Elisabete Jacinto (MAN) na frente dos camiões
Piloto do Montijo subiu ao primeiro lugar da categoria de “pesos pesados”, ao conquistar a segunda posição na terceira etapa do Africa Eco Race 2019 que se disputou entre Agdal e Assa.
Texto: PEDRO RORIZ (auto.look2010@gmail.com)
Com mais um segundo lugar, terceiro noutros tantos SS, Elisabete Jacinto (MAN) “saltou” para o comando dos “pesos pesados”, com 9m00s de vantagem sobre o checo Tomas Tomecek (Tatra). Apesar dos 72 anos, o belga Bouwens (Iveco) foi o mais rápido entre os camiões, com a portuguesa a perder 1m30s, resultado que lhe permitiu ascender ao comando da categoria, o que sucede pela primeira vez, na sua presença na prova.
Cumprido numa pista dura e sinuosa, o percurso desta terceira etapa não foi suficiente para demover os portugueses de completar com sucesso mais uma jornada desta grande maratona africana: «O dia hoje correu bem. A pista era rápida, mas bastante dura porque havia muitas zonas com lombas e valas profundas onde tínhamos que abrandar para não termos problemas. No entanto, impusemos um bom ritmo e conseguimos andar depressa. Sem dúvida que foi mais uma boa etapa e por isso estamos contentes com os resultados alcançados nesta corrida», referiu Elisabete Jacinto.
Nos automóveis tudo na mesma, com o francês Dominique Laure (Optimus) a averbar mais um triunfo no SS, o terceiro consecutivo, à frente do seu compatriota Jean Pierre Strugo (Optimus), tal como sucedera ontem e a aumentar a sua vantagem para 16m46s, diferença que não sendo grande começa a ter algum significado.
Nas motos continua o duelo entre o italiano Alessandro Botturi (Yamaha) e o norueguês Pal Anders Ullevalseter (KTM), com o primeiro a ser o mais rápido, pela segunda vez, e a fazer subir a sua vantagem para 7m07s, com o italiano Simone Agazzi (Honda) e o eslovaco Martin Benko (KTM) a manterem o terceiro e quarto lugares, mas cada vez mais longe do duo da frente, que está lançado para discutir a vitória.
CLASSIFICAÇÕES
SECTOR SELECTIVO (400,71 KM)
MOTOS
1.º Alessandro Botturi (Yamaha), 4h36m26s
2.º Pal Anders Ullevalseter (KTM), a 2’38””
3.º Simone Agazzi (Honda), a 18’32”
4.º Martin Benko (KTM), a 32’29”
5.º Francisco Arredondo (KTM), a 37’54”
AUTOMÓVEIS
1.º Dominique Laure/Christophe Crespo (Optimus), 4h24m43s
2.º Jean-Pierre Strugo/François Borsotto (Optimus), a 1’42”
3.º Jean Noel Julien/Rabha Julien (Optimus) a 7’26”
4.º Dominque Housieaux/Arnaud Debron (Optimus), a 17’07”
5.º Yves Fromont/Paul Vidal (Buggy), a 18’12”
CAMIÕES
1.º Igor Bouwens/Tom de Lleuw/Ulrich Boerboom (Iveco), 4h45m25s
2.º Elisabete Jacinto/José Marques/Marco Cochinho (MAN), a 1’30”
3.º Johan Elfrink/Dirk Schuttel (Mercedes), a 13’08”
4.º Noel Essers/Marc Lauwers/John Cooninx (MAN), a 19’10”
5.º Aad Van Velsen/Marco Siemons/Harry Oosting (Ginaf), a 23’11”
GERAL
MOTOS
1.º Alessandro Botturi (Yamaha), 11h58m08s
2.º Pal Anders Ullevalseter (KTM), a 7’07”
3.º Simone Agazzi (Honda), a 45’53”
4.º Martin Benko (KTM), a 1.16’38”
5.º Felix Jensen (KTM), a 1.43’48”
AUTOMÓVEIS
1.º Dominique Laure/Christophe Crespo (Optimus),10’45’41”
2.º Jean-Pierre Strugo/François Borsotto (Optimus), a 16’46”
3.º Jean Noel Julien/Rabha Julien (Optimus) a 48’29”
4.º Yves Fromont/Paul Vidal (Buggy), a 1.04’33”
5.º Patrick Martin/Didier Bigot (Mercedes), a 1.15’13”
CAMIÕES
1.º Elisabete Jacinto/José Marques/Marco Cochinho (MAN), 12h17m57s
2.º Tomas Tomecek (Tatra), a 9’00”
3.º Noel Essers/Marc Lauwers/John Cooninx (MAN), a 1.12’48”
4.º Johan Elfrink/Dirk Schuttel (Mercedes), a 1.40’53”
5.º Aad Van Velsen/Marco Siemons/Harry Ootting (Ginaf), a 1.50’26”
A ETAPA DE AMANHÃ
A exemplo do que sucedeu hoje, a etapa de amanhã começa no acampamento, com os concorrentes a terem pela frente um SS com 492,75 km, a que se segue uma curta ligação (1,82 km) até ao acampamento, em Fort Chacal. A parte inicial do SS decorre com partes em areia e outras em pedra, mas os navegadores voltam a ter um papel determinante para encontrarem a melhor forma de superar as dificuldades. Após a passagem por M’seied a pista torna-se mais larga e leva a caravana em direcção ao deserto do sul de Marrocos. A partir daqui regressam as pistas rápidas, que o ano passado causaram problemas de navegação, mas, que este ano estão muito bem identificadas, com a parte final a ser muito rápida.