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Lexus NX 450 h+: versão para várias utilizações

Ao comparar este SUV japonês com algumas referências europeias, e se tivermos em linha de conta que a designação, indica que a marca foi pensada para o mercado americano, somos capazes de perdoar algumas das características, apreciar os detalhes, e tirar partido das tecnologias.

FAUSTO MONTEIRO GRILO

A primeira geração do NX foi colocada no mercado em 2014. Quando já era o modelo Lexus mais procurado, os clientes europeus ficaram a conhecer a segunda geração em 2021, sendo esta última a plataforma para o primeiro PHEV da marca japonesa.

Com pouco mais de quatro metros e meio de comprimento (4.660 mm), o 450 h tem menos de dois metros de largura (1.885 mm) e na altura, pouco passa do metro e meio (1.660 mm). A bagageira de 520 litros é modulável mediante rebatimento dos assentos traseiros, estando o acesso ao piso de bagagens condicionado pela arquitectura da via traseira. As suspensões independentes e a colocação do motor eléctrico colocam o acesso ao piso da bagageira a quase 900 mm.

Na frente, um 2.5 com quatro cilindros a gasolina (2.487cc) a funcionar mediante ciclo Atkinson, associa-se a um eléctrico e à transmissão e-cvt da mais recente geração. Se por um lado o ciclo Atkinson garante maiores quantidades de ar no motor de combustão interna, que concedem menores emissões poluentes e consumos de combustível, por outro lado a existência da propulsão eléctrica, concede melhores acelerações e reprises, colmatando a menor potência específica do 2.5 a gasolina. Do lado eléctrico, as baterias de iões de Lítio têm uma capacidade de 18,1 kWh e podem ser carregadas via “plug-in” em 02:30 horas num posto de 32 A.

Estas características permitem a utilização como veículo eléctrico, para uma autonomia de 74 km (WLTP) sem exceder os 135 km/h. A utilização a gasolina, tirando partido dos 227cv do motor e um depósito de 55 litros, ou uma utilização “mista” com uma das escolhas a permitir que o gasolina carregue as baterias colocadas sob o piso deste Lexus 450 h.

Mediante a conjugação dos 227 cv com 173 kW o construtor adianta um valor de 309cv, para mover os 2.050 kg deste automóvel, cujo contacto ao solo se faz através de pneus 235/60 montados em jante de 18 polegadas.

Mediante bons ângulos de acessibilidade, este 450 h+ concede boas cotas de habitabilidade, tanto na frente como na traseira, estando todos os comandos muito bem posicionados. A personalização é um dos pontos fortes neste automóvel, que poderia propiciar melhor intuição em muitas destas e até nas funcionalidades mais básicas. Com boa climatização e ventilação, demos conta que nesta última o ventilador se torna algo presente, acima da posição 3 de 7.

Ao volante a posição de condução é muito boa e a presença do visor central, não interfere nos ângulos de visibilidade, bons para a frente e laterais, e mitigados para a traseira através do elaborado sistema de visualização 360º.

Disponível em três andamentos (Eco, Normal e Sport) este Lexus corresponde a cada uma das escolhas. Concede interessantes valores de suavidade e economia no modo económico, permite uma utilização despreocupada no normal, e revela desempenhos interessantes no desportivo, em especial se levarmos em linha de conta o peso e dimensões deste “SUV” da gama média.

Com um bom comportamento em curva, o 450 h+ concede um bom nível de conforto de rolamento, enquanto a motorização permite encontrar o andamento adequado, contando com o selector colocado abaixo do visor central e patilhas (+ e -) atrás do volante.

Apesar da transmissão ser de variação contínua, as patilhas permitem escalonar a potência, tanto nas acelerações como na melhoria do efeito retardador, com este último muito mais suave, face ao verificado nos modelos com transmissão automática ou automatizada.

Num breve contacto em volante e no habitual percurso misto, registámos 4,9 litros/100 km à média de 46,5 km/h, dando prioridade ao modo “Eco” por ser o mais racional neste modelo. Para andamentos mais rápidos, a dinâmica deste 450 h+ acompanha as exigências, mantendo um bom nível de conforto de rolamento, ao mesmo tempo que a instrumentação muda para sombras avermelhadas.

Uma nota final para a utilização como eléctrico, com esta motorização/baterias a revelarem a evolução nas prestações e autonomia, com esta última muito próxima dos valores declarados de acordo com as normas WLTP.

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