FIAT 600 híbrido La Prima: alto desempenho
Com duas alternativas híbridas de 100cv e 136cv que combinam a eficiência e desempenho de um motor 1.2 de três cilindros a gasolina com a eficiência de uma bateria de iões de lítio de 48V, a nova geração do Fiat 600 ganha em versatilidade e sustentabilidade. Disponível partir de 23.950 euros.
FAUSTO MONTEIRO GRILO
Com uma silhueta mais arredondada face aos anteriores modelos da marca de Torino, o 600 apareceu nos finais dos anos 50, sendo “clonado” nos anos seguintes. A situação actual, tornou o 600 num “clone” de outros modelos. No entanto, o “La Prima” evidencia características da marca, que partilha a sede com a cidade da Juventus.
No percurso da marca italiana de Torino, a história repete-se. Todavia, existem algumas “nuances” em torno da chegada dos novos modelos 600. O sucesso do 500 começou numa silhueta muito fiel ao modelo original, passou por inúmeras versões, e inclui as actuais tecnologias, nas quais figura a motorização eléctrica.
Em termos de linhagem, o 600 é o natural sucessor do 500 – como aconteceu no passado. No entanto e na tradição da tal linhagem, o 600 tem o mesmo nome – é um FIAT – mas as armas com que conta são muito diferentes, mesmo considerando a motorização híbrida de 136 cv e transmissão DCT de seis relações.
Nos números mais importantes, a nova proposta está disponível a partir de 23.950 euros (versão base), e chega aos 32.358,73 euros do “La Prima” cujo PVP inclui taxas, impostos, despesas e campanha a cliente particular.
Num automóvel que em pouco ultrapassa os quatro metros (4.171 mm), a altura está próxima do metro e meio, (1.577 mm) medidos no topo da antena colocada no tejadilho. As cotas de largura não chegam aos dois metros (1.781 mm) mesmo quando medida entre os espelhos (1.981 mm) que recolhem ou abrem automaticamente, consoante actuação do comando centralizado das portas.
À bagageira ajustável em altura, também se acede por porta automática, para um volume de 385 litros modulável a 1.256 litros mediante rebatimento dos assentos traseiros.
Com satisfatória acessibilidade ao interior, tanto nos lugares dianteiros como traseiros, o “La Prima” concede boas cotas de habitabilidade, enquanto as primeiras impressões revelam um agradável toque nos assentos, revestidos a material sintético, mas aspecto e toque semelhantes aos da pele.
Os comandos estão bem posicionados e, para quem se sentar ao volante, existem diversos ajustes na coluna de direcção, volante e banco cujo acerto longitudinal – consoante estaturas – pode condicionar o espaço para as pernas do passageiro atrás.
Com os itens bem posicionados, este 600 divide a seleção de comandos e ligação de funções, entre botões de pressão e visores tácteis. O de 7” para o painel de instrumentos, permite diversas escolhas de informação, enquanto o visor central de 10,25” permite acesso a sistemas de áudio, navegação, assistência à condução, entre outras.
O visor central serve também de apoio às manobras de marcha-atrás, mediante dois ângulos de observação, com o mais estreito a permitir a visualização da trajectória da carroçaria. Ainda em termos de visibilidade, esta é boa para a frente e laterais, existindo a visualização 360º com indicadores de aproximação e avisos sonoros.
As primeiras impressões ao volante, apontam mais para a progressividade da motorização híbrida, se comparada com as acelerações e reprises do 1.2 turbo a gasolina de 136 cv, que perfaz dos 0-100 km/h em 8,5 segundos.
Quando pronto a rolar, o 600 híbrido ronda os 1.400 kg e como referido, o apoio e conforto dos assentos dianteiros é evidente, e um dos contributos para o conforto de rolamento. Todavia, as jantes 18” e os pneus de baixo perfil, evidenciam a firmeza da taragem mola+amortecedor, apenas notada em pisos mais degradados ou lombas mais incisivas.
Outro dos contributos para o conforto de rolamento, é a boa filtragem de ruídos e vibrações, com o motor eléctrico de 21 kW (29cv) a actuar de forma subtil, e mais perceptível na retenção do que nas reprises ou acelerações.
Preciso nas sensações ao volante e com um bom comportamento, o 600 híbrido La Prima, evidencia um bom desempenho do sistema de travagem, e dos sistemas de apoio à condução, dentre os quais se destaca o acelerador automático adaptativo, que permite regular a distância de actuação (aceleração ou travagem) ao veículo da frente, ou adequar a velocidade do automóvel à sinalização rodoviária.
Num breve contacto ao volante em percurso misto (AE+EN+Urbano) o registo de consumo foi de 5,5 litros/100 km, à média de 26,0 km/h.