Nasser Al-Attiyah vence em terreno de eleição
O qatari Nasser Al-Attiyah (BRX) venceu a quinta etapa da 46.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, em automóveis, que ligou Al-Hofuf a Shubaytah. O navegador português Paulo Fiúza, que acompanha o lituano Vaidotas Zala (Mini), está na sétima posição.
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O vencedor em título, Nasser Al-Attiyah, estreou-se a ganhar na edição deste ano do Dakar, ao gastar 1h37m25s para cumprir o Setor Seletivo, deixando o francês Guerlain Chicherit (Toyota) na segunda posição, a 1m51s, com o argentino Juan Yacopini (Toyota) em terceiro, a 1m58s.
Num dia de corrida ao sprint, as diferenças foram curtas e já se viu alguma estratégia, pois ninguém quer ser o primeiro a abrir a pista na especial maratona que se inicia esta quinta-feira. No entanto, o príncipe do Qatar não se importou de abrir esta quinta-feira o caminho, o que pretendia era vencer, até porque já chegou ao seu terreno de eleição.
Na classificação geral, o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota) segurou o comando pelo terceiro dia consecutivo, com 9m03s de vantagem sobre Nasser Al-Attiyah e 11m31s sobre o espanhol Carlos Sainz (Audi), que hoje foi apenas 16.º. O navegador português Paulo Fiúza, que acompanha o lituano Vaidotas Zala (Mini), está na sétima posição.
Nos veículos ligeiros, Fausto Mota, que navega o brasileiro Cristiano Batista (Can-Am) na categoria reservada aos veículos de série (SSV), foi o sétimo mais rápido, a 5m55s do vencedor do dia, o francês Xavier de Soultrait (Bardhal). O saudita Yasir Seaidan (MMP) foi o segundo, a 1m14s, com o checo Jerome de Sadeleer (MMP) em terceiro, a 3m54s.
A dupla formada por João Ferreira e Filipe Palmeiro (BRP CAN-AM Maverick XRS Turbo), que vencera na véspera, esta quarta-feira caiu numa duna e partiu um braço da suspensão da viatura, chegando apenas em 12.º, a 17m12s do vencedor.
«Estamos tristes e desapontados com o desfecho da etapa porque vínhamos num ritmo muito bom, a ganhar confiança nas dunas e a recuperar mais tempo para a frente, mas o Dakar é assim. Caímos literalmente de uma duna, partimos um braço traseiro no Can-Am e fomos forçados a parar para trocar», explicou o piloto de Leiria, considerando que o atraso foi «um grande balde de água fria, principalmente depois da recuperação» que estava a fazer. Na geral, Fausto Mota subiu ao terceiro lugar, a 9m20s do líder, Jerome de Sadeleer, enquanto João Ferreira é sétimo, mas a 30m28s.
Nos Challenger (veículos ligeiros protótipos), o leiriense Ricardo Porém, navegado por Augusto Sanz (CAN-AM MMP T3 Rally Raid), foi 13.º, a 6m25s do vencedor, o chileno López Contardo (Can Am). Mário Franco e Daniel Jordão (Yamaha YZX 1000R) ficaram pouco atrás, em 16.º, e João Monteiro e Nuno Morais (CAN-AM Maverick XRS Turbo), em 24.º. Na geral, Ricardo Porém é 13.º, João Monteiro 15.º e Mário Franco 31.º.
Esta quinta-feira disputa-se a primeira parte de uma etapa maratona de 48 horas, em redor de Shubaytah, em que os pilotos terão apenas uma tenda, rações militares e seis litros de água para cada um.
As motos e os automóveis que abrem a etapa seguirão um percurso diferente, tornando a navegação mais desafiadora, especialmente com alguns pontos de referência escondidos ao longo da pista.
Para além disso, os participantes têm apenas até às 16h00 horas para avançar o máximo possível na etapa antes de se dirigirem a um dos oito acampamentos preparados pela organização e onde não terão assistência. No total, a etapa terá 572 quilómetros cronometrados, divididos pelos dois dias.
