WRC

“Bendita a hora que o Rali veio para o Centro”

Carlos Barbosa está feliz pelo regresso da Figueira da Foz ao Vodafone Rally de Portugal, com a Praia da Claridade a receber, este ano, a super-especial pela primeira vez, merecendo o reconhecimento do presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP).

CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)

Carlos Barbosa (presidente do ACP)

Decorreu, ao final da manhã desta sexta-feira, a cerimónia de assinatura do Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo, no âmbito da realização da super-especial, do WRC Vodafone Rally de Portugal 2023, que teve lugar na Casa do Paço, na Figueira da Foz. O protocolo, que contou com a presença de presidentes e vereadores dos Municípios da Figueira da Foz, Coimbra, Arganil, Góis, Lousã e Mortágua, bem como a Turismo Centro de Portugal, visou estabelecer os termos necessários à realização da prova organizada pelo ACP na região Centro.

Pedro Santana Lopes (presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz), Carlos Lopes (vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra), Luís Antunes (presidente da Câmara Municipal da Lousã), Nuno Bandeira (vice-presidente da Câmara Municipal de Góis), (Luís Paulo Costa (presidente da Câmara Municipal de Arganil), Ricardo Pardal (presidente da Câmara Municipal de Mortágua), Jorge Loureiro (vice-presidente da Turismo Centro de Portugal) e Carlos Barbosa (presidente do ACP), foram os intervenientes na cerimónia de assinatura do Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo.

Pedro Santana Lopes (Figueira da Foz)

Carlos Barbosa começou por agradecer a hospitalidade ao anfitrião Pedro Santana Lopes, referindo que, «em boa hora, a Figueira da Foz passou a fazer parte do Rali de Portugal» e que «a super-especial vai ser um grande sucesso», destacando ainda «a presença dos presidentes de Câmara que nos têm acompanhado nesta aventura ao longo dos anos na zona Centro».

«Bendita a hora que viemos para o Centro do país e, sem os autarcas e os Municípios, não haveria rali. Sãs as autarquias que suportam o rali para que passe naquelas que são consideradas as melhores especiais do mundo no Centro de Portugal», disse o presidente do ACP.

«Voltar à Figueira da Foz é sempre um grande prazer. A Figueira da Foz fazia parte do velho Rali de Portugal e tinha aqui uma paragem obrigatória e, portanto, vamos manter essa tradição e espero por muitos e longos anos», sublinhou Carlos Barbosa.

Pedro Santana Lopes (Figueira da Foz)

Por seu turno, Pedro Santana Lopes sustentou que a Figueira da Foz está no Rali de Portugal «por força de uma oportunidade que surgiu, confirmada por quem de direito e de vários intervenientes, e entendemos aproveitá-la».

«Entendemos ser uma boa oportunidade de podermos colaborar com uma equipa profissional como é a o ACP, mas permitam-me confidenciar que o meu pai foi sempre sócio do ACP, eu mesmo tirei a carta no ACP e, desde que Carlos Barbosa passou a presidir esta instituição, também fiz-me sócio e, por isso, é o único cartão encarnado que tenho», referiu o autarca da Figueira da Foz.

Pedro Santana Lopes referiu, por outro lado, que «a restauração está esgotada por altura da super-especial», e que a participação da Figueira da Foz no Rali de Portugal é uma enorme satisfação», estando apenas assegurada para este ano, «mas existe a opção para os próximos dois».

Jorge Loureiro (Turismo Centro de Portugal)

AFIRMAÇÃO DE UM EVENTO RECONQUISTADO EM 2019

Por seu turno, Jorge Loureiro, vice-presidente do Turismo Centro de Portugal, destacou que, «neste momento, já há impacto notório pelo Município trazer o Rally de Portugal para a Figueira da Foz». «Com a atração destes investimentos, conseguimos preencher os requisitos de ter atividade económica nas nossas regiões e, por isso, felicitar o Município da Figueira da Foz e o seu presidente, por este desafio, desejando que este não seja um episódio de um ano, mas que seja por muitos», sustentou.

 

Luís Paulo Costa (Arganil)

Luís Paulo Costa presidente da Câmara Municipal de Arganil, diz ser positivo «constatar a afirmação e o crescimento de um evento que reconquistámos em 2019, podendo, hoje reafirmar que o Rally de Portugal está a crescer de forma sustentada». «De uma forma estritamente matemática, constatamos hoje que estão mais 50% dos Municípios que estavam em 2019, ou seja, começamos com quatro e hoje estão seis envolvidos, a par com a Turismo Centro de Portugal, merecendo de ser assinalado esta parceria», destacou o edil arganilense.

