Mitch Evans: de último a primeiro… de Jaguar
O piloto português António Félix da Costa (Porsche) foi segundo classificado no E-Prix de Fórmula E do Brasil, a competição para carros elétricos, numa prova marcada por duas interrupções devido a acidentes.
PEDRO RORIZ E CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
A primeira corrida da 11.ª temporada da Fórmula E teve um pacote completo de incidências: partida abortada, “safety car”, duas bandeiras vermelhas e vitória do neozelandês Mitch Evans (Jaguar), que largou de último e venceu, graças ao excelente aproveitamento das circunstâncias que caracterizaram a corrida.
O português António Félix da Costa (Porsche) garantiu o segundo lugar, depois de ter passado por mais de uma vez pelo comando, e o inglês Taylor Barnard (McLaren) completaram o pódio. O piloto luso, que largou da quinta posição, concluiu as 35 voltas a 0,384 segundos do vencedor.
Tudo começou quando o neerlandês Robin Frijns (Envision) deu sinal de que não iria arrancar, a escassos dois segundos da luz verde acender, o que obrigou os comissários a retirar o carro da grelha para a corrida começar.
Mas, logo, na volta de abertura, o “safety car” entrou em ação, por o inglês Jake Hughes (Maserati) e o suíço Nico Mueller (Andretti) baterem e ficarem de fora, com a corrida a recomeçar na quinta volta.
A primeira bandeira vermelha surgiu, na 21.ª volta, quando o inglês Jake Dennis (Andretti) falhou a travagem e ficou parado na escapatória, mas os comissários tiveram de esperar alguns minutos para puderem iniciar os procedimentos para retirar o carro do local onde tinha ficado, para não apanharem um choque
A corrida recomeçou, com nova partida parada, e nessa altura, o português saiu da “pole”, mas, em cada partida, os pilotos que partiam da segunda posição conseguiram sempre levar a melhor e assumir o comando.
Só que nove voltas depois, Pascal Wehrlein foi tocado por Nick Cassidy, com o carro do alemão a “voar” e a capotar, mas, felizmente, sem consequências para o piloto, que saiu pelo seu pé do carro, mas a haver mais uns longos minutos para o carro ser retirado da pista.
Com todas as confusões o jovem piloto Mitch Evans tinha chegado ao comando e partiu para as derradeiras quatro voltas na frente tendo resistido, com sucesso aos ataques de António Félix da Costa, para garantir o triunfo.
CLASSIFICAÇÕES
CORRIDA – 1.º, Mitch Evans (Jaguar), 35 voltas (102,55 km), em 45’14,758”; 2.º, António Félix da Costa (Porsche), a 0,384”; 3.º, Taylor Barnard (McLaren), a 0,460”; 4.º, Sam Bird (McLaren), a 1,158”; 5.º, Edoardo Mortara (Mahindra), a 1,800”; 6.º, Norman Nato (Nissan), a 2,174”; 7.º, Nyck De Vries (Mahindra), a 2,640”; 8.º, Sébastien Buemi (Envision), a 2,967”; 9.º, Dan Ticktum (Kiro), a 3,683”; 10.º, Jean-Eric Vergne (DS), a 4,216”. Classificaram-se mais cinco pilotos.
CAMPEONATOS
PILOTOS – 1.º, Mitch Evans, 25 pontos; 2.º, António Félix da Costa, 18; 3.º, Taylor Barnard, 15; 4.º, Sam Bird, 12; 5.º, Edoardo Mortara, 10; 6.º, 9; 7.º, Nyck De Vries,; 8.º, Sébastien Buemi, 4; 9.º, Pascal Wehrlein, 3; 10.º, Dan Ticktum, 2; 11.º, Jean-Eric Vergne, 1.
EQUIPAS – 1.º, Neon McLaren Formula E Team, 27 pontos; 2.º, Jaguar TCS Racing, 25; 3.º, Tag Heuer Porsche Formula E Team, 21; 4.º, Mahindra Racing, 16; 5.º, Nissan Formula E Team, 9; 6.º, Envision Racing, 4; 9; 7.º, Kiro Race CO, 2; 8.º, DS Penske, 1.
Próxima prova – Mexico City, dia 11 de Janeiro.
