança activa.

Sem chegar aos quatro metros e meio de comprimento total (4.450 mm) o Korando também não chega à cota de dois metros na largura (1.870 mm) mesmo considerando os espelhos retrovisores. Na altura e incluíndo as barras de tejadilho, esta cota em pouco passa o metro e meio (1.629 mm).

Um dos pontos a destacar tem a ver com volumetria da bagageira (551 litros) e a possibilidade de modular este valor até aos 1.248 litros, mediante rebatimento assimétrico (60-40) dos assentos traseiros. Nestes, são generosas as cotas de espaço para a cabeça e pernas. Nos números mais importantes, o pvp começa nos 28.900 euros, num automóvel que em Setembro de 2019 conquistou cinco estrelas Euro NCAP.

Como é evidente e volvidos cinco anos, os parâmetros dos testes de embate (Euro NCAP) mudaram de forma significativa. No entanto, os dados de 2019 dizem respeito a uma estrutura semelhante, entretanto melhorada, em especial nos elementos relativos à assistência à condução e segurança passiva.

Por outras palavras, o Korando tem agora sistemas como a travagem activa, o aviso de saída da faixa de rodagem, alerta de aproximação ao veículo da frente, entre outros. Como mencionado, alguns destes sistemas estão ligados a alarmes sonoros, passíveis de serem desligados, mas automaticamente activos de cada vez que se roda a chave de ignição. Uma característica que se encontra nos automóveis novos, comercializados no velho continente.

Com bons acessos ao interior, tanto aos lugares dianteiros como traseiros, o Korando concede boas cotas de habitabilidade. Para quem se sentar aos comandos, existem vários ajustes no banco, coluna de direcção e volante, que permitem encontrar uma boa posição de condução e bons ângulos de visibilidade, tanto para a frente como laterais.

Para a traseira, a visualização das manobras de marcha-atrás, é efectuada através do visor central de 9” que também serve para a navegação, áudio, entre outros menus e sub-menus com o apoio do “android auto” ou “apple car play”. Como acontece com outros modelos, o Korando exige algumas horas para configurar os sistemas, tirando partido da personalização.

Para movimentar os quase 1.500 kg de tara, a proposta passa por um quatro cilindros 1.5 turbo a gasolina, de 149 ou 163 cv/5000~5.500 rpm, transmitidos às rodas dianteiras através de seis relações manuais, ou automatizadas, com estas últimas a permitir três modos de condução (normal, desportiva, inverno). O painel de instrumentos digital, tem por base um visor de 10,25” que permite diversas configurações e informações sobre a utilização do automóvel.

Em termos dinâmicos, este automóvel equipado com jante 18” concede um bom conforto de rolamento, permitindo melhores acelerações do que reprises.Com um bom manuseamento no selector, a transmissão manual deixou a impressão de estar mais orientada para a utilização estradista do que citadina. Por outras palavras, as relações ‘longas’ tendem a atenuar as reprises, mas a melhorar os consumos de combustível, enquanto a presença do turbo, permite ganhar vivacidade acima das 1.500 rpm.

Num breve contacto ao volante e num percurso misto (AE+EN+Urbano) foi registado o consumo de 7,9 litros/100 km à média de 42,7 km/h, num automóvel cujo comportamento dinâmico deixou boas impressões, em especial na travagem.

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