De acordo com Luís Paulo Costa, o Vodafone Rally de Portugal permite que «esta é a nossa campanha publicitária mais barata apesar do dinheiro e o esforço que fazemos, reconhecendo que há um impacto mediático muito grande, a julgar pela avaliação da primeira edição, multiplicando o valor do investimento que fazemos por 30 vezes».

Nuno Bandeira (Góis)

EVENTOS NOS MUNICÍPIOS

O INTERIOR PROMOVEM TERRITÓRIOS

Nuno Bandeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Góis, afastou qualquer cenário negativo em redor do Vodafone Rally de Portugal, destacando que os Municípios do Interior «necessitam destes eventos para promover os nossos territórios». «Para Góis é de extrema importância este evento, até porque a nossa região é reconhecida enquanto desporto automóvel e motociclista, realmente, o Rally de Portugal é para manter e seremos sempre parceiros enquanto pudermos acreditar», avalizou o autarca goiense.

Luís Antunes (Lousã)

O presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, iniciou a sua declaração por reforçar «a parceria, conjugação de esforços e vontades na região Centro, entre os Municípios, entidade regional do Turismo do Centro de Portugal e Automóvel Club de Portugal, no sentido de criar as condições de regresso em 2019 e a parceria tem-se mantido e a robustecer».

Estão, por via disso, criadas as condições para que na região Centro possamos ter ainda mais rali, o qual tenha mais valor», afirmou Luís Antunes.

Ricardo Pardal (Mortágua)

DIÁLOGO E TRABALHO

NAS SOLUÇÕES  TÉCNICAS E FINANCEIRAS

Ricardo Pardal, presidente da Câmara Municipal de Mortágua, referiu que «o Rally de Portugal é, efetivamente, o evento que mais retorno produz ao país e à região Centro, sendo uma aposta da capacidade de cooperação dos Municípios envolvidos, do Turismo do Centro de Portugal e o ACP». «É a nossa vontade de afirmar a região Centro e cá estaremos e devemos estar sempre disponíveis ao diálogo e trabalhar em soluções técnicas e financeiras que permitam o adensar o rali na zona Centro e que seja público esta vontade», sustentou.

Carlos Lopes (Coimbra)

Por sua vez, Carlos Lopes, vereador do Desporto da Câmara de Coimbra, assinalou que o Município teve o privilégio de organizar o ano passado a super-especial, sendo, como o nome indica, muito especial, tendo sido muito importante para a região, restando-nos desejar à Figueira da Foz um bom trabalho e eu seja dignificante para a região e para o desporto automobilístico». «O mês de maio vai ser frenético na região, contando com todos para fazermos deste território do Centro do país cada vez a mais importante de Portugal».

 

COIMBRA EMPRESTA  CONHECIMENTO NA HORA DA PARTIDA

A mítica prova do Campeonato do Mundo de Rali (WRC) tem início na próxima quinta-feira, com a Alta de Coimbra a acolher a cerimónia oficial de partida do evento. Para as 18h00 está agendada uma sessão de autógrafos com as estrelas do WRC, sendo que a partida oficial do Vodafone Rally de Portugal terá lugar às 20h30, na emblemática Porta Férrea da Universidade de Coimbra.

Na manhã do dia 12, é também de Coimbra que os concorrentes partem para as duplas passagens pelas classificativas da Lousã (12,03 km), Góis (19,33 km) e Arganil (18,72 km), e a passagem por Mortágua (18,15 km), antes da estreia da super-especial da Figueira da Foz, às 19h05.

O Vodafone Rally de Portugal, que estará na estrada entre os dias 11 e 14 de maio, vai percorrer 329,06 quilómetros cronometrados, por entre um total de 1636,25 quilómetros no Centro e Norte do país, ao longo de 19 classificativas.

Esta edição da prova é organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), contando com a maior lista de inscritos do WRC: cerca de 90 equipas. Depois da passagem pela região de Coimbra, os concorrentes rumam, no dia 13 de maio, ao Norte e aos troços de Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24 km) e Felgueiras (8,91 km), que também recebem duplas passagens, antes da popular super-especial de Lousada, na pista da Costilha.

No dia 14 de maio, há ainda o troço de Paredes, que antecede a primeira passagem pela especial de Fafe (11,18 km) e a classificativa de Cabeceiras de Basto (22,23 km). A derradeira especial, em regime de Power Stage (com atribuição de pontos-extra), volta a acontecer em Fafe. Como já é hábito, a chegada dos concorrentes acontece na cénica marginal de Matosinhos, a poucos quilómetros do centro operacional do rali, na Exponor. Esta prova do ACP pontua para o WRC, sendo um dos ralis mais emblemáticos do panorama internacional».

 

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