Novo Mitsubishi ASX projetado para cativar
A segunda geração do “Active Sports Crossover” deu continuidade à sigla ASX. Na gama desde 2010, permite à Mitsubishi colocar um classe 1 no disputado segmento de mercado dos “SUV”. Desta vez, a sinergia com os franceses evidencia semelhanças e mostra diferenças, num modelo em que as versões concedem sensações muito diferentes.
FAUSTO GRILO
À imagem do que acontece noutros sectores, as sinergias no sector automóvel, concedem semelhanças mais ou menos evidentes, mas tal não significa que a identidade da marca seja minimizada, mesmo quando algumas das cotas diminuem.
Face à anterior geração e apesar de ter menos de quatro metros e meio de comprimento, o ASX está mais curto (4.228 mm) e disponibiliza menor volumetria na bagageira (351 litros) que melhora ligeiramente quando se explora a modularidade, mediante rebatimento dos assentos traseiros (1.275 litros).
Na altura, o ASX pouco passa do metro e meio (1.573 mm) enquanto a largura está abaixo dos dois metros (1.797 mm). Estas cotas são comuns a todas as versões, mas os preços e cinemáticas, estabelecem diferenças significativas face ao mais acessível “1.000” MPI-T proposto abaixo dos 25.000 euros nas versões Inform e Invite.
Mais elaborada nos equipamentos e funcionalidades, a Intense aparece com as motorizações 1.3 híbrida e 1.6 “plug-in”, esta última a incluir uma campanha para empresas e um preço muito competitivo de 27.490 euros + IVA que permite enquadramento no primeiro escalão de 2,5% de tributação autónoma.
Com um bom acesso ao interior o ASX evidencia boa qualidade nos materiais empregues e um bom nível de finalização, com ênfase na versão Intense do “PHEV”. Outro dos pontos em destaque tem a ver com o nível de equipamento desta motorização, cuja tara está nos 1.634 kg que incluem os 102,5 kg das baterias de iões de lítio.
Ao nível das tecnologias e digitalização, o ASX concentra soluções em várias áreas, desde o painel de instrumentação/informação de 10” ao visor central de 9,3”, passando pelos sistemas de segurança activa e passiva, e elementos de conforto e funcionalidade. Na multimédia e com ligação sem fios, encontramos portas “usb”, navegação, Android auto e Apple car play.
Uma vez no interior a habitabilidade é um dos pontos agradáveis no ASX. Para quem se sentar ao volante, os diversos ajustes do assento, coluna e volante, permitem encontrar uma boa posição de condução e bons ângulos de visibilidade para a frente e laterais. Para a traseira, os sensores (visuais+áudio) e a visualização de marcha-atrás, mitigam qualquer ângulo-morto e tornam fáceis as manobras.
Os primeiros quilómetros deixaram a impressão de um habitáculo muito bem filtrado, tanto ao nível das vibrações como de ruído. Desde que não se excedam os 135 km/h, o motor eléctrico concede andamentos muito suaves, sem que as acelerações ou reprises sejam alvo de destaque. No capítulo da regeneração de energia, a transmissão automatizada permite duas posições: D e B.
A primeira concede um evidente equilíbrio entre aceleração e retenção, enquanto a posição ‘B’ dá prioridade à retenção e, por isso mesmo, regenera mais energia e evita o recurso ao sistema de travões com quatro discos. Como acontece com outros “PHEV” o ASX permite os primeiros quilómetros em eléctrico, para depois entrar em funcionamento o 1.6 a gasolina.
Na primeira utilização é notório o consumo de energia eléctrica, mas nos primeiros 51 quilómetros, o consumo de combustível, manteve os 0,0 no painel. Por outras palavras e com base nos dados do painel de instrumentos, num breve contacto ao volante em percurso misto (AE+EN+Urbano) nos primeiros 100 quilómetros, ficou registado o consumo de 2,4 litros/100 km a 30,8 km/h de média. Nos 100 quilómetros seguintes, o bloco de quatro cilindros a gasolina, registou 3,3 litros/100 km à média de 33,2 km/h.
Como é evidente esta “economia” de energias, obriga a uma diferente utilização e condução do automóvel, que é mais barato do que um eléctrico, e mais pesado do que um gasolina. Um bom conforto de rolamento, uma fácil condução, e uma bagageira reduzida (221 a 1.118 litros em vez dos 371 a 1.275 litros do 1.000 cc) face a outras motorizações, ajudam a ponderar a decisão, em especial para empresas.
CARACTERÍSTICAS
1.598 cc MPI
92 cv/5.600 rpm
67 cv (49 kW) 2.300~7.500 rpm
102,5 kg baterias iões de lítio
1.634 kg tara
215/60 R 17
221-1.118 litros
135 km/h velocidade máxima em eléctrico
48 a 62 km em combinado ou urbano WLTP
999 cc 12V turbo
67 kW 90 cv/4.600 rpm
160 Nm 2.000~3.750 rpm
4.228 mm
1.573 mm
1.797 mm sem contar com os espelhos
351 a 1.275 litros
215/60 R17
disco ventilado e tambores
PREÇOS
Mitsubishi ASX 1.0 MPI-T 6MT Inform
PVP 24.590 euros
Campanha PP 24.090 euros
Campanha Fin. 23.340 euris*
Mitsubishi ASX 1.0 MPI-T 6MT Invite
PVP 24.590 euros
Campanha PP 24.790 euros
Campanha Fin. 24.040 euros*
Mitsubishi ASX 1.3 DI-T MHEV 7DCT Intense
PVP 29.990 euros
Campanha PP 29.490 euros
Campanha Fin. 28.740 euros*
Mitsubishi ASX 1.6 PHEV Intense
PVP 37.390 euros
Campanha Empresas 27.490 euros + IVA* (1.º Escalão de TA 2,5%)