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Rally de Portugal órfão da super-especial em Coimbra

O ano passado, a cidade engalanou-se para apresentar a super-especial para o Vodafone Rally de Portugal. Apesar do sucesso, um ano depois foi travado pela falta de dinheiro. O presidente da autarquia, José Manuel Silva, explicou as razões da não realização da especial citadina.

CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)

A 56.ª edição do Vodafone Rally de Portugal, que se realiza entre os dias 11 e 14 de maio, fica marcada pela ausência da super-especial de Coimbra, prevista precisamente para o primeiro dia de prova. A não realização da primeira super-especial da competição do Automóvel Club de Portugal (ACP), quinta etapa de um calendário composto por 13 ralis, foi confirmada por José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra, numa das várias intervenções durante a reunião da Assembleia Municipal.

O autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós,Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt), sublinhou que gostaria «de a fazer, mas, de facto, nesta altura, não há dinheiro para tudo aquilo que gostaríamos de fazer», em resposta a uma questão do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) sobre o custo dos concertos Coldplay no Estádio Cidade de Coimbra.

José Manuel Silva esclareceu que «o investimento municipal para os quatro concertos dos Coldplay, a 17, 18, 20 e 21 de maio, será divulgado a seu tempo». «Posso dizer que os quatro concertos dos Coldplay ficam mais baratos do que a super-especial do Rali e traz mais gente e tem mais impacto a nível mundial», confidenciou.

O edil conimbricense salientou que «a super-especial disputada o ano passado foi um êxito», considerando «uma pena o município não poder fazer também este ano como estava prevista».

Apesar de sustentar que a super-especial «foi boa, colocando a cidade a circular nos meios automobilísticos de todo o mundo, em que as imagens que foram mostradas de Coimbra foram espantosas e o investimento foi rentável a todos os níveis, gostaríamos de a repetir», mas José Manuel Silva afirmou que «não há dinheiro e nenhuma câmara nacional para fazer tudo o que gostariam de fazer neste momento».

O autarca sublinhou que «gostaria de realizar a super-especial no mesmo local ou noutro para variar, embora onde foi efetuado o ano passado prestava-se para o sucesso e, por isso, estamos muito satisfeiros com a parceria com o ACP, mas simplesmente caiu-nos a guerra da Ucrânia em cima».

«O ano passado condicionou as nossas decisões porque foram cortadas seis milhões de euros ao orçamento e, este ano, cortam-se de novo seis milhões de euros e, todos os dias, pedimos que a guerra da Ucrânia acabe».

Obviamente, até por razões humanitárias, mas também pelas consequências que todos sentimos com a inflação, dos custos de materiais, energia dos combustíveis», afiançou o autarca, referindo que com menos 12 milhões no orçamento, «naturalmente que temos de fazer opções».

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