África Eco RaceTODO TERRENO

Dahkla em festa no descanso da Africa Eco Race

Hoje é dia de festa na cidade marroquina de Dahkla, como consequência da paragem da caravana do Africa Eco Race. Trata-se de uma paragem que permite a recuperação de homens e máquinas, após uma semana de competição.

Texto: PEDRO RORIZ (auto.look2010@gmail.com)

Quando falta uma semana, que será passada na Mauritânia e no Senegal, para a chegada a Dakar, a capital senegalesa, nada está decidido na Africa Eco Race e mesmo diferenças superiores a uma hora podem desaparecer e provocar mudanças na classificação. Nos camiões, a portuguesa Elisabete Jacinto (MAN), que venceu o SS que terminava em Dahkla, comanda, com mais de uma hora de avanço sobre o belga Noel Essers (MAN), depois do checo Tomas Tomecek (Tatra), que tinha sido o seu mais directo opositor ter ficado pelo caminho.

Face ao avanço de que dispor, Elisabete Jacinto pode gerir a sua vantagem durante a segunda semana para concretizar o sonho de vencer o Africa Eco Race nos “pesos pesados”. Espera-se que, ao contrário do que sucedeu em anos anteriores, consiga superar todas as dificuldades, e vão ser muitas, que vão estar pela frente e faça ouvir “A Portuguesa” em Dakar.

Nos automóveis, o francês Dominique Laure (Optimus) dominou a primeira semana e só perdeu o último SS para o russo Sergey Kuprianov (Optimus) numa confirmação de superioridade, que deve confirmar na próxima semana e torna-lo no quinto vencedor, em 11 edições da prova, uma vez que o seu compatriota Jean Pierre Strugo (Optimus), o seu mais directo perseguidor, tem vindo a perder tempo, ainda que escasso, a cada dia.

Nas motos, onde a diferença entre os dois da frente é mais curta (7m16s) assiste-se, desde o início, ao jogo “gato e do rato”, entre o italiano Alessandro Botturi (KTM) e o norueguês Pal Anders Ullevalseter (KTM), com o italiano a entrar para a segunda metade da prova com uma vantagem superior a sete minutos, mas que não impede o norueguês de pensar na terceira vitória na prova.

CLASSIFICAÇÕES

GERAL – MOTOS

1.º Alessandro Botturi (Yamaha), 20h46m08s

2.º Pal Anders Ullevalseter (KTM), a 7’16”

3.º Martin Benko (KTM), a 2.02’08”

4.º Simone Agazzi (Honda), a 2.09’48”

5.º Felix Jensen (KTM), a 2.23’42”

GERAL – AUTOMÓVEIS

1.º Dominique Laure/Christophe Crespo (Optimus),19h36m13s

2.º Jean-Pierre Strugo/François Borsotto (Optimus), a 22’30”

3.º Jean Noel Julien/Rabha Julien (Optimus) a 1.28’00”

4.º Yves Fromont/Paul Vidal (Buggy), a 1.34’12”

5.º Patrick Martin/Didier Bigot (Mercedes), a 1.37,18”

GERAL – CAMIÕES

1.º Elisabete Jacinto/José Marques/Marco Cochinho (MAN), 22h02m28s

2.º Noel Essers/Marc Lauwers/John Cooninx (MAN), a 1.39’43”

3.º Igor Bouwens/Tom De Leeuw/Ulrich Boerboom (Iveco), a 2’07’23”

4.º Aad Van Velsen/Marco Siemons/Harry Ootting (Ginaf), a 2.15’19”

5.º Johan Elfrink/Dirk Schutel (Mercedes), a 2.39’01”

A ETAPA DE AMANHÃ

A etapa de amanhã marca a entrada na Mauritânia, com o SS, o primeiro neste país, a ter “escassos” 176,57 km, num total de 559,93 km. A etapa, que começa em Dahkla e termina em Chami, tem uma ligação inicial de 383,36 km, até Arzmeilat, que inclui a passagem da fronteira, local onde começa o SS, que termina no acampamento.

Trata-se de um SS já conhecido, que não inclui grandes dificuldades de condução, mas que vai exigir muita atenção aos navegadores, a exemplo do que vai suceder nos próximos dias, nas pistas da Mauritânia.

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