Figueira da Foz volta a ter o Rally Fim d’Ano
Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz foi apresentado com “joker” no Casino Figueira, mas quem vai ganhar o “jackpot” são as equipas participantes que vão ser obsequiadas com um programa de alta qualidade, numa “ementa” que privilegia vários concelhos, com partida e chegada na Figueira da Foz, dentro de um mês, a 28 de dezembro.
Texto e fotos: CARLOS SOUSA (carlos.sousa@autolook.pt)
O Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz, versão 2024, já colocou a chave na ignição e iniciou a incursão fora da estrada e dos limites, com a apresentação no Casino Figueira. Um “jackpot” de emoções é o que espera as equipas participantes que vão acelerar nos pisos de asfalto de vários concelhos no dia 28 de dezembro.
Naturalmente que o Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz (CAAFF) vai produzir um conjunto de atividades a desenvolver de 28 a 31 do mês que se avizinha, mas será, com toda a certeza, a prova de regularidade, em estrada aberta e com velocidades médias nunca superiores a 50 km por hora que move os entusiastas para a derradeira competição do ano.
Uma prova que “mexe e remexe” a disputar ao volante de viaturas antigas, nomeadamente com data de fabrico anterior a 31 de dezembro de 1993. No entanto, a estrutura organizativa adota outro estilo de padrão, admitindo que estejam à partida viaturas de carácter desportivo, ou pré clássicos, fabricados entre 1 de janeiro de 1994 e 31 de dezembro de 1998.
Luís Caldeira, presidente do CAAFF, foi parco em palavras mas não escondeu o contentamento por recolocar o Rally Fim d’Ano na estrada, depois de, no ano passado, ter sido “transformado” em passeio. Um cenário que não agradou a “gregos e troianos”, motivo mais que suficiente para converter o rumo e os destinos do Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz.
João Azeiteiro, presidente da Associação Académica de Coimbra – Secção de Desportos Motorizados, agradeceu o convite do CAAFF «por continuar a acreditar no nosso trabalho com a Federação de Automobilismo e Karting (FPAK)». «Esperamos que esta parceria dure», desejando que os participantes usufruam daquilo que preparamos saiam da Figueira da Foz satisfeitos, motivo pelo qual estamos empenhados para criar um efeito de satisfação coletiva».
Refira-se que o Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz é composto por uma única etapa dividida em duas secções, num total de 240 km, dos quais cerca de dois terços disputados contra o cronómetro pelo sistema da Anube.
As inscrições já se encontram abertas e podem ser efetuadas até ao dia 19 de dezembro, ou mais cedo, quando for atingido o limite de 50 equipas. O valor de inscrição por equipa, que compreende piloto, navegador e respetiva viatura, será de 175 euros, caso seja recebida até dia 2 de dezembro. Após essa data, a inscrição passa a valer 200 euros. Em caso dos concorrentes não possuírem “Licença Desportiva”, acresce 20 euros a fim de uma “Licença de Participação” por cada concorrente.
Conforme referiu Abílio Gonçalves, da Comissão Organizadora, o Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz «é uma prova de regularidade para carros antigos, ou seja, o objetivo não é andar depressa, mas sim andar no sítio e no tempo certo». «Vamos ter uma cronometragem feita por satélite, assim como vamos ter vários pontos de passagem onde é de capital importância passar no segundo certo», sublinhou o dirigente.
A partida está prevista para as 10h15 do dia 28 de dezembro, do Meeting Point, em frente ao Forte de Santa Catarina, e os participantes terão pela frente um percurso secreto, percorrendo várias estradas asfaltadas, quer do concelho da Figueira da Foz, como de Montemor-o-Velho, passando pelos territórios de Cantanhede, Soure e Pombal. Todos, sem exceção, pretendem lutar entre si e contra o cronómetro, ao longo dos 240 quilómetros do percurso.
O CAAFF prima pela metamorfose e, por isso, não abdicou de criar uma subcategoria denominada “Turística”, um desafio que privilegia o mesmo traçado, embora sejam apenas contabilizadas as penalizações nas regularidades à figura ou hectometrica. Trata-se de uma prova em que os participantes terão apenas de utilizar um cronómetro, ficando isentos de apresentar aparelho de medição de distância de elevada precisão.
Abílio Gonçalves sustentou que o almoço «será servido na Figueira da Foz», com o CAAFF a obsequiar as equipas concorrentes «a um local emblemático, que é a reconstrução do Convento de Seiça, permitindo às pessoas observarem as alterações efetuadas» naquele espaço. A chegada da caravana está agendada para as 18h00 e o desejo deixado por Abílio Gonçalves é de que «todos possam divertir-se, tanto ou mais do que eu me diverti ao desenhar o percurso».
O dirigente recordou que João Azeiteiro, presente na cerimónia de apresentação do Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz na qualidade de presidente da Associação Académica de Coimbra – Secção de Desportos Motorizados, estrutura organizativa da prova, «iniciou a sua atividade desportiva nos ralis de regularidade na Figueira da Foz».
«Existem várias pessoas que fizeram a primeira prova de regularidade na Figueira da Foz. A primeira prova do campeão nacional, António Costa, foi na Figueira da Foz, o que nos deixa bastante orgulhosos de ter lançado as pessoas neste desafio», acentuou Abílio Gonçalves.
Por seu turno, António Castanheira, que lançou com precisão a apresentação do Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz ao efetuar uma “viagem” ao passado do CAAFF, anunciou que já está «inscrita uma equipa espanhola, e um conjunto de formações iniciadas».
Rosa Batista, presidente da União de Freguesias de Buarcos e São Julião, começou por felicitar os promotores da prova «pela organização, vontade e determinação de colocar de novo na estrada o Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz, que começou em 1954 e é hoje uma competição histórica».
«É muito importante par nós, como Freguesia, receber e observar as máquinas de outros tempos que continuam a ser bastante atrativas para o público, inclusivamente para os jovens, que se entusiasmam de ver este tipo de viaturas. Naturalmente que, para nós, é muito gratificante sentir que pelas ruas da nossa Freguesia cruzam-se as viaturas, na chegada e na partida, é sem margem para dúvida um polo de atração turística durante dois dias», frisou a edil local.
Rosa Batista reforçou que o Rallye Fim d’Ano Figueira da Foz é um motor de «revitalização com esta atividade motorizada e, portanto, é muito gratificante sentir que o Clube de Automóveis Antigos da Figueira da Foz, Associação Académica de Coimbra – Secção de Desportos Motorizados e o Team Figueira Clássicos tiveram esta vontade e desejo de concretizar mais este evento».
