João Ferreira brioso no desempenho do Dakar
O piloto de Leiria mostrou-se «muito orgulhoso da performance e regularidade» demonstrada na 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que terminou esta sexta-feira na Arábia Saudita. João Ferreira foi o campeão da redução de emissões e garantiu o oitavo lugar na prova da ASO.
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João Ferreira e Filipe Palmeiro (MINI) concluíram a sua participação na categoria dos automóveis na oitava posição, a 2h15m57s do vencedor, o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota). Este resultado iguala a melhor classificação de um português desde 2015, quando a prova era disputada na América do Sul e Carlos Sousa foi também oitavo – o seu melhor resultado foi o quarto lugar em 2003.
«Este foi, efetivamente, o Dakar mais duro de sempre, especialmente pela forma como a organização preparou o esquema da prova, com duas etapas muito longas na primeira semana e este final no deserto do Empty Quarter. Saímos da Arábia Saudita felizes com o resultado e seguros de que temos ainda muito para aprender e melhorar para, mais cedo do que tarde, voltarmos a esta prova com ambições de lutar pela vitória», afirmou o piloto de 25 anos, o único em prova a utilizar combustível 100 por cento renovável.

João Ferreira e Filipe Palmeiro, únicos inscritos na divisão máxima da competição organizada pela ASO, batalhou, de igual para igual, com os maiores nomes do desporto motorizado Mundial, para garantir um resultado que em muito deve orgulhar Portugal e os portugueses.
Nas doze etapas que compuseram este Dakar mais duro de sempre, o piloto leiriense conseguiu terminar seis delas no “top 10” da classificação, ao qual juntou um quinto lugar no prólogo inicial da prova. Esta regularidade, que revela maturidade, levou o piloto de 25 anos a terminar a corrida entre os melhores do Mundo.
Neste Dakar, João Ferreira liderou a armada MINI na classificação geral, foi o segundo melhor rookie da classe Ultimate e, numa componente mais importante para o planeta, foi o campeão da redução das emissões uma vez que cumpriu os mais de 5.000 km da prova com recurso ao combustível 100% renovável da Repsol, poupando o ambiente a um total de cerca de 12,7 toneladas de CO2 equivalente.