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Jeep Avenger e-hybrid para seduzir ao volante

Em Setembro de 2022 foi o primeiro eléctrico da Jeep. No ano seguinte, os universos masculino e feminino foram conquistados através de vários prémios, com destaque para os “international car of the year”, e o “womens world car of the year”. Volvidos dois anos após apresentação, este classe 1 foi testado (Set 2024) pelo Euro NCAP e, o mais pequeno dos Jeep, conquistou apenas três estrelas.

FAUSTO MONTEIRO GRILO

As cotas exteriores são menores face às do Renegade e, o mais pequeno “SUV” da marca americana, em pouco (+84 mm) excede os quatro metros de comprimento. Sem contar com os espelhos retrovisores, a largura fica aquém dos dois metros (1.776 mm) enquanto a altura em pouco passa do metro e meio (1.528 mm).

Na bagageira, a modularidade dos 380 litros de volumetria, pode ser conseguida mediante ajuste em altura do piso ou rebatimento assimétrico (60-40) dos assentos traseiros, que permitem aceder a um espaço quase plano.

Nos números mais importantes, este híbrido conjuga um motor eléctrico de 29 cv, com os 100 cv dos três cilindros a gasolina e transmissão automatizada de seis relações, a partir de 31.600 euros na versão base ou 37.461 euros para quem aprecie um conjunto de equipamentos de requinte, conforto, funcionalidade e informação/entretenimento.

No Avenger Summit conduzido as acessibilidades são boas. Todavia, as primeiras atenções centram-se nos diversos ajustes no lugar de quem conduz e passageiro, na escolha de massagem lombar, nos diversos modos de condução (sport, eco, normal, areia, lama e neve) e os painéis digitais de 10,25”.

Depois de ajustados coluna e volante, demos conta de uma boa posição de condução, com boa visibilidade para o exterior, tanto para a frente como laterais. Para a traseira, as várias escolhas na visualização das manobras de marcha-atrás, são auxiliadas através de linhas que indicam a posição da carroçaria, às quais se junta a visão 360º e sensores de aproximação de obstáculo.

Ainda a respeito da posição de quem conduz, e tendo como referência outras marcas, seria expectável encontrar outros bancos neste Jeep. Poderiam ser mais confortáveis ao toque e mais eficazes no apoio, em especial o lombar.

Nos visores e comandos colocados no painel, a facilidade de utilização é evidente. Fazer contas às velocidades médias e consumos, ajustar a climatização, sintonizar e personalizar o áudio, entre outras, são tarefas fáceis e até intuitivas.

Num habitáculo que disponibiliza diversos espaços de arrumos na frente, demos pela falta das pegas colocadas no tecto, tanto nos lugares dianteiros como traseiros, sendo que estas facilitam a mobilidade.

Num automóvel com alguns requintes, a climatização poderia ter melhor distribuição/circulação de ar, sendo muito fácil de ajustar devido à posição dos comandos de ventilação, temperatura e ar condicionado, entre outros, colocados numa linha disposta no centro do painel.

Ao volante e nas primeiras impressões, percebe-se que as acelerações e reprises, não primam pelo brilhantismo das versões de 136 cv. No entanto, a utilização dos 100 cv associados ao motor eléctrico e transmissão automatizada de seis relações, enfatizam a versatilidade na utilização e facilidade ao conduzir este “Summit”.

Nos arranques e comparando com outros modelos mais potentes, é necessária alguma habituação. É preciso vencer a inércia inicial e, a partir daí, a condução é suave, tanto nas passagens de ‘caixa’ como nas acelerações e reprises.

Nestas, tanto em aceleração como desaceleração, a existência de patilhas atrás do volante (+/-) o motor eléctrico e o sistema de travagem, deram provas de um equilíbrio muito agradável de utilizar. Por outras palavras, esta versão do Avenger, acaba por conceder algum prazer de condução.

Num breve contacto ao volante e em percurso misto (AE+EN+Urbano) à média de 29 km/h, este Avenger Summit registou 5,2 litros/100 km de consumo de combustível. Em termos de eficiência, a intervenção do sistema híbrido esteve entre os 37 e os 68% conforme se rodou em estrada ou circuito urbano.

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