WRC

Thierry Neuville está de olho no título mundial

O Rali do Centro Europeu arranca na próxima quinta-feira, com 14 quilómetros cronometrados divididos por duas especiais. Aos comandos de um Hyundai i20 N Rally1, o piloto belga não descura a oportunidade de alcançar o primeiro título mundial da especialidade. 

carlos.sousa@autolook.pt

O piloto belga Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally1) tem este fim de semana a primeira hipótese de conquistar o primeiro título mundial da carreira, se terminar o Rali do Centro Europeu com 31 pontos de vantagem sobre os rivais.

A duas provas de terminar o Campeonato do Mundo de Ralis, (WRC), o piloto belga, de 36 anos, tem uma vantagem de 29 pontos face ao mais direto perseguidor, o companheiro de equipa Ott Tänak (Hyundai i20 N Rally1), campeão do mundo em 2019.

Na luta estão ainda, matematicamente, o francês Sébastien Ogier (Toyota GR Yaris Rally1), com 41 pontos de atraso, e o britânico Elfyn Evans (Toyota GR Yaris Rally1), com 46. Desta forma, a Thierry Neuville basta ganhar dois pontos ao estónio e não perder mais de 10 para Sébastien Ogier e mais de 15 para Elfyn Evans para chegar à última prova da temporada, no Japão, já virtual campeão.

«O principal objetivo é gerir a vantagem no campeonato e somarmos o maior número de pontos possível. Claro que gostaríamos de conquistar já o título, mas o principal objetivo será ter um desempenho consistente», sublinhou Thierry Neuville, que está na Hyundai desde 2014. Já o segundo classificado, o estónio Ott Tänak, sublinha que o objetivo é «fazer um bom resultado para colocar pressão sobre os adversários».

Com o novo sistema de pontuação que este ano entrou em vigor, no final do dia de sábado são atribuídos 18 pontos ao mais rápido, 15 ao segundo e 13 ao terceiro, havendo pontos até ao 10.º classificado. Contudo, esses pontos só se efetivam caso os pilotos terminem o rali, no domingo.

Ora, também o dia de domingo pontua de forma independente, com sete, seis, cinco, quatro, três, dois e um ponto para os sete mais rápidos, respetivamente. A somar a estes, há ainda 15 pontos distribuídos aos cinco mais rápidos na última especial da prova, a “power stage” (cinco, quatro, três, dois e um ponto, respetivamente). Ou seja, muitas variações para todos os cenários se tornarem facilmente percetíveis.

O que é certo é que o piloto belga, que conta com 21 triunfos no Mundial de Ralis, dois deles esta temporada (em Monte Carlo e na Grécia), parte como principal favorito à conquista do título. A seu favor, além da liderança folgada no campeonato, tem o facto de ter vencido esta prova, há um ano, na estreia do Rali do Centro Europeu no Mundial, e de ser, tradicionalmente, mais forte em pisos de asfalto do que na terra.

Em caso de vitória, dado o sistema atualmente em vigor, pode até nem ser o mais pontuado no final do rali – já aconteceu este ano em Portugal, com o vencedor da prova, Sébastien Ogier, a somar 24 pontos contra os 26 de Ott Tänak, que foi segundo.

Por isso, se Thierry Neuville terminar a prova disputada na Alemanha, Áustria e República Checa com mais dois pontos do que o estónio e andar regularmente nos três primeiros lugares, poderá festejar desde já. Até ao momento, o pior resultado foi na Letónia, onde fez apenas nove pontos, após terminar a prova na oitava posição – somou três pontos no sábado, três no domingo e três na “power stage”.

O Rali do Centro Europeu arranca na quinta-feira, com 14 quilómetros cronometrados divididos por duas especiais. Na sexta-feira, disputam-se mais seis troços, com um total de 110 quilómetros cronometrados. O dia de sábado terá seis troços, divididos por 123 quilómetros na Alemanha e na Áustria. A prova termina no domingo, com mais quatro especiais e 54 quilómetros cronometrados.

Partilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *