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Ford corta 1100 postos de trabalho em Espanha

A construtora de automóveis norte-americana Ford vai acabar com 1100 postos de trabalho em Espanha, anunciou, esta sexta-feira, a empresa, que justificou a decisão com a reorganização da produção que tem na Europa.

(auto.look2010@gmail.com)

A redução de postos de trabalho deverá afetar em especial a fábrica da Ford na cidade de Valência, no leste de Espanha, que tem atualmente 5.800 trabalhadores e onde deixarão de ser produzidos dois modelos de carros da marca a partir de abril.

A Ford Espanha explicou, num boletim interno da empresa, que está a ser feita uma reestruturação das operações do grupo na Europa, por causa da mudança das gamas de veículos que fabrica, e anunciou uma redução do número de postos de trabalho no país.

A empresa acrescentou que trabalhará «em conjunto e de maneira construtiva» com os sindicatos que representam os trabalhadores para «minimizar o impacto desta decisão nos empregados, nas suas famílias e na comunidade local».

A central sindical espanhola UGT disse que serão cortados 1.144 postos de trabalho na Ford Espanha, um número que, pela sua dimensão, «dificulta um acordo» que garanta que as saídas da empresa sejam 100% voluntárias «através de planos de acompanhamento até à reforma» ou de outro tipo.

«Iniciámos uma negociação mais do que complicada», disse a UGT, enquanto outros sindicatos que representam trabalhadores consideraram os números anunciados «dramáticos».

Em 14 de fevereiro, a Ford já havia anunciado o corte de 3.800 postos de trabalho na Europa, 11% da sua mão-de-obra total nesta região, como parte do plano de transição para fabricar apenas veículos elétricos.

«Estas são decisões difíceis, que não são tomadas de ânimo leve. Reconhecemos a incerteza que gera para a nossa equipa e asseguro-lhes que lhes ofereceremos todo o nosso apoio nos próximos meses», disse o diretor-geral da Ford Model Europe, Martin Sander, citado num comunicado divulgado naquele dia.

A partir de 2030, a Ford quer vender apenas carros elétricos na Europa e deixará de comercializar furgonetas com motor de combustão até 2035.

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